Ryan Villopoto de olho em Ken Roczen e na regularidade

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RV segurando Kenny em Anaheim 2 – Foto: Feld Motorsports

 

Muitas pessoas estranharam quando a parceria de Ryan Villopoto e Aldon Baker – talvez o melhor treinador de pilotos dos Estados Unidos – recebeu Ken Roczen em sua equipe, no fim de 2013. Era intrigante pensar que o campeão permitira a um dos mais promissores talentos do AMA treinar e se preparar com o conjunto que venceu os últimos três títulos da 450SX. Talvez o piloto da Kawasaki não considerasse Roczen uma ameaça real ao título logo em sua temporada de estreia na 450. Quatro pódios em seis etapas e uma vitória parecem ter colocado o alemão na disputa pelo troféu.

Villopoto não conversou abertamente sobre a presença de Roczen com Baker, mas é difícil de acreditar que o treinador sul-africano não consultou seu principal atleta sobre a participação do piloto da KTM nos  treinamentos.

Em San Diego, no último final de semana, a Revista OTOR conversou com RV2 e perguntou se ele acreditava que Roczen causaria tanto impacto logo de cara.

– Vendo Kenny andando na Lites (250) dava para perceber uma pilotagem bem suave, e com isso fica mais fácil de se encaixar na 450 – teoriza Villopoto. – Você não pode pilotar essa moto como se fosse uma 250F. Se você anda de um jeito mais ‘macio’ na Lites, provavelmente a transição para a 450 será mais fácil. Ele tem um estilo europeu de pilotar e corre muito bem de KTM. Ele usa tudo isso para criar vantagem nas corridas, e funciona muito bem para ele – completa.

– Não é uma surpresa (que Roczen seja rápido). Ainda faltam muitas provas e vamos ver se não acontecem alguns erros, coisas que acontecem com todos nós a qualquer momento.

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Aldon Baker e Ken Roczen – Foto: Simon Cudby / KTM Images

 

Villopoto venceu duas vezes até agora, mas com erros em dois Main Events, tem apenas nove pontos de vantagem sobre seu parceiro de treinos na classificação geral.

– Nas pistas atuais é muito comum acontecerem erros, tudo pode mudar num piscar de olhos – comenta sobre as superfícies das pistas californianas. – Certamente estou mais feliz agora (comparando com o mesmo período da temporada passada). Acabaram as primeiras etapas e estamos indo para as provas onde você pode acelerar um pouco mais, onde o conjunto da moto não faz tanta diferença. A pilotagem conta mais, o jeito que você trabalha na pista. Estou ansioso para ver o que podemos fazer nas próximas corridas – diz, sobre as provas na Costa Leste.

– Sinto que estamos bem colocados. Este ano consigo ter uma visão mais ampla do campeonato, diferentemente da última temporada, quando tinha que tentar ganhar sempre para voltar a disputar o título. Agora ficar em terceiro ou segundo, combinando com algumas vitórias, pode levar ao troféu, e é este o nosso objetivo – revela.