Foi uma semana triste e intensa para o atual campeão do mundo de motocross, Antonio Cairoli. Depois da trágica notícia em torno da morte repentina de seu pai na última quarta-feira, 14, espera-se que o piloto, atual líder da MXGP, vá competir no Grande Prêmio da Inglaterra neste final de semana, 24 e 25, em Matterley Basin. Não há nenhuma indicação até agora de que ele vá perder a oitava rodada do total de dezessete do Mundial conforme informações da OTOR Magazine.
Cairoli ainda tem mais dois anos de contrato com a Red Bull KTM, o que o levaria a sua 14ª campanha no GP e seus 30 anos de idade em 2016. Durante as últimas etapas do campeonato de 2013 – seu quinto título consecutivo na categoria principal – ele comentou que considera a possibilidade de continuar correndo quando estiver na casa dos trinta anos, mas recentemente, em Tavalera de la Reina, durante o GP espanhol, o piloto rejeitou a ideia de longevidade da carreira.
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– Ainda estou feliz em correr e não sinto como se as corridas fossem um fardo, que é o que acontece com as pessoas quando chegam a um ponto em que querem parar. Acho que posso fazer isso mais alguns anos, com certeza – disse o campeão mundial.
Existem outros casos de pilotos que dão exemplo e inspiram Cairoli, um exemplo é Valentino Rossi na MotoGP, piloto da Yamaha que ainda é competitivo com 34 anos de idade.
– Gosto de todo o pacote. Eu acho que nós italianos somos muito apaixonados por motos e talvez seja por isso que Valentino continua na ativa. Vivemos para as motos e estamos muito envolvidos com as duas rodas. É difícil simplesmente abandonar. Se você tem saúde e bons resultados, então por que não continuar? – completou Cairoli.
O piloto também comentou sobre a sua associação com a KTM.
– Foi uma boa decisão ficar com a KTM por muitos anos, porque é a melhor equipe e neste momento tem as melhores motos com os melhores profissionais. Não há como eu escolher outra marca, mesmo que ofereçam mais dinheiro. Na verdade eu acho que é um erro de alguns pilotos quando fazem algo do tipo. Alguns mudam de equipe por valores como vinte mil Euros (por ano) sem sequer saber se vão conseguir o dinheiro. Podem falar, mas há poucas pessoas realmente sérias neste negócio, mas eles (KTM) são. Prefiro ter a melhor moto, desfrutar das corridas e obter o resultado – disse o italiano.
Por último, Cairoli se mostrou aberto a uma possibilidade de mudança mesmo que “dentro de casa”, e trocar sua 350SX-F por uma Husqvarna FC350, o que representaria um novo desafio para ele. Quando o campeão da MX2, Jeffrey Herlings, vier para a a MXGP em 2015 ou até mesmo em 2016, a equipe Red Bull terá dois grandes batedores na categoria principal.
– Para mim não há problema. Com certeza a Husqvarna é uma empresa KTM e está tudo em família. Se Jeffrey vier vai ser muito bom e vai tornar a categoria MXGP mais interessante, é assim que tem que ser, a MXGP deve ser a melhor categoria com os melhores pilotos – encerrou Cairoli.