Mundial de MX: o que esperar da MX2 em 2019

||

Neste fim de semana, 2 e 3 de março, começa a temporada 2019 do Mundial de Motocross, com o GP da Argentina, a ser disputado em Villa La Angostura.

Começamos falando dos favoritos ao título na categoria MXGP (leia aqui) e as respectivas chances de cada um.

Hoje, vamos analisar quem são os favoritos da MX2.

Vale destacar que o brasileiro Gustavo Pessoa irá disputar toda a temporada na categoria MX2, pela equipe Dixon Racing Team Kawasaki, que conta com o patrocínio da marca brasileira ASW.

Gustavo irá competir com o numeral #56.

Gustavo Pessoa em ação no Mundial de Motocross 2018. Em 2019 ele irá competir com o numeral #56

 

Jorge Prado

Vai ser incrivelmente difícil bater o atual campeão da MX2 este ano.

Realmente não há nenhuma dúvida quanto a isso!

Se no ano passado Jorge Prado foi campeão treinando apenas duas semanas antes da abertura, devido a uma fratura no cotovelo, imagina este ano, com pré-temporada impecável e 100% da sua capacidade física!

Muitos comparam o talento e velocidade do espanhol da Red Bull KTM ao de Herlings na época da MX2, já que é realmente chocante quando Prado deixa de vencer uma corrida ou de fazer um holeshot.

Mesmo na temporada passada, quando venceu onze das últimas vinte baterias, houve uma ameaça constante do seu companheiro de equipe, Pauls Jonass (que este ano vai estrear na MXGP) e uma batalha pelo título entre os dois que mantinha os fãs empolgados.

Sem dúvida que os pilotos listados abaixo possuem capacidade para ameaçá-lo, mas qual deles irá fazê-lo consistentemente?

Essa é a grande questão e as respostas começarão a surgir neste fim de semana na Argentina.

Jorge Prado

 

Thomas Kjer Olsen

Ao comentarmos acima quem pode ameaçar Prado com mais consistência, sem dúvida Thomas Kjer Olsen é um nome que vem à nossa mente.

Embora o dinamarquês, com duas vitórias em GPs na carreira, raramente tenha conseguido bater de frente com o espanhol da KTM em 2018, ele usou a consistência para obter uma vantagem significativa sobre seus demais adversários.

E se levarmos em conta que pilotos mais rápidos que ele, como Hunter Lawrence e Thomas Covington, estarão ausentes da temporada deste ano por estarem competindo nos Estados Unidos, Olsen é o primeiro na lista de possíveis adversários diretos de Prado na briga pelo título, já que nem mesmo um abandono duplo no GP do Reino Unido do ano passado o impediu de terminar o campeonato na terceira posição.

Ou seja, se algo de ruim acontecer para Jorge Prado, o dinamarquês da Rockstar Energy Husqvarna deverá ser o primeiro a tirar proveito e vencer corridas.

Thomas Kjer Olsen

 

Ben Watson

Ben Watson deverá ser um dos talentos mais empolgantes do Mundial de Motocross em 2019.

Por quê?

Porque sua evolução na temporada 2018 foi incrível, então imagine o que ele pode fazer em 2019.

As largadas eram a única coisa que atrapalhavam o britânico da equipe Kemea Yamaha, portanto, um ponto que ele precisa melhorar neste ano.

Seria muito interessante vê-lo começando o campeonato entre os três primeiros, para descobrir até onde pode chegar o seu talento ao longo da temporada, em termos de desempenho e resultado.

E levando em conta que Watson terminou o campeonato do ano passado na quarta posição, a tendência é somente de evolução em 2019.

Ben Watson

 

Calvin Vlaanderen

O holandês da HRC Honda é um dos vencedores de GP mais antigos da MX2 na atualidade.
Mas vamos ver em que condições físicas chegará no GP da Argentina, já que sofreu uma queda forte em Mantova há pouco mais de duas semanas, durante a final do MX Internacional da Itália 2019.

Tal tombo o impediu de disputar o Hawkstone International, mas ele está confirmado nas corridas em Villa La Angostura e até o fim de semana talvez esteja 100%.

O que lhe falta para ser um pretendente mais forte na briga pelo título?

Nada.

Talento e velocidade o holandês tem de sobra.

O resto só depende dele.

Calvin Vlaanderen

 

Darian Sanayei

Esse nome soa estranho para você?

Tudo bem, nós lhe apresentamos.

Darian Sanayei é norte-americano, e após duas temporadas de sucesso nos campeonatos amadores dos Estados Unidos, quando competia pelo Team Green Kawasaki, rumou para a Europa em 2016, onde foi vice-campeão europeu de motocross na categoria 250.

Em 2017 fez sua estreia no Mundial de Motocross, na categoria MX2.

No ano passado, competindo pela equipe Dixon Racing Team Kawasaki (a qual renovou com ele no final do segundo semestre), conquistou resultados promissores logo no início da temporada, com um terceiro e um segundo lugar em baterias dos GPs da Argentina e da Espanha respectivamente.

Ainda no segundo semestre, durante treinos para uma etapa do Britânico de Motocross, sofreu uma lesão no joelho, precisando passar por cirurgia, o que o deixou fora do restante do Mundial de Motocross e abriu caminho para a contratação do brasileiro Gustavo Pessoa.
Como se pode notar, potencial ele tem, a perspectiva é interessante e bons resultados devem ser apenas uma questão de tempo.

E 2019 será a última chance de Sanayei mostrar serviço na MX2, já que ele completa 23 anos, portanto, deve subir para a MXGP em 2020.

Darian Sanayei