Mundial de MX: o que esperar da categoria MXGP em 2019?

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Acabou a espera!

Neste fim de semana, 2 e 3 de março, começa a temporada 2019 do Mundial de Motocross, com a primeira rodada do campeonato, o GP da Argentina, a ser disputado em Villa la Angostura, na região da Patagônia.

Finalizada a pré-temporada, chegou a hora de analisar quem são os principais favoritos ao título em suas respectivas categorias e quais as chances de cada um neste início de campeonato.

Começamos hoje, pela MXGP.

 

Jeffrey Herlings

É óbvio que o atual campeão é o principal favorito (fato!), e, portanto, o primeiro desta lista.

Entretanto, uma lesão durante a pré-temporada o colocou numa verdadeira corrida contra o tempo.

Ao invés de adversários, Herlings está enfrentando o relógio para se recuperar e voltar o mais rápido possível.

Está confirmada a sua ausência no GP da Argentina neste fim de semana, mas existe uma chance dele estar pronto para a segunda etapa, o GP do Reino Unido, em Matterley Basin, ou, no mais tardar, o GP da Holanda, em Valkenswaard.

Ou seja, independente de quando retorne, Herlings vai começar a defesa do seu status de atual campeão com um déficit de pontos a ser recuperado.

Mas, relembrando a temporada do ano passado, quando ficou fora devido a uma lesão na clavícula, até parece que isso chega a ser um problema, certo?

KTM de Herlings. Será que o number plate vermelho estará nesta moto ao final da temporada?

 

Antonio Cairoli

Com nove títulos mundiais no currículo, Cairoli dispensa apresentações, e seus fãs no mundo todo sabem o que esperar dele.

E Tony mostrou que está pronto para recuperar a coroa perdida.

Nesta pré-temporada sagrou-se campeão do Motocross Internacional da Itália, nas categorias Supercampeão e MX1, derrotando alguns de seus adversários diretos na briga pelo título mundial.

Na primeira, foi campeão invicto. Na segunda, perdeu apenas uma corrida. Tudo isso jamais abrindo mão do seu estilo suave, consistente e inteligente.

É o primeiro na lista dos que podem causar algum medo no coração de Herlings ao longo dos 19 GPs deste ano.

Também é o que mais deve se beneficiar do déficit de pontos que o holandês terá que recuperar por estar ausente das primeiras rodadas.

Algo que vai totalmente na contramão de sua temporada do ano passado, quando enfrentou diversos contratempos e lesões.

Antonio Cairoli

 

Clement Desalle

O belga da Monster Energy Kawasaki já foi um dos talentos mais empolgantes do Mundial de Motocross.

Nas últimas temporadas, caiu no esquecimento. Talvez 2019 seja a chance de um recomeço, e, quem sabe, calar a boca de seus críticos.

Se ele vai conseguir?

Só teremos um esboço da resposta após as corridas deste fim de semana na Argentina.

Clement Desalle

 

Tim Gajser

Se é inspiração que o campeão da MXGP em 2016 precisa para começar 2019 com a confiança nas alturas, nada melhor do que mentalizar o GP da Turquia do ano passado, seu melhor desempenho em 2018, e o que mais o aproximou de derrotar Herlings.

Fora isso, foi um distante terceiro colocado na maioria dos GPs. Um espectador privilegiado da hegemonia das KTMs de Herlings e Cairoli.

Tudo bem que Gajser perdeu o primeiro GP do campeonato devido a fratura na mandíbula, sofrida durante a pré-temporada.

Mas que lembra da temporada 2016 (quando o esloveno da HRC Honda foi campeão), sabe que ele não vai querer ser um mero coadjuvante em 2019.

Tim Gajser

 

Romain Febvre

Situação idêntica a de Gajser.

Campeão em 2015, o francês possui um talento incrível e velocidade de sobra, mas é mais um que nas últimas temporadas conviveu com os altos e baixos dos tombos e lesões.

Assim como Gajser, se nada o atrapalhar, é outro sério candidato a acabar com a hegemonia da KTM.

E todo mundo sabe da sua capacidade para isso.

Romain Febvre

 

Gautier Paulin

Muitos talvez questionem por que o francês Gautier Paulin, hoje numa equipe satélite (Monster Energy Wilvo Yamaha), esteja integrando a lista de favoritos ao título da MXGP.

Ele foi apenas o 5º colocado na temporada 2018? Sim, foi (nada mal numa categoria que tem Herlings, Cairoli, Gajser e Febvre no primeiro escalão).

Mas vale destacar que ele é um dos pilotos mais “antigos” em atividade no campeonato, com passagem por equipes oficiais de fábrica, como Monster Energy Kawasaki, HRC Honda e Rockstar Energy Husqvarna, ou seja, experiência conta muito nessas horas.

Experiência que foi fundamental no Motocross das Nações do ano passado, quando Paulin levou a desacreditada equipe francesa (considerada praticamente um time “B” em relação aos anos anteriores, com ele, Jordi Tixier e Dylan Ferrandis) ao quinto título consecutivo de sua história no evento, silenciando uma multidão de milhares de americanos, que esperavam a vitória do time da casa em RedBud.

Precisa dizer mais?

Gautier Paulin