GP da França, neste fim de semana, lembra história de sucessos franceses

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Paulin é da safra atual de talentos franceses – Foto: Honda Racing

 

Olhando para o Grande Prêmio da França, que acontece neste fim de semana, 30 e 31, numa pista cheia de curvas, é fácil olhar para trás e relembrar a história dos pilotos franceses de motocross e ver que eles contribuíram bastante para tornar o Mundial MX um campeonato melhor.

Oito pilotos nascidos na França conquistaram o título mundial em toda a história desta competição. No total, são 13 títulos, com alguns dos atletas tendo conquistado mais de uma vez o cobiçado troféu.

O primeiro título veio em 1986, com Jacky Vimond na classe das 250cc, o pioneiro dos franceses. Jean Michel Bayle venceu na sequência, em 1988 e 1989, na 125cc e na 250cc, iniciando um grande interesse dos pilotos do país tricolor no esporte.

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Bayle se mudou para aos Estados Unidos logo após seu primeiro título, mas voltou para Europa para correr o Bercy Supercross (corrida anual de fim de ano). Batendo grandes nomes americanos, Bayle fez crescer a lista de jovens pilotos que almejariam um futuro como o dele, um cara que sempre foi muito bom de mídia.

Mas a sequência de campeões mundiais não veio de imediato. Nomes como David Vuillemin, Stephane Roncada e Mickael Pichon, que eram tidos como os possíveis novos J.M. Bayle, fracassaram nesta missão de erguer uma taça de Mundial, e somente em 1996 surgiu outro talentoso piloto francês, que roubou o coração de todos.

Quando um jovem de 16 anos chamado Sebastian Tortelli – relembre a entrevista do BRMX com Tortelli – conquistou o título das 125cc, deixando para trás o britânico Paul Malin, uma nova Era do motocross francês nasceu. Tortelli venceu ainda em 1998, nas 250cc, depois de uma longa temporada de batalhas com Stefan Everts, e isso abriu portas para os títulos de outros franceses.

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Logo a seguir vieram as conquistas de Frederic Bolley nas 250cc, em 1999 e 2000, Mickael Pichon também nas 250cc em 2001 e 2002, Mickael Maschio no MX2 em 2002, e Marvin Musquin (2009 e 2010) e Jordi Tixier no ano passado.

A França ainda ganharia o Motocross das Nações em casa no ano de 2001 e na Letônia, em 2014, agora com a nova geração. Gautier Paulin, Romain Febvre, Dylan Ferrandis, Jordi Tixier, Steven Frossard, Christophe Charlier, Xavier Boog e Benoit Paturel são os franceses no Mundial MX deste ano, alguns com bons resultados, como Paulin e o surpreendente Febvre.

É certo que neste sábado, quando for dada a largada para o GP da França, o público, que comparece sempre em bom número, dará o maior apoio possível para os seus heróis locais. E nomes como Paulin, Tixier e Febvre irão querer mais do que uma boa colocação. Eles tentarão devolver o carinho do público com uma vitória no GP. Na última etapa do Mundial, disputada na Inglaterra, Paulin foi o sétimo colocado e Febvre o terceiro na MXGP, já na MX2, Tixier conseguiu um quarto lugar.

 

Circuito “novo”

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Pista não recebe corrida tão importante desde 1988 – Foto: MXGP

 

O Grande Prêmio da França acontece em Villars sous Ecot, um circuito “novo”, já que a pista de 1.550 metros não recebe uma etapa de Mundial há cerca de 30 anos. Nos anos 80, o local costuma receber provas grandes, e inclusive sediou o MXoN de 1988.

Esta será a oitava etapa do campeonato, que tem até aqui Max Nagl liderando no MXGP com 295 pontos, seguido de perto por Clement Desalle, que tem 291. O francês com a melhor posição é Gautier Paulin, que está em quarto, com 237 pontos.

Na MX2, quem lidera é Jeffrey Herlings, com 308 pontos, tendo uma grande vantagem sobre o segundo colocado, Valentin Guillod, que está com 216. Também na quarta colocação se encontra o melhor francês na colocação até aqui, Dylan Ferrandis, com 205 pontos.

 

:: Programação de domingo para a oitava etapa do Mundial MX (horário de Brasília)

8h – corrida MX2 / 1ª bateria
9h – corrida MXGP / 1ª bateria

11h – corrida MX2 / 2ª bateria
12h – corrida MXGP / 2ª bateria