Eli Tomac se diz pronto para subir ao pódio novamente – Crédito: Facebook
Na temporada 2015 do AMA Supercross, Eli Tomac venceu três provas, subiu ao pódio 11 vezes e garantiu o vice-campeonato na 450SX. No AMA Motocross, venceu as cinco primeiras baterias, mas após machucou seus ombros em um violento tombo e ficou fora da temporada que prometia ser para sua glória. Apesar da lesão e as dúvidas que elas envolviam, Tomac se tornou o piloto mais desejado na “entre safra”, e a equipe Monster Energy Kawasaki fechou com o piloto nativo de Colorado na esperança de conquistar o título que eles perderam com a precoce aposentadoria de Ryan Villopoto.
Os resultados de Tomac na temporada 2016 já demonstraram que o seu problema não é velocidade, mas sim trabalhar a parte física, principalmente aquela ligada aos seus ombros operados, que fizeram ele ficar seis meses longe da moto.
Sem ter subido ao pódio até então, o piloto Kawasaki mudou esse cenário no último sábado, 6, em Glandale, Phoenix, Arizona, finalizando a prova na terceira posição. Coincidentemente, foi em Phoenix que Tomac conquistou sua primeira vitória em 2015. Após a corrida, ele falou um pouco sobre suas expectativas e frustrações com relação ao campeonato, e sobre seu primeiro pódio da temporada.
Eli, primeiro pódio da temporada. Como você se sente após essa noite?
Eli Tomac – Foi um dia em que fui me superando. Nas últimas semanas estou treinando para ser consistente durante as classificatórias e nas finais. Tenho feito bons treinos, mas não estava conseguindo estender isso para as corridas. Finalmente consegui, me senti confiante com a moto e isso foi um grande passo para mim. Quase consegui um pódio em Anaheim, acho que agora consigo continuar lutando para estar no pódio semana após semana.
Ano passado você venceu aqui, e nos disseram que o traçado deste ano teria o mesmo solo. Isso te ajuda a ter confiança ou não muda em nada?
Eli Tomac – A pista foi desmontada como sempre e o traçado desse ano foi bem diferente. Me sinto muito confortável em solo escorregadio, e isso é característico de Phoenix. A pista teve a mesma base e formou as típicas canaletas em algumas curvas. Em outras havia o traçado de fora, com paredes, basicamente não tinha nada anormal.
Você estava perseguindo o Roczen e conseguiu diminuir muito a diferença, mas parece que em determinado ponto você cansou e perdeu o ritmo. Podemos afirmar que foi a falta de preparo físico?
Eli Tomac – Sim, podemos! Teve um momento em que eu tive que diminuir o ritmo e tentar me recuperar. Eles me empurraram durante as últimas nove voltas em uma tocada em que eu não estava aguentando, mas em breve vou aguentar.
Sessão de costelas, logo após a largada – Crédito: Facebook
Você é experiente e sabe como as coisas funcionam, as grandes mudanças de um ano para o outro. Até esse pódio você estava se sentindo frustrado ou estava se sentindo em uma fase de adaptação com a nova moto e nova equipe?
Eli Tomac – Sim, foi frustrante. Mas você não pode colocar uma meta tão alta logo de cara. Tem que ser realista: é uma equipe nova, uma moto diferente e estou saindo de uma grave lesão. Sou muito competitivo, se estivesse 100% acho que teria tido outros pódios. Mas agora me sinto preparado para isso.
Você está se sentindo bem com o novo set up da Kawasaki?
Eli Tomac – Sim, muita coisa melhorou.
Vamos voltar para o centro de San Diego pela segunda vez no ano (no próximo sábado, 13). O que você pensa desta pista?
Eli Tomac – Não sei. Nunca fui um grande fã daquele solo, e acho que sempre fica uma pista muito apertada. Gosto mais dos grandes estádios de futebol. Alguns estádios de baseball são “ok”, mas eu prefiro os de futebol (americano). Tudo depende do que eles vão construir lá em relação à pista.
Então você está dizendo que está pronto pra ir pro leste? Risos.
Eli Tomac – Sim, sim. Gosto do Leste.*
* A partir da oitava etapa, no dia 27 de fevereiro, o campeonato se muda para a Costa Leste dos EUA, onde o solo é mais arenoso, mais fofo, na maioria dos locais que recebe etapa do AMA SX. Alguns pilotos, principalmente os que residem naquele lado do país, preferem as corridas naquela região.
Tomac após a ultrapassagem de Dungey – Crédito: Facebook