A décima etapa do AMA Supercross 2015, realizada neste sábado, 7, em Daytona, Florida, foi peculiar, como sempre é quando o “circo do SX” acampa no Daytona International Speedway.
Em uma pista mais “motocross”, desenhada por Ricky Carmichael com longas retas cheias de grandes saltos, terreno mais fofo e arenoso, saltos “secos” e um “S” após a largada, Ryan Dungey venceu a categoria 450SX e Marvin Musquin ganhou a bateria final da 250SX, repetindo os resultados da rodada passada, em mais um fim de semana perfeito para a equipe Red Bull KTM.
Dungey chegou a sua 18ª vitória na carreira, a quarta nesta temporada e a primeira em Daytona. Musquin ganhou pela sétima vez na sua carreira de AMA SX, a terceira neste ano.
>>> Classificação atualizada do campeonato!
Com os resultados, Dungey abriu 40 pontos sobre Trey Canard, que não conseguiu um bom resultado para quem quer brigar pela taça. A noite foi interessante para Eli Tomac, que repetiu o segundo lugar da semana passada, e mais especial ainda para Blake Baggett, que subiu no pódio pela primeira vez na 450.
Na 250, Musquin aumentou sua vantagem na liderança para 12 pontos sobre Jeremy Martin, que acabou esta etapa em terceiro. Justin Bogle completou o pódio.
Veja os resultados abaixo!
Próxima etapa
A 11ª rodada do AMA SX será em Indianápolis, Indiana, no próximo sábado, dia 14, com transmissão ao vivo no BRMX!
Resumo da 250
Marvin Musquin, Justin Bogle e RJ Hampshire largaram na frente. Hampshire, aliás, fez a sua melhor corrida em Daytona, inclusive ganhando uma classificatória. Nada mal para quem era um “amador” até ano passado.
Jeremy Martin fez largada razoável, mas na segunda volta já ocupava a quinta colocação, brigando com Decotis pelo quarto posto. Agressivo, Martin passou Decotis e já foi pra cima de Hampshire. As duas ultrapassagens mostraram toda voracidade do atleta da Star Racing Yamaha, mas ele foi incapaz de chegar nos dois primeiros – Musquin e Bogle.
Joey Savagty, Hampshire e Decotis fizeram uma boa briga pela quarta colocação. Hampshire tomou a frente do trio na 13ª volta, deixando Decotis e Savagty para trás. Perto do fim, Savagty passou Decotis e foi pra cima de Hampshire, ganhando a posição na penúltima volta.
Musquin venceu, fez um borrachão pra galera e ainda disse na entrevista que nem se cansou nesta corrida. Tá mal ele, hein?!
:: Resultados da quarta etapa da 250 Costa Leste
Resumo da 450
%CODE41%
Quando o gate caiu para as 450, Andrew Short saiu na frente (assim como já tinha feito em sua classificatória). Mike Alessi saiu em segundo e quase assumiu a liderança na primeira volta, mas ficou para trás, perdendo inclusive a segunda colocação para Ryan Dungey na segunda volta.
Trey Canard, vice-líder do campeonato, teve uma largada ruim e precisou trabalhar muito para se recuperar. Na metade da corrida ele ocupava apenas a 11ª colocação, e por fim chegou na sexta colocação. Eli Tomac largou um pouco melhor – mas nem tanto – e conseguiu se recuperar bem, chegando em segundo ao final da bateria.
Blake Baggett e Cole Seely largaram bem e, com quatro voltas de corrida, se juntaram a Dungey e Short na briga pela dianteira. Seely foi mais agressivo e tentou roubar a segunda colocação de Dungey, que deu o troco trancando Seely em uma curva. Seely acabou no chão.
Na sétima volta, Alessi apareceu caído no meio da pista. Recebeu atendimento e, uma volta mais tarde, saiu carregado da pista pelos médicos.
Enquanto isso, Weston Peick apareceu para pressionar Dungey, que ainda tentava roubar a primeira posição de Short. Dungey levou a melhor sobre os dois e ficou com a dianteira na volta número nove, mesmo momento em que Chad Reed caiu, justamente quando brigava pela terceira colocação com Andrew Short.
Bem, por este resumo um tanto bagunçado, você percebe que a corrida foi cheia de alternâncias, o que comprova que esta foi uma das melhores etapas do ano na 450!
:: Resultado da décima etapa da 450
Extras
Ken Roczen fora
À tarde, Ken Roczen agravou a lesão no pé esquerdo e anunciou que estaria fora da disputa em Daytona. Durante os treinos, o alemão da RCH Suzuki bateu o pé no chão e não aguentou as dores.
“Eu fiz exatamente o que eu não poderia fazer. É difícil quando você quer correr mas você não pode colocar seu pé no chão. Isso aconteceu e não me senti nada bem. Mesmo com poucas voltas na pista, me diverti com a moto e o traçado”, comentou o piloto em seu perfil de Instagram.
Rookstool na pista
Lembra de Kevin Rookstool, um dos gringos que correu pela Honda Mobil no Brasil em 2014? Ele participou da etapa de Daytona na 450. Ficou em 15º na sua classificatória (Heat 2), em 12º na semifinal e em sexto na repescagem – não conseguiu se classificar para a final.
:: Alessi cai e sai carregado da pista
Por que a transmissão foi em um site estranho?
A etapa de Daytona é organizada por outra empresa, com patrocínio da Honda, e não pela Feld Motorsports (a empresa que organiza todas outras 16 etapas).
Quem fornece a transmissão para a internet é a Feld, e por isso ela não forneceu nesta etapa e o BRMX precisou disponibilizar um link alternativo para você ver as corridas.
Quem conseguiu ver, vai concordar: uma das coisas mais legais pra quem assiste a corrida de Daytona pela internet é a câmera que acompanha os pilotos em uma das retas do circuito. Dá pra ter a noção exata da velocidade dos pilotos!