BRMX avalia sexta etapa do Brasileiro de Motocross 2013, realizada em São José, Santa Catarina

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Pista de São José foi um dos pontos altos do campeonato – Foto: Keu Lerner / BRMX

 

A sexta etapa do Brasileiro de Motocross 2013, realizada em São José, Santa Catarina, é a quinta a passar pela “comissão julgadora” do BRMX.

Mais uma vez, procuramos ouvir os comentários pelo box além de ficar de olhos bem abertos para ver como foi a rodada em termos de organização. Vale lembrar sempre que esta avaliação tem a única intenção de apontar pontos negativos e positivos para que o esporte se desenvolva e cresça.

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#1 – Pista

A organização local – Motoclube Pedra Branca – deu uma atenção especial para este item. A pista do Motódromo Marronzinho já era interessante antes, e ainda ganhou “um trato” para receber o Brasileiro de Motocross.

O traçado tem pontos positivos e está em um terreno com bastante variação de nível. Você sabe que o “sobe e desce” contribui bastante para uma corrida de motocross. A largada em subida, um triplo em outra subida, seção de costelas longa e bem feita, opções de traçado diferente em uma seção de saltos em curva, e um solo duro e esburacado mas sem poeira, foram os pontos positivos.

A pista foi um acerto.

 

#2 – Estrutura

O Motódromo Marronzinho recebeu reformas recentemente. Por isso, havia banheiros e cantina novos, lugar para lavar as motos, e uma área de box bem organizada. Equipes grandes com suas carretas tinham espaço separado das equipes menores que foram apenas com uma van ou um motorhome pequeno. Ficou organizado e privilegiou os times das fábricas, que ficaram mais vistosos aos olhos do público.

Os pilotos privados não gostaram muito porque eles ficaram um pouco “de lado” e não puderam se misturar aos grandes times. Mas se olharmos pelo lado da logística, a ideia é interessante.

Havia uma arquibancada grande na parte superior da pista, que dava boa visão do circuito, e duas menores na parte de baixo, onde o pessoal do box costumava sentar para assistir as provas. Nenhuma lotou.

Faltou público na etapa, ainda mais se levarmos em consideração que Santa Catarina tem tradição no esporte. O estado costumava reunir entre 10 e 20 mil pessoas para provas em Canelinha, um local mais difícil e mais distante da capital que São José, mas onde se tem atrativos extras, como a possibilidade de camping para o público e o lendário “Woodstock”.

Foi feito um bom trabalho de divulgação na região, com outdoors espalhados por cidades como Palhoça, São José e Biguaçu, todas na região metropolitana de Floripa. Mas o público foi apenas razoável.

Cabe aqui outra discussão. Na opinião do BRMX, o ingresso para corridas de motocross deveria ser gratuito. A maioria dos locais se cobra R$ 15, o que pode não parecer muito, mas é. Motocross já é um esporte com menos adeptos, que precisa chamar gente. Se um cidadão vai para a corrida com sua família, vai gastar em média R$ 60 de ingresso. Mais os lanches que vai fazer, pois ele precisa ficar o dia inteiro na pista para ver tudo, vai gastar uma grana boa no domingo. Nem todo mundo pode. Seria mais interessante abrir os portões e lotar a casa, fazendo com que novas pessoas conheçam e passem a curtir este universo.

 

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Largada em subida e gate (quase) cheio – Foto: Keu Lerner / BRMX

 

#3 – Número de participantes

O BRMX vem acompanhando a quantidade de pilotos que participam das etapas do Brasileiro MX. Se ligue!

 

Carlos Barbosa, Rio Grande do Sul
MX1: 30
MX2: 40
Júnior: 40

Três Lagoas, Mato Grosso do Sul
MX1: 23
MX2: 38
Júnior: 31

Sorriso, Mato Grosso
MX1: 17
MX2: 26
Júnior: 24

Aracaju, Sergipe
MX1: 17
MX2: 33
Júnior: 25

Salvador, Bahia
MX1: 12
MX2: 30
Júnior: Etapa foi adiada

São José, Santa Catarina
MX1: 25
MX2: 30
Júnior: 23

 

# Avaliação final

No geral, foi uma etapa boa. Pista bacana e bem tratada durante o evento, bom número de pilotos nas principais categorias e estrutura boa. Merece que o campeonato retorne em 2014.