Aos 33 anos, Chad Reed ainda sonha com mais um título do AMA Supercross

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Chad Reed na abertura do AMA Supercross 2016 – Crédito: Simon Cudby

 

Bastou apenas duas corridas com a nova equipe – Monster Energy 360fly Chaparral Yamaha Factory Racing – para Chad Reed estar de volta ao pódio do AMA Supercross (o que não acontecia desde 21 de fevereiro de 2015). O australiano conquistou o segundo lugar da 450 no sábado passado, 16, em San Diego, Califórnia, e desde então é o grande assunto entre os fãs do esporte nas mídias sociais.

Aos 33 anos, Reed já foi campeão duas vezes – em 2004 e 2008 – e ainda quer mais. Nesta entrevista ao site americano Racer X, ele disse que está no jogo para ganhar. Confira os melhores trechos!

 

Outro ano, outra mudança de equipe, outro “isso poderia ser o fim?” Não! Chad Reed está no pódio novamente, pressionando Ryan Dungey. Isso é como um renascimento…
Chad Reed: Definitivamente, quando você comentou dessa maneira, eu não tinha pensado nisso, mas já tive meus altos e baixos. Hoje à noite passamos 26 voltas atrás do campeão, e eu aprendi muito. Fizemos boas mudanças durante a semana. Meu foco foi grande e agora tenho 1.500 dólares. Talvez eu devesse dar isso à Michael Byrne, mas vamos ver. Na semana passada, fiquei em sexto, mas foi uma boa prova. Era a primeira corrida na nova equipe e ainda estavam fazendo uma tonelada de alterações na moto durante o dia. Não foi como hoje, que estava boa a noite toda. Deixei faltar um pouco no começo, estava em quarto e senti que tinha um ritmo bom, estava na cola de Dungey. Acho que na semana passada a pista provavelmente era mais o meu tipo – um pouco mais técnica. San Diego não é meu tipo preferido. Você precisa ser muito rápido e ganhar um pouco ali, um pouco aqui. Estamos trabalhando nos pontos fracos, mas ainda temos muito o que fazer.

Então você esteve no pódio. San Diego é sempre bom para você. Mas ainda é um segundo lugar. Você está feliz com o segundo – porque afinal, é um pódio – ou você quer ganhar?
Chad Reed: Claro que eu quero ganhar, mas a medida em que você envelhece, é mais difícil. No gate, Jim Holley me fez ter consciência de que meu último pódio foi em Atlanta 1, quando venci no ano passado. Então fiquei pensando que não estive no pódio por muito tempo, e ainda sim vi minha esposa comigo e feliz. Nós somos uma família e, juntos, temos a maioria de pódios de todos os tempos e estamos habituados a estar lá. Nós não viemos apenas para encher o gate. Queremos estar no pódio, queremos vencer corridas. Então, eu estou feliz e muito grato. Mas você sempre quer ganhar. Eu sei onde sou forte e onde sou fraco. O mais desafiador é implementar entre a técnica e a moto e, em seguida, trabalhar na largada e ser consistente em 20 voltas.

Deve haver algum momento estressante em todo o processo de formação da equipe. Isso aconteceu? Como você se sente? Está funcionando? Essa nova equipe é eficaz, rápida e muito boa.
Chad Reed: Sim. A sensação ao redor é mútua. Todo mundo está feliz. Na manhã da quinta-feira, 14, tive que ir até a Yamaha assinar alguns papeis. Muitas pessoas que estavam lá há anos, ainda estão. Foi muito divertido ver todos aqueles rostos familiares. Eles estão gratos por me terem de volta e eu sou grato pela oportunidade. Mas eu sou aquele típico atleta ambicioso. Eu quero o final de conto de fadas. Eu faço. Quero ganhar corridas e quero ganhar o título. Eu trabalho duro e faço o que for preciso. Eu sinto que estou em um bom momento, em boa forma e com uma boa moto. Isso é tudo.

 

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Reed e Roczen em San Diego – Crédito: Simon Cudby

 

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Moto personalizada – Crédito: Simon Cudby

 

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O australiano comemorando com os filhos – Crédito: Simon Cudby

 

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Chad Reed – Crédito: Simon Cudby

 

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Reed em Anaheim 1 – Crédito: Simon Cudby

 

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Moto pronta em A1 – Crédito: Simon Cudby

 

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Pódio em San Diego – Crédito: Simon Cudby