Chegamos numa das etapas mais distintas e emblemáticas do campeonato!
Daytona Beach, na Flórida, recebe no sábado, 9, a 10ª etapa do AMA Supercross 2019.
E o que torna essa prova tão especial em relação as outras?
Vários detalhes.
A começar pelo local das corridas.
O gramado central do autódromo Daytona International Speedway.
A pista, cujo traçado é projetado pela lenda Ricky Carmichael, é uma das mais radicais e desafiadoras do campeonato (se não a mais).
E uma das mais compridas também, com tempos de volta ultrapassando 1 minuto.
Uma mistura de supercross (saltos e sessões de encaixe) com motocross (comprimento da pista) que exige mais dos pilotos não apenas na parte técnica, mas também na parte física.
As corridas em Daytona estão previstas para começar a partir das 21h38 pelo Horário
Oficial de Brasília (confira a programação completa no final deste post).
Quem vai se dar melhor?
Confira nossa análise a seguir.
Volta Virtual
Perguntas que precisam ser respondidas
– Alguém na 250SX Costa Leste será capaz de parar Austin Forkner? Cianciarulo fez isso em Atlanta, mas ele está no campeonato da Costa Oeste.
– Vários pilotos da categoria 450SX acreditam que Daytona é a chance de virar a maré na busca pelo título. Quem será capaz de fazê-lo?
– A pista sempre altamente técnica em Daytona trará algumas surpresas boas ou ruins em nas duas categorias?
– Após alguns anos competindo no Canadá, Mike Alessi assinou com a equipe GDR Honda e estreou em Atlanta, finalizando o Main Event da 450SX em 16º. Ele será capaz de surpreender em Daytona?
Quem está quente
– Em Atlanta, Cooper Webb chegou a cinco vitórias em nove etapas na 450SX. Se antes alguns poucos ainda eram céticos quanto à sua capacidade e desempenho, hoje, nas redes sociais, a maioria acredita que será muito difícil tirar o primeiro título do piloto da Red Bull KTM na principal categoria do campeonato.
– Numa categoria onde Eli Tomac, Marvin Musquin e Ken Roczen são naturais favoritos ao título, Blake Baggett tem sido, ao lado de Webb, outra surpresa positiva da temporada 2019. Em Atlanta, ajudou a formar o pódio 100% laranja (foi o 2º colocado), ao lado do próprio Webb e de Musquin.
– A vitória escapou em Atlanta, mas Austin Forkner voltou a ampliar sua vantagem na liderança e segue no controle da categoria 250SX Costa Leste.
– Talvez alguns fãs estejam decepcionados com a falta de vitórias de Marvin Musquin e Ken Roczen até aqui, mas os dois estão indo muito bem. Consistentes, estão se mantendo entre os quatro primeiros, e vivos na briga pelo título (vitória é só uma questão de tempo para ambos).
Quem precisa esquentar
– Parece replay, mas insisto em destacar o desempenho irreconhecível de Justin Hill na 450SX, que em nada lembra a sua pilotagem nos tempos de 250SX. E fisicamente ele também parece bem inferior a seus adversários. Sabe-se lá o que está acontecendo com o piloto da JGR Suzuki, pois capacidade e talento sabemos que ele tem.
– Outro que segue sem encontrar o ritmo que o consagrou na 250SX é Zach Osborne. E assim como Hill, velocidade e talento sabemos que Osborne tem.
– Completa a lista dos que decepcionam na categoria 450SX (pelos mesmos motivos anteriores) Cole Seely.
– Lógico que seria injusto colocar Eli Tomac na lista dos que decepcionam na categoria 450SX. E realmente ele nada tem a ver com essa lista. Mas se quiser conquistar o primeiro título de sua carreira na categoria, Tomac precisa parar com essa oscilação tão abrupta de desempenho e resultados, principalmente quando larga mal. E todos nós sabemos que ele tem plenas condições de disputar as vitórias de igual para igual com Webb. E desculpe se estou sendo repetitivo, mas cá entre nós, essas disputas protagonizadas entre os dois seria algo fantástico… no melhor estilo dos bons tempos Carmichael x Bubba.
– E na 250SX Costa Leste, Jordon Smith, que entre os favoritos ao título vinha surpreendo positivamente desde a primeira etapa, deixou a desejar desde que caiu em Detroit e machucou o pulso. Ele vai ficar fora das corridas em Daytona para se recuperar adequadamente de sua lesão.
Previsões corajosas
– Que Deus me perdoe, isso nem chega a ser uma previsão corajosa (e tomara que eu esteja enganado), mas acho que veremos muitos tombos e pilotos saindo lesionados de Daytona. Rick Carmichael sempre projeta uma pista altamente desafiadora, que separa os homens dos meninos.
– Faço minha aposta pessoal na vitória de Tomac na 450SX (só é uma previsão corajosa pelo momento “ruim” que ele vive no campeonato). Tomac sempre se deu melhor no motocross do que no supercross, e o tipo de pista de Daytona (supercross no estilo motocross) na maioria das vezes favoreceu sua pilotagem.
Programação da etapa
Horários de Brasília
14h – Início dos treinos livres
15h – Início dos treinos classificatórios
17h10 – Segunda parte dos treinos classificatórios
21h38 / 250SX Heat 1 – 6 minutos + 1 volta – 20 pilotos (1 – 9 vão para a final)
21h51 / 250SX Heat 2 – 6 minutos + 1 volta – 20 pilotos (1 – 9 vão para a final)
22h06 / 450SX Heat 1 – 6 minutos + 1 volta – 20 pilotos (1 – 9 vão para a final)
22h21 / 450SX Heat 2 – 6 minutos + 1 volta – 20 pilotos (1 – 9 vão para a final)
22h45 / 250SX Repescagem (LCQ) – 5 minutos + 1 volta – 22 pilotos (1 – 4 vão para a final).
22h56 / 450SX Repescagem (LCQ) – 5 minutos + 1 volta – 22 pilotos (1 – 4 vão para a final).
23h18 / Main Event 250SX – 15 minutos + 1 volta – 22 pilotos.
23h59 / Main Event 450SX – 20 minutos + 1 volta – 22 pilotos.