Aldon Baker, treinador de Broc Tickle, comenta caso de doping do piloto

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caso de doping
Aldon Baker falou sobre o caso de doping envolvendo um de seus “clientes”, Broc Tickle – Foto: reprodução Youtube

 

O site RacerX Online conversou com Aldon Baker, treinador de Broc Tickle, no AMA Supercross em Minneapolis, discutindo a suspensão provisória que o piloto sofreu da FIM pelo resultado positivo no exame antidoping em San Diego, no dia 10 de fevereiro.

Tickle não estava na corrida. Ele recebeu a notícia por e-mail na quinta-feira anterior, quando já estava em Minneapolis, e então voou de volta para a Califórnia para começar a planejar a sua defesa com os advogados da KTM.

Enquanto isso, Baker passou grande parte da sexta-feira na pista, tentando obter mais informações com os oficiais da FIM, mas não conseguiu muita coisa.

Quanto à substância metilhexanamina (encontrada no exame de Tickle), Baker disse que desconhecia, que inclusive teve que recorrer a uma pesquisa no Google para saber mais a respeito.

Os suplementos que ele pede aos seus pilotos são examinados por uma pessoa independente na Flórida para terem certeza de que eles não possuem ingredientes proibidos na lista antidoping.

Para ser mais seguro, ele diz que seus pilotos, num aspecto geral, tomam poucos suplementos.

Por meio de sua pesquisa no Google, Baker descobriu que a substância encontrada no exame de Tickle é digerida rapidamente pelo organismo, então se ele realmente fez uso desta substância, foi no dia da corrida em San Diego.

 

Outros detalhes do caso de doping

Broc Tickle – Foto: Red Bull KTM

 

Outros pilotos também foram testados pela agência antidoping em San Diego, mas até onde se sabe, Tickle foi o único reprovado no teste.

Jason Anderson, outro cliente de Baker, está na lista de observação de um ano da agência, que seleciona aleatoriamente os atletas para fazerem o teste a qualquer momento.

Anderson estava jantando em San Diego quando foi abordado por uma pequena equipe do teste, tendo que sair e ir até um quarto de hotel para fazer o teste. E passou.

– Eu sei que isso nunca passou pela cabeça dele, que ele jamais faria algo assim – disse Baker, se referindo a Tickle.

– Estou com ele todos os dias. Sei que ele toma alguns suplementos, mas nada que possa oferecer alguma vantagem ou que seja considerado trapacear – completou.

– Sou favorável aos testes antidoping, mas acho uma droga isso que está acontecendo com ele. Fico impressionado como um cara tão bom, tão altruísta, que sempre dá o seu melhor nos treinos e corridas, seja suspenso por doping – finalizou.

Vale destacar que a substância encontrada no teste de Tickle (metilhexanamina) é utilizada na fabricação de alguns suplementos. Também já foi utilizada na fabricação de sprays nasais, mas há décadas deixou de ter esta finalidade.