Ryan Villopoto concedeu esta rápida e interessante entrevista para os caras da Racer X logo após a vitória em Daytona, no sábado passado, dia 8.
Foi a terceira vitória de Villopoto na temporada e, aparentemente, a mais fácil. Seria um indício de que este título dificilmente sairá das mãos dele? Seria outro de que no motocross ele será ainda mais forte que os demais, já que a pista de Daytona é apontada por todos como um circuito “meso SX”, “meso MX”?
Talvez.
Fato é que Villopoto tem sido consistente ao longo das dez etapas já realizadas, nas quais sempre esteve entre os cinco melhores. Isto somado a pelo menos um tropeço de cada concorrente direto (Dungey, Roczen, Bubba e Reed já tiveram vacilos grandes), coloca RV2 com 28 pontos de vantagem na frente.
Confira a entrevista e veja o que ele disse!
O que passou na sua cabeça quando você deixou a moto cair? Seria este um dos momentos de maior ansiedade para o piloto?
RV: Sempre. Toda vez que você cai deste jeito, tudo que passa na sua cabeça é que a moto não apague e que você levante o mais rápido possível e dê o fora. Por sorte eu tinha uma boa vantagem e consegui levantar e seguir. Fiquei um pouco cansado depois disso, mas o negócio é se levantar e tentar voltar a andar na mesma tocada de antes.
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Você ganhou essa com uma certa facilidade. Foi uma surpresa?
RV: Não diria que fiquei surpreso. Todos os caras (adversários) têm sido muito duros neste ano. Mas uma boa largada tornam as coisas muito mais fáceis. Nesta pista, ser um pouco mais rápido que os outros é um pouco mais fácil porque as voltas são mais longas e a pista mais parecida com motocross. Quando formos para o motocross, se você olhar os tempos das voltas, serei um ou dois segundos mais rápido que os outros, ou ao contrário: alguém será um ou dois segundos mais rápidos que eu. Isso é mais fácil acontecer em uma pista de motocross, mas quando você entra nos estádios, estamos falando de décimos de segundo aqui e ali. Meio segundo é bastante para uma pista de SX. Então, só consegui largar bem e fazer boas voltas. Só por isso acho que vimos uma liderança como esta. Mas nestas pistas é difícil você ver onde os outros estão. Eu sabia que Dean (Wilson) estava em segundo, e eu estava só tentando pilotar bem e consistentemente. Consegui, e abri uma boa vantagem, caí, mas consegui voltar rápido e manter a frente.
Esta pista fez mais seu tipo do que as anteriores?
RV: Todos têm que correr na mesma pista. São 17 etapas e todos nós devemos alinhar no gate. A pista é esta. Você se dá bem nela, gosta dela, ou não. Mas eu tenho tendências a gostar desta pista. Parece que este ano estava muito mais macia que o normal. Não sei se estava mais úmida ou o quê, mas estava mais macia e a pista ficou mais destruída que o normal. Eu me senti bem. Não poderia desejar nada mais.
Muitos têm pensado a respeito da sua pilotagem neste ano. Você tem apenas três vitórias, mas a sua vantagem no campeonato é grande. Como você sente a sua pilotagem?
RV: Me sinto bem. Consistência é importante em 17 etapas. Mas, sim, se você olhar, todos tínhamos duas vitórias até este momento, exceto Ryan (Dungey), que tem uma. O que posso dizer? Não diria que pilotei o melhor em muitas etapas, mas pilotei bem e fui consistente. Hoje, com certeza, posso dizer que foi a minha melhor pilotagem na temporada.
Isto significa um avanço? Você acha que agora vive uma boa fase?
RV: É bom. Nada demais. Fomos bem ao longo do dia e conseguimos uma boa largada na final. É disso que você precisa.
O quanto você mudou para esta corrida? A moto estava muito diferente? Seu treino foi diferente?
RV: Tentamos construir uma pequena “Daytona”. Você faz o que pode, mas nunca é igual quando você chega ao circuito. Não se pode mudar muito a moto porque, afinal, é uma pista de supercross. Você tem que enfrentar e lidar com isso.