Não há dúvida: os nove campeonatos mundiais e as 84 vitórias em GPs são algo que alguém muito jovem como Antonio Cairoli nunca poderia ter imaginado quando disputou seu primeiro GP em 2002, na Bélgica, na categoria 125cc.
Talvez como um jovem estreante nos GPs, ele ficaria feliz apenas em se classificar, ou finalizar dentro do top 10 ou top 5.
A vitória seria possível? Para a maioria dos jovens pilotos, não importa o quão bom eles sejam, esses primeiros anos nos GPs do Mundial de Motocross são duros.
Sem somar nenhum ponto nas temporadas 2002 e 2003, a temporada 2004 de Cairoli foi tão impressionante quanto emocionante.
Foi em 2004 que ele foi notado pela primeira vez. Após somar seis pontos no primeiro GP e 22 no segundo, Tony começou a ficar confiante e a velocidade começou a aparecer.
Com sua confiança crescendo, no terceiro GP ele somou 27 pontos, com um quarto lugar na primeira bateria e um segundo na segunda.
No quarto GP, em Valkenswaard, Cairoli segurou a pressão do neozelandês Ben Townley por várias voltas, mas finalizou em terceiro.
Muitos ficaram surpresos com sua performance, mas ele não parou por aí, conquistando sua primeira vitória no GP da Bélgica, no famoso circuito de Namur, terminando a temporada em terceiro lugar.
Em 2005, Cairoli conquistou seu primeiro título mundial na categoria MX2, após uma longa batalha com o australiano Andrew McFarlane.
A partir daí foram 15 anos de uma carreira gloriosa, com mais um título na categoria MX2, sete na MXGP e 84 vitórias em GPs.
Mas o legado está longe de terminar. Agora, Tony está envolvido na batalha mais acirrada de sua carreira, lutando contra o jovem “leão” Jeffrey Herlings, seu companheiro na Red Bull KTM.
O GP da Itália, em Trentino, se aproxima e o herói italiano retornará ao lugar onde conquistou uma vitória surpreendente em 2017 – relembre aqui.
Aos 32 anos, se Cairoli conquistar o 10º título mundial de sua carreira em 2018, ele se igualará ao maior campeão de todos os tempos, o belga Stefan Everts.
Mas mesmo que isso aconteça, a pergunta mais importante é: quando o italiano irá parar de nos surpreender com sua meteórica carreira?