Todd Waters, o novato da Red Bull IceOne Husqvarna na MXGP

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Todd Waters faz sua primeira temporada de Mundial – Foto: Ice One Husqvarna

 

Quando o gate cair para a etapa de abertura do Mundial de Motocross, no GP do Catar, será a estreia de Todd Waters, piloto da equipe Red Bull IceOne Husqvarna, na MXGP. Foram dois meses de preparação e testes para a temporada de estreia do piloto australiano no Mundial.

Com a opção de Romain Febvre, Aleksandr Tonkov (pilotos da Wilvo Nestaan Husqvarna Factory) e Tyla Rattray (IceOne) de descansar antes da primeira etapa do MXGP, Waters aproveitou para se aventurar em Hawkstone Park, na Inglaterra, e experimentar mais uma “pista europeia” antes do início da temporada de 2014. Assim que chegou à Europa, no início do ano, Todd e seu companheiro de equipe Tyla Rattray – junto com a estrutura do time – embarcaram num giro ‘non-stop’ pelo continente.

Em Hawkstone, Waters falou sobre seu planejamento pré-GP, suas expectativas para a corrida de estreia e da adaptação à vida na Europa.

 

:: Confira o bate-papo

Como foi para você correr em Hawkstone, uma das pistas mais tradicionais do motocross europeu?
– Tem sido muito legal. Acho que fiquei muito empolgado na primeira bateria e pensei que poderia vencer já na terceira volta. Foi bom andar rápido, mas depois cometi alguns erros. Acabei batendo forte e ficando de fora da bateria, mas isso me ajudou a ficar calmo e aproveitar o resto do dia. A pista tem algumas partes muito difíceis, mas no geral fiquei feliz com o desempenho. Viemos para cá justamente para correr em uma pista diferente. Fizemos ótimos testes e corremos em quatro tipos diferentes de pistas nas últimas quatro semanas, exatamente o que eu estava precisando.

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Waters – Ice One Husq

Você está bastante ocupado desde que chegou à Europa. Como foram os últimos meses com a nova equipe?
– Tudo tem sido ótimo desde que cheguei aqui. Comecei os testes um dia depois de chegar da Austrália, e tenho a sensação de que não parei de correr, testar e viajar nem por um minuto. Tem sido cansativo, mas muito proveitoso. Começamos na Espanha, depois voltamos para a Bélgica, fizemos uma sessão de fotos da equipe, mais alguns testes e nossa primeira corrida, na Sardenha (Itália). Depois disso fomos pra Sicília, para o norte da Itália, e agora para Hawkstone, na Inglaterra. Estivemos em todos os lugares! Eu adorei, já que isso é importante para fazer meu nome nas corridas daqui.

Como tem sido o seu relacionamento com Antti Pyrhönen (chefe da IceOne) e o pessoal da equipe?
– Todos têm sido muito receptivos comigo. Estou me dando bem com todo mundo, e poder contar com um chefe de equipe tão experiente como o Antti é muito bom. Além de comandar o time muito bem, ele já esteve lá, já foi piloto, então ele pode nos oferecer ótimos conselhos. É tranquilizador saber que temos o suporte de alguém que já correu entre os primeiros nos GP’s, e que está sempre focado em melhorar as coisas. Tudo na equipe é bem organizado, parece que tudo é planejado com bastante antecedência, e isso passa uma sensação muito boa para os pilotos.

Você tem visto e experimentado várias coisas novas em um período relativamente curto. Viver e correr na Europa era como você esperava?
– Eu procurei não criar expectativas de como seria quando viesse para cá. Claro que sabia que os pilotos seriam rápidos, e que provavelmente seria diferente de morar na Austrália. São várias coisas diferentes em relação a minha terra natal, e isso também faz parte da minha programação pré-GP – adaptar-se às mudanças. No fim das contas, corridas são corridas, independente do lugar, mas morar em outro país é sempre diferente. São muitas barreiras para superar, principalmente a língua. Na Austrália nós dirigíamos por dois dias para correr, mas tudo era igual quando voltávamos para casa. Aqui tudo muda, o que é bom, mas leva algum tempo para se acostumar com isso.

Você pediu conselhos para alguém sobre a melhor forma de se adaptar a um novo lugar e novas pessoas?
– Falei um pouco com Ben Townley (piloto neozelandês) antes de vir. Ele viveu na Europa e teve muito sucesso correndo fora de seu país de origem. Foi legal trocar algumas ideias com ele, sobre ir com calma e deixar as coisas acontecerem naturalmente. Estou tendo a oportunidade de provar outras comidas, conhecer gente nova, lugares diferentes. Conhecer melhor a Europa fez eu me dar conta de como a Austrália é um país jovem!

Para finalizar: O que você espera da temporada de 2014 e do GP do Catar, em Losail?
– Será o começo de um novo capítulo da minha carreira, e eu espero aprender e representar bem meu país e minha equipe. Conforme as etapas aconteçam, quero poder mostrar o que sou capaz de fazer. Eu sei que vai demorar um pouco para que eu me sinta a vontade. Chad Reed, nos primeiros anos de carreira, teve dificuldades para se classificar nos GP’s, mas ao final da temporada ele já estava entre os três primeiros. Tenho de focar no meu desempenho e não criar expectativas irreais. Tudo está funcionando bem até agora e estou adorando. Não vejo a hora de correr meu primeiro grande prêmio pela Husqvarna.