O paulista Thales Vilardi correu no último fim de semana, 28 e 29, a edição 2014 do Mammoth Motocross, importante competição amadora nos Estados Unidos que acontece desde 1969.
O melhor resultado do brasileiro foi um sexto lugar na segunda bateria da classe 250 Pro Sport, que reúne pilotos importantes que estão surgindo no cenário profissional, como Tevin Tapia, Jordan Smith, Axell Hodges e outros.
– Fiz duas baterias no sábado (da classe 250). Na primeira, larguei mal, mas consegui me recuperar bem. Quando estava em décimo, caí duas vezes e acabei em 14º. Mas na segunda bateria eu consegui largar entre os dez primeiros, andei no ritmo dos ponteiros, ultrapassei o Tapia e estava em quinto. Mas, na última volta eu errei duas vezes, ele se aproximou e passou. Acabei em sexto – conta Thales, que na soma dos resultados acabou em nono.
Na bateria única da categoria Open, com motos de 450 e 250 cilindradas misturadas, Thales consegui ser o melhor piloto de 250, terminando em 15º lugar.
– Tinha só uns dois ou três de 250. Esta prova foi na sexta-feira e eu senti um pouco de dificuldade porque a largada era no concreto e em subida, algo novo pra mim. Larguei entre os 30 e me recuperei – explicou.
Esta foi a primeira participação de Thales no Mammoth MX, que é comparado ao Loretta Lynn no que diz respeito a nível de competição e número de pilotos.
– Fiquei bem feliz com minha participação. Espero voltar no ano que vem. O lugar é incrível, o evento todo é muito bom. A pista fica dentro de um local que no inverno é estação de esqui. Se você olhar para a montanha acima da pista, ainda tem neve. A pista é longa, bem no estilo “old school”, com poucas rampas e bastante velocidade. Cada volta durava cerca de 2min10seg, um chão duro bem tratado, com muita pedra e muito buraco – detalhou.
O Mammoth MX 2014 começou no dia 20 e terminou no dia 29 de junho, reunindo cerca de 2.000 pilotos. Cerca de 40 categorias estavam em jogo, reunindo deste atletas mirins, passando por profissionais, até veteranos.
– Era corrida o dia inteiro. Um dos maiores eventos qe já fui. Mas ninguém podia ficar com motorhome na pista, já que lá não teria lugar para todos. Ficamos em um hotel e toda manhã tínhamos que ir para lá com moto e tudo mais para treinar e correr. Fui com o Rodney (Smith, ex-piloto e atual treinador) e ele ia para a pista por volta das 5h da manhã. Eu ia mais tarde, às 7h, e ficava lá o dia todo – complementa.
Cidade pequena (8 mil habitantes), Mammoth Lake viveu um fim de semana de puro motocross. Depois das corridas, conta Thales, haviam eventos no centro da cidade para animar pilotos e acompanhantes.
– Tinha corrida de pitbike, gente andando de patinete, música. Conheci bastante gente, muitas famílias. Mas o assunto é sempre motocross. Eles gostam de saber também como é o motocross no Brasil – resume.
Por fim, o atleta faz uma avaliação de seu desempenho, enfrentando bons adversários e a altitude de 2.400 metros acima do nível do mar na montanha.
– No início senti um pouco a altitude, a pressão na cabeça e o pulmão queimando. Mas depois me adaptei. Acho que se tivesse largado melhor, teria feito resultados melhores. Eram 53 inscritos na Open e 39 na 250. Estou feliz – finaliza.
Existe a possibilidade de Thales correr mais uma competição no próximo fim de semana, 5 e 6, na pista de Hangtown, a mesma que recebeu a segunda etapa do AMA Motocross deste ano. Na semana seguinte, ele volta ao Brasil para retomar a preparação para o Brasileiro de Motocross, que tem a terceira etapa marcada para os dias 16 e 17 de agosto, em Canelinha, Santa Catarina.
Resultados do Mammoth MX
:: 250 Pro Sport – soma das baterias
1. Jordan Smith – Honda
2. Chris Alldredge – Kawasaki
3. Darian Sanayei – Kawasaki
4. Chris louffe – Honda
5. Zach Commans – Kawasaki
6. Tevin Tapia – Kawasaki
7. Preston Mull – Yamaha
8. Alyas Wardius – Honda
9. Thales Vilardi – Yamaha
10. Jeremy Byrne
:: Open Pro Sport
1. Chris Alldredge – Kawasaki
2. Timothy Weigand – Honda
3. Sean Collier – KTM
4. Scott Champion – Yamaha
5. Zac Commans – Kawasaki
6. Kinser Endicott – Kawasaki
7. Tyler Enticknap – Honda
8. Dylan Bauer – Yamaha
9. Tevin Tapia – Suzuki
10. Jordon Smith – Honda
15. Thales Vilardi – Yamaha
Dioguinho Moreira conquista Top 10 na classe 65cc
Outro brasileiro que correu em Mammoth foi Diogo Moreira, que por aqui lidera o Arena Cross na categoria 50cc.
Dioguinho conquistou o nono lugar em Mammoth após passar por uma classificatória acirrada para selecionar os 40 melhores pilotos da categoria 65cc / 9-11 anos. Ele também correu outras três baterias, sendo mais uma na 65cc / 9-11 anos, fazendo 14º lugar, e duas na 65cc Open, na qual fez 14-18.
O piloto segue nos Estados Unidos até o dia 11 de julho, quando retorna para a quarta etapa do Arena Cross 2014, que será em Jundiaí, São Paulo.