Segurança e estrutura do Brasileiro de Motocross em Pedra Bonita preocupam, mas organização local diz estar preparada

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Pilotos passaram a sexta-feira conversando no box – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Como relatado nas primeiras impressões do BRMX, a cidade de Pedra Bonita, Minas Gerais, tem um acesso complicado, por uma estrada sinuosa, passando no meio de um pequeno vilarejo ou então por uma estrada de terra.

Na madrugada desta sexta-feira, 30, a maioria das equipes chegaram ao local para a segunda etapa do Brasileiro de Motocross 2014, mas estacionaram reclamando das dificuldades. A carreta da Yamaha Grupo Geração, por exemplo, não conseguiu passar no meio da vila de Padre Fialho, que fica no caminho do acesso, e teve que fazer uma volta de 70 quilômetros, sendo parte deles em estrada de terra, para conseguir chegar a pista.

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Pilotos observaram a pista – Foto: Mau Haas / BRMX

Esse acesso complicado trás a maior preocupação entre pilotos, chefes de equipe e até mesmo ao diretor de motocross da CBM, Roberto Boettcher, que passou o dia cobrando providências dos organizadores locais. O medo de todos é em caso de acidente. Como socorrer uma pessoa rapidamente em um local com acesso tão difícil?

– Foram contratados dois helicópteros e teremos cinco ambulâncias, sendo duas UTIs, à disposição. Caso aconteça um acidente grave, teremos estrutura para atender. Acho que teremos a melhor estrutura de resgate de todas as etapas do Brasileiro de Motocross – disse Mauricio Brandão, presidente da Federação de Motociclismo do estado de Minas Gerais, que também disse ter entregue um ofício ao hospital de Carangola, cidade vizinha a 50 quilômetros, para que fique de plantão (Pedra Bonita tem apenas um posto de saúde).

Outro detalhe é que a pista é rápida, e por isso perigosa. Balbi Junior, que já correu em Pedra Bonita outras vezes, diz que o tempo de uma volta gira em torno de 1min25seg. Para Milton “Chumbinho” Becker, presidente da ABPMX – Associação Brasileira dos Pilotos de Motocross – esse problema pode ser resolvido com o tratamento do terreno.

– Pedi para passarem uma grade bem funda e molhar bastante a pista. Tem que cortar alguns galhos de umas árvores e mexer um pouco no traçado também para evitar algumas possibilidades de acidentes – disse Chumbinho, preocupado com o fato da irrigação da pista ser insuficiente para molhar adequadamente o traçado.

No box, as dificuldades de estrutura são conexão de celular e internet. Apenas sinal de celular da Claro está disponível na parte alta da pista. Uma rede de internet foi instalada por volta do meio-dia para que a CBM pudesse trabalhar e alguns pilotos conseguiram aproveitar para entrar em contato com seus familiares.

 

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Bombeiros vistoriaram o local – Foto: Mau Haas / BRMX