Primeiras impressões do Mini Os 2014, nos Estados Unidos

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Motorhomes se instalando no Gatorback Ranch – Foto: Mau Haas / BRMX

 

É a primeira vez que o BRMX cobre um evento como o Mini Os (Thor Winter Olympics). Já estivemos no Motocross das Nações, na Bélgica, no AMA Supercross, na Califórnia, e nas etapas brasileiras do Mundial de Motocross. Cada um deles tem seu prestígio, sua maneira de ser, suas peculiaridades. E o Mni Os também.

O BRMX acompanha o piloto Rafael Becker, 7 anos, catarinense, conterrâneo e primo de Milton “Chumbinho” Becker, que fará sua estreia em pistas norte-americanas.

Chegamos aos Estados Unidos na quinta-feira, 20. Depois de todos os trâmites de imigração, onde conferem seu passaporte, seu visto e suas intenções para estar nos EUA (trabalho? passeio? férias?), alugamos um motorhome que acomoda até sete passageiros. Nele dormimos, cozinhamos, tomamos banho e nos deslocamos por toda parte.

De Miami até Alachua, cidade que acontece o Mini Os, são aproximadamente 600 quilômetros de largas estradas, raras curvas e nenhuma subida ou descida. Sem GPS, nos guiamos apenas por mapas, placas, e tudo corre bem. Há áreas de descanso na beira das estradas, onde se pode estacionar o motorhome para cozinhar, abastecer ou até mesmo tirar um cochilo. Há também áreas de camping, as quais você paga cerca de 50 dólares por noite e recebe o direito de utilizar a estrutura do local, que conta com água, energia elétrica, banheiros, playground, cercado para cachorros, churrasqueiras e até piscina, em alguns casos.

Antes de chegar à pista, paramos em algumas lojas de motocross, onde encontramos peças de toda sorte, principalmente quando fomos à Nihilo, uma loja/fábrica de peças, especialmente para KTMs. Atendidos por Joe, o proprietário, conhecemos a fábrica, a oficina e começamos a nos familiarizar com o mundo do motocross norte-americano. Dentro da loja, conhecemos pilotos de 7 anos, que será adversário de Rafinha no Mini Os, e um de mais de 70 anos, que chegou a competir contra Johny O’Mara.

 

Gatorback Cycle Ranch

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Meninada se diverte com as mini motos enquanto não começam as corridas – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Encontrar a lendária chácara Gatorback Cycle Ranch, onde rolavam corridas de AMA Motocross anos atrás e onde acontece o Mini Os há anos, não é uma das tarefas mais tranquilas. Não há placas ou faixas que indiquem a direção, mas com um mapa do Google em mãos, todos os problemas se resolvem.

Ela está localizada à beira de uma estrada simples, com um ar bucólico e típico do interior norte-americanos. Fazendas rodeadas por cercas de madeira e grandes árvores na frente das casas formam o cenário até a entrada da chácara. Ao chegar perto é possível avistar as primeiras faixas dos patrocinadores do evento – Thor, Pro Circuit, Dunlop.

Ao entrar pelo portão, o primeiro impacto. A quantidade de motorhomes estacionados e as carretas das grandes equipes, principalmente de Kawasaki e KTM, saltam aos olhos. É preciso parar, pagar 60 dólares por pessoa, colocar a pulseira, e esperar que um guia o leve até o local onde seu motorhome ficará estacionado.

Jonas Tulio, o mecânico do paranaense Pepê Bueno, nos esperava perto do portão de chegada e nos indicou onde estavam estacionados. Pedimos ao guia que nos deixasse estacionar próximo de lá, e ele nos colocou exatamente ao lado. Assim formamos uma colônia brasileira dentro do Mini Os.

O estacionamento de motorhomes é gigante.
Grande pátio… carros de golf… pit bikes

 

Primeiros passos na pista

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Vista parcial da pista de motocross – Foto: Mau Haas / BRMX

 

A curiosidade era grande. Inicialmente fomos até as pistas. O Mini Os se divide em duas partes, a competição de motocross e supercross. As duas pistas utilizam o mesmo gate de largada, com a diferença que a curva do SX é para a direita, e a curva do MX é para a esquerda.

A pista de supercross tem mais ou menos a mesma largura das pistas de Arena Cross no Brasil, mas é maior em extensão, com cerca de 45seg de volta. A de motocross é encostada no morro, com bastantes subidas e descidas, e aproximadamente 1min40seg de volta. Os saltos são grandes e o público tem boa visão do traçado.

 

Inscrições

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Mar de motorhomes vai se formando – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Apesar de fazer a inscrição pela internet antecipadamente, é preciso chegar ao local do evento e cumprir algumas burocracias. Como é a primeira vez que Rafinha vai competir, ele teve que fazer (e pagar 25 dólares) uma carteira de piloto da Ulimited Sports MX – organizadora do campeonato – e seu pai teve que assinar um documento se responsabilizando por tudo referente ao seu filho, desde quedas e lesões a roubo de equipamento.

Depois é necessário alugar um transponder (140 dólares), registrar o número do chassis da moto, confirmar as categorias que deseja correr e esperar os primeiros treinos. Enquanto isso, é possível comprar nas diversas lojas e lanchonetes instaladas no parque. Camisetas, capacetes, peças, equipamentos, tudo que você encontra nas lojas, encontra também no box do Mini Os.

 

Ponto negativo

Não há internet no evento. De acordo com a organização, sequer eles próprios utilizam internet ao longo da competição. Assim, para publicar fotos e textos sobre o que acontece no Mini Os, temos que percorrer cerca de 7 quilômetros até o McDonalds ou o supermercado Publix, onde há internet grátis. É preciso dizer que um evento deste tamanho, com cerca de cinco mil pessoas e mais de mil motorhomes estacionados sem internet, é lamentável. Toda estrutura do evento funciona muito bem, mas é inadmissível não ter internet disponível no local.

 

:: Programação do evento

Segunda, 24 – Supercross (treinos e corridas classificatórias)
Terça, 25 – Supercross (corridas classificatórias e finais)
Quarta, 26 – Supercross (finais e treinos de motocross)
Quinta, 27 – Motocross (treinos e corridas)
Sexta, 28 – Motocross (corridas)
Sábado, 29 – Motocross (corridas e premiação)

 

Fotos

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Box dos pilotos do Millsaps Trainning Facility – Foto: Mau Haas / BRMX

 

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Motos KTM no box – Foto: Mau Haas / BRMX

 

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KTM chegou com seu “truck” – Foto: Mau Haas / BRMX

 

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Box da Kawasaki – Foto: Mau Haas / BRMX

 

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Moto de Cole Seely à venda – Foto: Mau Haas / BRMX

 

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Brasileiros unidos no Mini Os – Foto: Mau Haas / BRMX

 

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Meninas aproveitam dia de folga pra jogar Football – Foto: Mau Haas / BRMX