Em 2018 a KTM venceu o Rally Dakar, além de outras importantes provas de rally e enduro ao redor do mundo.
Mas foi no Mundial de Motocross que a equipe Red Bull KTM “zerou a mitagem”, ao conquistar o título e o vice-campeonato das categorias MXGP e MX2, respectivamente com os pilotos Jeffrey Herlings, Antonio Cairoli, Jorge Prado e Pauls Jonass, além de ter sido campeã na disputa por equipes.
Foram 19 vitórias em 20 GPs na categoria MXGP, e 17 vitórias em 20 GPs na MX2, um domínio que não sabemos se vai acontecer de novo (embora não seja difícil).
O ex-piloto alemão Pit Beirer, diretor da KTM Motorsport, elogiou o desempenho da equipe, afirmando que “é assim que as coisas devem funcionar”.
Beirer estava se referindo, impressionado, a maneira como os dirigentes da equipe geriram a tensão entre os companheiros de equipe Jeffrey Herlings e Tony Cairolo na MXGP, e Jorge Prado e Pauls Jonass na MX2, especialmente no que diz respeito às disputas mais duras dentro da pista, bem como a disputa pelo título das citadas categorias.
Cairoli e Prado operaram sob o comando de Claudio de Carli, enquanto Herlings, Jonass e Glenn Coldenhoff ficaram sob a responsabilidade de Dirk Gruebel.
Apesar desta “divisão” dentro da equipe, Beirer foi rápido em elogiar o profissionalismo de todos.
– As pessoas estavam sempre dizendo que a equipe estava dividida, mas eu vejo isso como uma grande equipe de cinco pilotos. Todos foram muito profissionais, um exemplo de como uma equipe perfeita deve funcionar. O motocross deixa de ser um esporte coletivo quando você alinha no gate, mas nos bastidores, todos trabalharam de forma fantástica. Temos muitas pessoas envolvidas, que trabalharam para os atletas e tentaram manter o nosso ambiente neutro, até mesmo na pista. Houve um enorme respeito entre os pilotos e tudo isso me deixa muito orgulhoso – disse ele.
O desempenho da Red Bull KTM foi espetacular em 2018.
Desde a excelência contínua de Cairoli, até o amadurecimento e desenvolvimento de Herlings, o florescimento de Jonass e Prado e a consistência de Coldenhoff, a fábrica também aperfeiçoou a competitividade dos modelos 450 e 250 SX-F, com desempenho incomparável.
No ano que vem Jonass irá estrear na categoria MXGP por sua nova equipe, a Rockstar Energy Husqvarna.
Coldenhoff permanecerá “laranja”, mas agora pela equipe Standing Construct KTM.
A Red Bull KTM vai permanecer com quatro pilotos, dois em cada equipe, e o segundo nome da MX2 deve ser anunciado em breve.
Mesmo com estas mudanças, Beirer insiste que a linha de trabalho adotada em 2018 deve ser mantida em 2019.
– Acho que a equipe é tão forte que o esforço dos pilotos contagia quem trabalha nos bastidores. No motocross você passa por dias bons e ruins, mas nós estamos sempre comprometidos com o nosso trabalho, independente das circunstâncias. Você sempre precisa se doar um pouco mais se quiser ser e se manter melhor que a concorrência. Continuaremos trabalhando para vencer ainda mais!