Pepê Bueno viveu no sábado passado a sua segunda experiência no AMA Motocross. Depois de correr em RedBud uma semana antes, o brasileiro esteve em Southwick, uma pista de areia, em meio aos melhores pilotos dos EUA na categoria 250. E a batalha foi árdua.
– Foi a pista mais difícil que andei na minha vida. Areia, buraco, pesada. Precisa de um equipamento preparado. Sofri com os buracos, mas consegui andar bem – conta o paranaense.
Na primeira bateria, Pepê largou entre os 20, mas acabou envolvido na queda de Adam Cianciarulo, teve que parar para apertar o guidão e acabou na 27ª colocação. Na segunda bateria, largou muito bem, entre os 15 melhores, e se manteve no pelotão por algumas voltas, mas bateu com outro piloto e caiu. Com a chuva, sem óculos, acabou em 24º.
– Estava mais adaptado ao programa, fiz ajustes na moto, peguei alguns macetes pra andar na areia, liguei pro Serginho e ele me ajudou a melhorar o acerto da suspensão. Funcionou e consegui melhorar do treino para a corrida – conta.
O aprendizado que fica
Pepê volta ao Brasil nesta quarta-feira e se prepara para a segunda e terceira etapas do Brasileiro de Motocross que acontecerão em Santa Catarina e Minas Gerais, respectivamente. Volta com um grande aprendizado na bagagem.
– Se fizer uma boa pré-temporada, com tempo pra acertar a moto, pra treinar certinho, dá pra andar entre os 15. Tudo é diferente, então precisamos nos adaptar, mas os pilotos são humanos iguais a nós, não são super-homens. A minha confiança melhorou muito em relação a isso. O que eles têm é equipamento melhor, programa de treino melhor, e estão acostumados a pistas melhores e mais difíceis. Mas não é impossível de alcançar tudo isso – diz o piloto da 2B Kawasaki Racing.
– Aprendemos muito. Eles (pilotos) chegam de avião na sexta ou na quinta, treinam o físico na sexta. Sábado à noite pegam voo de volta pra casa, domingo tem treino físico, moto na segunda, mais treino na semana. Treinam quase todos os dias. E chegam na corrida preocupados apenas em competir, a estrutura já está lá. Isso faz a diferença – explica.
– Gostaria também de deixar um agradecimento à minha equipe no Brasil, a Kawasaki e ao Balbi, que me liberaram e me apoiaram a estar aqui nos Estados Unidos vivendo este sonho e aprendendo muitas coisas. Agradecer também ao Serginho (Suspensões) que foi fundamental para acertarmos a suspensão aqui. E aos meus pais, minha família, que proporcionaram tudo isso e estavam juntos comigo nesta experiência incrível – finalizou Pepê.
Mais EUA
No mês de agosto, Pepê retorna aos Estados Unidos para correr mais duas etapas do AMA Motocross. Ele disputará as corridas de Budds Creek, no dia 19, e Ironman, dia 26 de agosto.
Sorteio de camiseta
A camiseta que Pepê Bueno utilizou na segunda bateria em Southwick será sorteada entre os fãs do esporte. Para concorrer, basta preencher seus dados abaixo.