Organização do Rally Piocerá 2021 define roteiro completo e protocolos para a realização do evento

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Cuidados com segurança e saúde estão entre as prioridades da 34ª edição da tradicional prova do off-road nacional, que será realizada em janeiro – Fotos: Doni Castilho, Gustavo Epifanio e Tiago Giordani

 

Faltam dois meses para o início do Rally Piocerá 2021 e a organização da tradicional prova do off-road nacional já definiu o roteiro completo e os protocolos para a realização do evento. A programação oficial começa em 26 de janeiro, em Teresina, Piauí, e vai até o dia 30, em Aquiraz, no Ceará. A competição conta com cinco modalidades: bikes, motos, carros, quadriciclos e UTVs, e já tem participantes inscritos de 21 estados mais o Distrito Federal.

Diante do atual momento de pandemia devido ao coronavírus, a 34ª edição do Rally Piocerá/Cerapió tem como prioridade os cuidados com a saúde. Por isso, diversas medidas serão adotadas, como as bases do evento em cada cidade sem acesso ao público; exigência de teste negativo para a Covid-19 a todos os participantes; medição de temperatura na entrada do evento; distanciamento social em atividades presencias, como as retiradas de kits, e realização de reuniões virtuais, como os briefings.

– Todas essas ações têm o objetivo de garantir a segurança das pessoas envolvidas na competição, como os pilotos, equipes de apoio e colaboradores. Vamos montar todos os dias um parque fechado em formato drive thru para a entrega dos GPS antes da largada. Também teremos atendimento médico especializado em caso de algum integrante da caravana do rali apresentar sintomas da Covid-19 – conta Ehrlich Cordão, diretor geral do Rally Piocerá 2021.

Em relação ao percurso, os diretores técnicos fizeram nas últimas semanas o levantamento dos trajetos de todas as modalidades. Os atletas das bikes vão encarar cerca de 400 quilômetros durante os quatro dias de prova. Já as motos, carros, quadriciclos e UTV terão pela frente mais de mil quilômetros.

 

O que todos os percursos têm em comum é a variação de pisos, visuais deslumbrantes e, claro, desafios, como os inúmeros balaios ou laços, que vão exigir bastante dos participantes.

– Sabemos que estamos vivendo um momento difícil. Por isso, nossa missão para o Rally Piocerá 2021 é proporcionar uma experiência completa e segura, mas com um alto nível de competição – ressalta Cordão.

O Rally Piocerá 2021 será válido pelo Campeonato Brasileiro de Enduro de Regularidade (CBM), pelo Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade (CBA) e pelo ranking nacional Stage Race (CBC).

 

Programação Rally Piocerá 2021

26/1 – terça-feira – Teresina, Piauí

Vistoria técnica, briefing virtual e largada promocional

 

27/1 – quarta-feira – 1º Dia

Motos, Carros, Quadriciclos e UTVs – Teresina, Piauí, a Piripiri, Piauí – 220 km

A caravana deixa Teresina em direção a Altos, Piauí, em um trajeto de estrada. De Altos para Campo Maior, Piauí, começam alguns trechos de areia e muitos balaios. Após passar pelo monumento Batalha do Jenipapo, os competidores pegam uma trilha com mais balaios até chegar em Cocal de Telha, Piauí. Depois, a prova entra em estradas de mata fechada e natural, com balaios até chegar no Açude Caldeirão, em um lugar chamado Banda, que fica a oito quilômetros de Piripiri.

 

Bikes – Circuito em Piripiri, Piauí – 109 km, com 1.530 m de ascensão

O dia começa com uma trilha fechada em meio do Parque Nacional de Sete Cidades, onde será possível ver inúmeras pinturas rupestres feitas pelo homem primitivo há cerca de 6.000 anos. De lá, a prova entra no Sertão e passa por trilhas muito antigas, porém inéditas para a maioria. Terá de tudo: veredas, piso natural, cascalhos, piçarra, muitas subidas técnicas e descidas íngremes. Na chegada, um refrescante banho no Açude Caldeirão brindará o dia.

 

28/1 – quinta-feira – 2º dia

Motos, Carros, Quadriciclos e UTVs – Piripiri, Piauí, a Ubajara, Ceará – 240 km

Com saída de Piripiri, os competidores pegam uma das trilhas mais bonitas da edição, subindo e descendo um morro, dentro de uma mata fechada natural. O dia também inclui trilhas do Cerapió 2020 e passa em um balaio no meio dos carnaubais até chegar em Domingos Mourão, Piauí. Depois, pilotos e navegadores encaram um areião muito pesado, que passa na região de litígio, entre o Piauí e Ceará. A etapa termina com uma estrada de terra e barro até chegar em Ubajara.

 

Bikes – Circuito em Guaraciaba do Norte, Ceará – 83 km, com 1.700 m de ascensão

O Urubu Eco Parque, um paraíso ecológico, será o local da arena de largada e chegada do segundo dia. A prova começa com um “Single Track” alucinante pela costa da Serra até chegar em uma trilha histórica usada pelos tropeiros e jesuítas que colonizaram a região no século XVIII. Na sequência, os atletas encaram uma descida de serra até chegar no sertão, com variação de temperatura e altitude. Por fim, o momento da subida de volta, com piso firme, que proporciona uma forte tração.

 

29/1 – sexta-feira – 3º dia

Motos, Carros, Quadriciclos e UTVs – Ubajara, Ceará, a Canindé, Ceará – 370 km

O dia começa com 30 quilômetros pelo asfalto até Ibiapina, Ceará. De lá, os competidores fazem balaios nos arredores da cidade, incluindo um enorme atrás da Basílica de Fátima. Depois, a prova segue para uma região de vegetação de mata atlântica, com altitude de 890 metros, até chegar em Guaraciaba do Norte, Ceará. Em descida de serra pelo asfalto, os participantes vão até Reriutaba, Ceará, de onde pegam mais trilhas até chegar em Varjota, Ceará. Em um percurso sinuoso, a competição chega em Santa Quitéria, Ceará, onde anda pelo sertão e sobe uma serra, passando por Itatira, Ceará, a 870 metros de altitude até chegar em Canindé, Ceará.

 

Bikes – Santa Quitéria, Ceará, a Canindé, Ceará – 81 km, com 1.550 m de ascensão

O cenário da prova muda completamente, ao adentrar no sertão a caminho de Canindé (CE). A trilha começa por estradinhas de piso natural, que se alterna com cascalho e às vezes um pouco de piçarra. No geral, será uma trilha de médias altas e passará por sítios, fazendas e alguns açudes. A vegetação predominante é a caatinga, ou seja, será muito sol na “moleira”. Depois de muita trilha e 1.650 metros de altimetria acumulada, os atletas finalmente chegam em Canindé, terra de muita fé e com a maior romaria franciscana da América Latina.

 

30/1 – sábado – 4º dia

Motos, Carros, Quadriciclos e UTVs – Canindé, Ceará, a Aquiraz, Ceará – 230 km

São dois roteiros totalmente diferentes. As motos saem de Canindé, Ceará, pela Estrada de São Francisco de Canindé e seguem por cima da serra na região do Maciço do Baturité, passando por Guaramiranga, Guaiuba e chega em Aquiraz. Já os carros, quadriciclos e UTVs vão por baixo, por Paramoti, Itambé do Sul e chega em Maranguape. Terá muita estradinha de terra com cascalho e o piso muda completamente, deixando de ser arenoso para um terreno de cascalho solto e médias muito altas até chegar em Maranguape. De lá, os participantes contornam um lago, em um balaio, e chega nas dunas de Aquiraz, para mais balaios, dentro de uma vegetação de cactos e mandacarus. O evento termina o em frente ao Golf Ville Resort.

 

Bikes – Guaramiranga, Ceará, a Maranguape, Ceará – 83 km, com 2.200 m de ascensão

O último dia começa com subidas, seguindo pela zona rural da cidade cruzando muitas vilas, sítios e povoados. Será uma verdadeira “gangorra” de ladeiras de terra batida, às vezes calçamento ou mesmo asfalto.  Os atletas passarão por muitos lugares bonitos, além de um visual encantador do Maciço de Baturité. A descida de serra continua por estradinhas de terra. Será uma etapa rápida, com médias altas. O último desafio será atravessar a Serra da Aratanha, em uma trilha que é uma vereda, que leva a uma subida que parece não ter fim. Uma sequência de descidas rápidas levarão os atletas a cruzarem a linha de chegada.

*Distâncias podem ter alteração após a conferência dos percursos.