As novidades do Brasileiro de Motocross 2017, que começa neste sábado

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Quem leva este campeonato? – Fotógrafo: Mau Haas

 

O Brasileiro de Motocross 2017 inicia neste fim de semana, 3 e 4, em Cornélio Procópio, Paraná. A cidade com cerca de 50 mil habitantes foi palco da final da competição em 2016 e agora volta ao cenário com pequenas mudanças na pista.

– A pista está mais veloz e mais segura que no ano passado. Modificamos a primeira curva, será mais aberta. O pit lane está um pouco mais para baixo este ano. A chegada agora será no centro da pista, e ao invés de um triplo, terá um salto mais comprido – explica o construtor de pista da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo), Paulo Caramez.

Entre os pilotos, a maior novidade é o letão Matiss Karro, que chega ao Brasil para tentar reconquistar o título para a equipe oficial da Honda, que desde 2009, quando ganhou com Wellington Garcia, não fatura o troféu da principal categoria do motocross brasileiro.

– Estou entusiasmado com o Brasileiro de Motocross, que é uma nova aventura para mim. As pistas são boas, o clima também, e não vejo a hora de começar – disse o piloto de 25 anos.

 

Jetro Salazar defende o título – Fotógrafo: Mau Haas / BRMX

 

A marca das asas da liberdade, porém, é a atual detentora do título com o equatoriano Jetro Salazar, da Escuderia X, que é equipe satélite Honda. Salazar está de volta ao país com o objetivo de manter o número #1.

– Minha pré-temporada foi de muito trabalho. Participei de diversas competições fora do Brasil, uma delas o Mundial de Motocross, na Argentina, e pude evoluir em vários pontos, além de manter o ritmo de competições. Estou bem preparado e vou dar o meu melhor para defender a taça – diz Jetro Salazar.

A Yamaha Geração é a equipe que mais ganhou títulos do campeonato brasileiro de motocross na principal categoria nos últimos dez anos. Foram três taças conquistadas na MX1 (2012, 2014 e 2015) com o piloto Carlos Campano, que também foi vice-campeão em 2013 e 2016.

– Estou ansioso para começar o campeonato. Me preparei na Espanha, um jeito diferente do que fiz nos outros anos no Brasil, fiz bastantes corridas e acho que estou muito bem, me sentindo a vontade, as motos parecem estar bem acertadas aqui. Ano passado acabei perdendo o campeonato com muitos erros, muitas falhas, mas acho que andei bem. Não vejo a hora de recomeçar e tentar conquistar o título para somar mais um campeonato brasileiro – afirma Campano.

 

E os brasileiros?

Jean Ramos é a principal esperança dos brasileiros – Fotógrafo: Mau Haas / BRMX

 

Você deve ter percebido que a primeira parte da matéria só fala em estrangeiros – e ainda nem citamos o português Paulo Alberto, que também defende o time Honda Mobil, e chega forte para esta temporada.

Entre os brasileiros, Jean Ramos é o principal nome na tentativa de reconquistar a taça para a “terra brasilis”. Em 2011, com Balbi Junior, foi a última vez que um brasileiro ganhou a categoria MX1. Depois, o espanhol Carlos Campano (2012, 2014 e 2015), o inglês Adam Chatfield (2013) e o equatoriano Jetro Salazar (2016) ficaram com o número #1.

– Venho numa boa fase, com vitória no Arena e no Catarinense. Fiz muitas provas nesta pré-temporada pra recuperar o ritmo e a confiança. Testei muitos equipamentos novos e estou bem feliz com a minha moto. O foco é fazer boas largadas e tentar vencer, e se não vencer, ficar entre os três para estar bem no campeonato. Vamos partir com este conceito e aí ver o que será preciso melhorar. Chegou a hora de começar pra valer. Vamos tentar somar o maior número de pontos. O campeonato é curto, então cada bateria vale muito – fala Jean.

Dudu e Ratinho Lima (EMG Kawasaki), Hector Assunção (Honda Mobil), Thales Vilardi (Subs27 Husqvarna) são outros brasileiros que estão na disputa.

 

A disputa na MX2 será equilibrada

Fabio Santos defende o título da categoria – Fotógrafo: Mau Haas / BRMX

 

A MX2 tem o paulista Fabio Santos, 20 anos, como atual campeão. O piloto da Yamaha Geração Monster Energy é um dos favoritos para ficar com a taça neste ano mais uma vez.

As principais novidades estão na equipe Pro Tork 2B Kawasaki, que inaugura um time de MX2 chefiado por Balbi Junior e Mariana Balbi. Os pilotos são os paranaenses Pepê Bueno e Leonardo Souza.

O paulista Gustavo Pessoa, da Honda Ipiranga IMS, assim como seu companheiro de time, o catarinense João Ribeiro, também são fortes candidatos ao título.

As ausências são de Enzo Lopes e Renato “Muguinho” Paz. Ambos estão nos Estados Unidos, focados nas competições regionais e classificatórias para o Loretta Lynn MX 2017.

 

Demais categorias

Milton “Chumbinho” Becker corre na MX4 e MX5 – Fotógrafo: Mau Haas / BRMX

 

Neste ano, as etapas do Brasileiro de Motocross terão disputas de outras categorias em paralelo. Nesta etapa de abertura, além das principais categorias, MX1, MX2, MX3 e Júnior, estarão em disputa as classes: MX5, MX4, MXF, 65c, 50cc, MX2-Junior e Nacional 230cc.

A categoria MX2-Junior é destinada a motocicletas de até 250cc 4T ou 125cc 2T e pilotos com idade de 14 a 17 anos. Os pilotos desta categoria alinharão no gate com os pilotos da MX2 nas duas baterias. Apenas para critério de ranking e pódio, as classes serão separadas. O number plate da categoria MX2-Junior deverá ser de fundo azul e número branco.

As categorias MX3, MX4, MXF e MX5, que foi implantada este ano, também largarão juntas, seguindo o mesmo formato de separação apenas de ranking e pódio.

 

As etapas serão definidas da seguinte maneira:

6 (seis) a 8 (oito) etapas para as classes MX1 e MX2;
6 (seis) etapas para a classe MX2JR e MX3;
4 (quatro) etapas para as classes MX4, MX5, MXF, 230cc, 65cc e 50cc.

 

Cores dos number plates:

MX2 Júnior – Fundo azul e número branco
50cc – Fundo branco e número vermelho
MX2 – Fundo preto e número branco
65cc/Júnior/ MX1/MX3/MX4/MX5/MXF/230cc – Fundo branco e número preto

*A partir da segunda etapa o líder da temporada da respectiva classe poderá usar fundo vermelho com número branco.

 

Programação da 1ª etapa

SEXTA-FEIRA, 2

13h às 19h  – Secretaria / Vistoria: Todas as Classes

 

SÁBADO, 3

7h às 7h45 – Vistoria técnica: Todas as Classes

 

TREINOS LIVRES

8h às 8h30 – MX2 / MX2JR
8h35 às 8h55 – MX3 / MXF
9h às 9h20 – MXJR
9h25 às 9h55 – MX1
10h às 10h15 – 230cc
10h20 às 10h35 – MX4 / MX5
10h40 às 10h55 – 50cc
11h às 11h15 – 65cc

Manutenção de pista

 

TREINOS CRONOMETRADOS

12h15 às 12h45 – MX2 / MX2JR
12h50 às 13h10 – MX3 / MXF
13h15 às 13h35 – MXJR
13h40 às 14h10 – MX1
14h15 às 14h30 – 230cc
14h35 às 14h50 – MX4 / MX5
14h55 às 15h10 – 50cc
15h15 às 15h30 – 65cc

Manutenção de pista

 

PROVAS DE SÁBADO

16h – MX3 e MXF
16h30 – 230cc
17h – MX4 e MX5

17h30 – Pódio das categorias: MX3, MXF, 230cc, MX4 e MX5

 

DOMINGO, 4

WARM-UP

8h às 8h20 – MX2 / MX2JR
8h25 às 8h40 – MX1
8h45 às 9h – 50cc
9h05 às 9h20 – MXJR BR
9h25 às 9h40 – 65cc

Manutenção de pista

 

PROVAS DE DOMINGO

10h10 – 50cc
10h40 – MXJR
11h10 – Pódio das classes: 50cc e MXJR
11:30h – CERIMONIAL

12h – MX2 – 1ª Bateria
13h – MX1 – 1ª Bateria
14h – 65cc
14h30 – Pódio da classe 65cc

15h – MX2 – 2ª Bateria
15h40 – Pódio da classe MX2

16h – MX1 – 2ª Bateria
16h40 – Pódio da classe MX1

 

Tem transmissão ao vivo?

A Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) promete transmissão ao vivo pela internet de todas as categorias. Fique ligado na página www.brmx.com.br/brasilmx-aovivo que haverá retransmissão.