Após um recesso de 15 dias, o Mundial de Motocross 2018 volta neste fim de semana, 12 e 13, com a sétima etapa da temporada 2018, o GP da Letônia, que será disputado no tradicional e arenoso circuito de Kegums.
Após o domínio da Red Bull KTM na categoria principal, a MXGP, com Tony Cairoli e Jeffrey Herlings dividindo as vitórias nas cinco primeiras etapas, Clement Desalle, da Monster Energy Kawasaki, pôs fim a essa hegemonia ao vencer a sexta etapa, o GP da Rússia, disputado em Orlyonok, o que aumentou a emoção da disputa pelo título.
No GP da Letônia do ano passado, vimos o primeiro desempenho dominante de Herlings na MXGP, quando ele venceu as duas baterias em Kegums.
A corrida do ano passado também ficou marcada pelo forte acidente sofrido por Tim Gajser, da HRC Honda, o que lhe custou o restante da temporada.
Na categoria MX2, ninguém ainda foi capaz de quebrar a hegemonia da Red Bull KTM, que venceu todas as etapas disputadas até aqui, com Pauls Jonass e Jorge Prado.
Jonass vai correr em casa em Kegums, certamente podendo contar com o apoio massivo de seus fãs locais.
No GP do ano passado, Thoma Kjer Olsen, da Rockstar Energy Husqvarna, conquistou em Kegums a primeira vitória de sua carreira.
O circuito fica muito próximo da capital da Letônia, Riga, e tem sediado GPs do Mundial de Motocross desde 2009, além do Motocross das Nações em 2014.
Ao longo dos últimos anos, a pista, que sempre desafiou os melhores pilotos do mundo com seu solo arenoso e superfície técnica, foi palco de corridas dramáticas.
MXGP
Antes do GP da Rússia a categoria estava sendo dominada por Jeffrey Herlings e Tony Cairoli, ambos da Red Bull KTM.
No entanto, Clement Desalle, da Monster Energy Kawasaki venceu em Orlyonok e iniciou o que pode ser uma disputa envolvendo três pilotos na briga pelo título.
No ano passado, Herlings venceu o GP da Letônia ao dominar as duas baterias em Kegums, superando seu rival e companheiro de equipe Cairoli.
Desalle, que compete em Kegums desde o primeiro GP da Letônia, em 2009, subiu ao pódio ao fazer 2-5.
Já Cairoli fará neste fim de semana o 222º GP de sua carreira (coincidentemente o mesmo número de seu number plate) e já venceu na Letônia quatro vezes, incluindo o primeiro GP em 2009.
Fora as vitórias, o italiano tem três segundos lugares e um quinto em Kegums, o que mostra que ele costuma ser um piloto muito forte neste circuito.
Evgeny Bobryshev, da BOS GP, subiu ao pódio no GP da Letônia do ano passado, numa das suas melhores atuações em 2017.
Tim Gajser, da HRC Honda, também está retomando sua plena forma física e foi rápido em Kegums no ano passado, antes de sofrer um acidente que o tirou das corridas.
Gajser venceu o GP da Letônia em 2016 e provavelmente será um candidato ao pódio neste fim de semana.
Romain Febvre, da Monster Energy Yamaha, atualmente ocupa o 4º lugar na classificação do campeonato, mas ano passado saiu da Letônia com um decepcionante 13º lugar na soma das baterias.
No entanto, Febvre subiu ao pódio duas vezes em Kegums, em 2015 e 2016.
Gautier Paulin, da Rockstar Energy Husqvarna, é outro piloto a ser observado.
Paulin atualmente é o 5º colocado na classificação, mesma posição em que terminou o GP do ano passado na soma das baterias.
Tirando um forte tombo sofrido em 2015, ele nunca ficou fora do top 10 nas sete vezes em que correu em Kegums.
A HRC Honda chega reforçada em Kegums, já que a equipe anunciou a contratação do australiano Todd Waters para preencher a vaga deixada pelo lesionado Brian Bogers.
Waters já está familiarizado com o circuito onde terminou em 12º na soma das baterias em 2015, e tem trabalhado duro com a equipe nos treinos semanais.
Classificação da MXGP
- Jeffrey Herlings – 286 Pts
- Antonio Cairoli – 263 Pts
- Clement Desalle – 212 Pts
- Romain Febvre – 203 Pts
- Gautier Paulin – 180 Pts
MX2
Na MX2, Thomas Kjer Olsen, da Rockstar Energy Husqvarna, com certeza quer repetir a performance que teve no GP da Letônia do ano passado, que o levou a primeira vitória de sua carreira.
No entanto, ele terá de enfrentar a formidável dupla da Red Bull KTM, Pauls Jonass e Jorge Prado.
Esta é a primeira vez que Jonass irá disputar um GP em casa e o momento é especial, já que ele lidera o campeonato e vem de um desempenho dominante no GP da Rússia, onde venceu as duas baterias.
No ano passado ele não venceu, mas conseguiu finalizar em 2º, com um desempenho forte, deixando seus fãs locais satisfeitos.
Prado é o vice-líder na classificação, 20 pontos atrás de seu companheiro de equipe e, com seu desempenho consistente, tem sido o único até aqui capaz de desafiar o atual campeão Jonass.
No GP do ano passado ele ficou fora do pódio, ao finalizar na quarta posição.
Calvin Vlaanderen, da HRC Honda, espera levar a equipe pela primeira vez ao pódio da MX2 em 2018.
Ele esteve perto ao realizar boas corridas neste ano, e com certeza irá usar o pódio que conquistou no ano passado como motivação para as corridas deste fim de semana.
Ben Watson, da Kemea Yamaha, alcançou o pódio pela primeira vez em sua carreira no GP da Rússia, após vários “quase” nos GPs anteriores.
Ele ocupa o 4º lugar na classificação do campeonato e quer manter o bom ritmo para melhorar o 19º lugar conquistado ao final da temporada 2017.
Jed Beaton, da F&H Racing, está em 5º no campeonato, tendo terminado em 8º na geral do GP da Rússia.
Vsevolod Brylyakov, companheiro de Watson na Kemea Yamaha, perderá as corridas deste fim de semana por causa de uma lesão no joelho, sofrida em seu GP “caseiro”, na Rússia.
Seus melhores resultados foram um 4º e um 3º lugar no GP de Trentino.
Também é digno de nota mencionar o possível retorno de Hunter Lawrence, da Honda 114 Motorsport.
Lawrence, que sofreu uma lesão em Trentino, mostrou velocidade no início da temporada e deve entrar na briga pelo título.
Classificação da MX2
- Pauls Jonass – 266 Pts
- Jorge Prado – 246 Pts
- Thomas Kjer Olsen – 219 Pts
- Ben Watson – 176 Pts
- Jed Beaton – 156 Pts