Com as primeiras 5 de 20 rodadas previstas para 2018 completas, o Mundial de Motocross agora segue para Orlyonok, onde será disputado o GP da Rússia.
O circuito de Orlyonok fica ao longo do Mar Negro e sediará um GP pelo segundo ano consecutivo.
No ano passado a prova foi disputada num fim de semana, mas as corridas deste ano excepcionalmente acontecerão na segunda-feira, 30 de abril, e na terça-feira, 1º de maio, justamente no Dia do Trabalho (um dos maiores feriados da Rússia) e no primeiro dia da primavera na Europa.
No ano passado, vimos corridas incríveis no retorno do Mundial de Motocross à Rússia depois de muitos anos, num novo local em uma região completamente diferente do país.
Todo o evento de 2017 foi incrível, apesar da chuva, e neste ano as previsões meteorológicas indicam clima perfeito.
Por enquanto, 2018 tem se resumido a disputa pela liderança da principal categoria, a MXGP, entre os dois pilotos da Red Bull KTM, Jeffrey Herlings e Tony Cairoli, mas no ano passado o vencedor foi Clement Desalle, da Monster Energy Kawasaki.
MXGP
Jeffrey Herlings, da Red Bull KTM, venceu 7 das 10 baterias disputadas até aqui, o que lhe conferiu 4 vitórias (soma das baterias) em 5 GPs disputados.
As outras vitórias foram de seu companheiro de equipe, Tony Cairoli, que nas primeiras cinco baterias da temporada, liderou mais voltas do que Herlings.
Nos dois últimos GPs, a superioridade de Herlings foi mais massiva, o que lhe permitiu assumir a liderança isolada do campeonato.
Ambos costumam andar forte em solo russo.
Em 2012, Herlings venceu o GP da Rússia na MX2 e Cairoli na MXGP.
No ano passado, o holandês conseguiu um lugar no pódio, enquanto que Cairoli foi o 5º colocado.
Clement Desalle, da Monster Energy Kawasaki, era o terceiro colocado no campeonato até o GP de Portugal, quando teve o azar de abandonar a primeira bateria, cedendo a posição para Romain Febvre, da Monster Energy Yamaha.
Desalle tem sido rápido durante toda a temporada e é um dos mais propensos a acabar com o domínio da KTM.
Ele venceu o GP da Rússia no ano passado e foi o 2º colocado em 2012.
Febvre chega à Rússia com um início de temporada muito mais forte do que em 2017 e, como mencionado anteriormente, assumiu o terceiro lugar na classificação do campeonato.
Ele foi o 6º colocado no GP da Rússia do ano passado e o 16º em 2012, quando pilotava na MX2.
Gautier Paulin, da Rockstar Energy Husqvarna, está avançando e melhorando sua temporada, com exceção de um problema mecânico que o tirou da segunda bateria em Portugal.
Ele foi 3º colocado no GP da Rússia do ano passado e 7º em 2012.
Tim Gajser esteve ausente do GP da Rússia do ano passado, por causa de uma lesão.
Neste ano, mostrou potencial em Portugal, há duas semanas, quando conseguiu um lugar no pódio.
A grande dúvida é se os fãs russos verão seu piloto local, Evgeny Bobryshev na pista.
Correndo com um esquema privado da Suzuki em 2018 e se dividindo entre o motocross e o arena cross, Bobryshev foi o 12º colocado no GP do ano passado e o 5º em 2012.
Outro piloto que vale a pena ficar de olho é Jeremy Seewer, da Wilvo Yamaha.
Estreante na MXGP este ano, ele venceu o GP da Rússia do ano passado na MX2 e costuma se dar bem em circuitos de chão duro (como o de Orlyonok).
Classificação MXGP
- Jeffrey Herlings – 241 Pts
- Antonio Cairoli – 225 Pts
- Romain Febvre – 169 Pts
- Clement Desalle – 165 Pts
- Gautier Paulin – 147 Pts
- Glenn Coldenhoff – 140 Pts
- Jeremy Van Horebeek – 132 Pts
- Tim Gajser – 113 Pts
- Jeremy Seewer – 110 Pts
- Max Nagl – 88 Pts
MX2
Na categoria MX2, prevalece também o domínio da Red Bull KTM, com Pauls Jonass e Jorge Prado.
Jonass lidera a classificação, mas teve dificuldades nos últimos dois GPs, deixando as vitórias livres para Prado.
Jonass venceu o GP da Rússia do ano passado, enquanto Prado foi o 8º colocado.
Thomas Kjer Olsen, da Rockstar Energy Husqvarna, tem sido um dos pilotos mais consistentes de 2018, com 4 pódios em 5 GPs.
Tais resultados o colocaram em terceiro na classificação do campeonato.
Talvez o mais popular piloto russo da MX2 seja Vsevolod Brylyakov, da Kemea Yamaha.
Apelidado de “Beast from the East” (Fera do Leste), Brylyakov, que está em 6º na classificação, fará seu primeiro GP em casa, após perder a corrida do ano passado por causa de uma lesão.
Companheiro de equipe de Brylyakov, Ben Watson vem surpreendendo neste ano.
Atualmente em 4º no campeonato, ele foi o 10º colocado no GP da Rússia do ano passado.
Outro piloto da Kemea Yamaha, Jago Geerts volta ao circuito de Orlyonok pelo segundo ano consecutivo e com boas recordações desta pista.
Em 2016 ele foi campeão mundial de motocross júnior na categoria 125cc em Orlyonok.
Classificação MX2
- Pauls Jonass – 216 Pts
- Jorge Prado – 202 Pts
- Thomas Kjer Olsen – 185 Pts
- Ben Watson – 141 Pts
- Jed Beaton – 129 Pts
- Vsevolod Brylyakov – 115 Pts
- Conrad Mewse – 100 Pts
- Hunter Lawrence – 99 Pts
- Calvin Vlaanderen – 97 Pts
- Henry Jacob – 96 Pts