Mudança na programação e avaliação sobre o tratamento da pista foram os assuntos de sexta-feira em Canelinha

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Estilo de vida! Carlos Campano e Dario Arco caminharam pela pista na sexta-feira – Foto: Elton Souza / BRMX

A chuva deu uma trégua e a sexta-feira, 27, passou ensolarada em Canelinha, Santa Catarina, onde acontece neste fim de semana a segunda etapa do Brasileiro de Motocross.

Equipes já estão com seus boxes montados. Pilotos já circularam pela pista. E a organização ajusta os últimos detalhes.

O BRMX vistou o motódromo Arthur Jachovicz e constatou algumas novidades, além de dar uma volta na pista caminhando com os estranjeiros Carlos Campano, da Yamaha Grupo Geração Monster Energy Circuit, e Dario Arco, da Suzuki oficial da Argentina.

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Há uma novidade na programação. Agora o domingo está reservado exclusivamente para as categorias MX1 e MX2. A 85cc passa para o sábado, junto com a MX3 e a 65cc.

– Em Carlos Barbosa, os pilotos da MX1 e MX2 pediram uma pista mais “gringa” na reunião de sábado. E no domingo, quando os meninos da 85cc entraram na pista, estava muito dura e perigosa pra eles – conta Paulo Della Flora, diretor de motocross da CBM.

– Por isso trouxemos a 85cc para o sábado, que terá uma pista mais fácil para as categorias 65cc, 85cc e MX3. No domingo, tendo só MX1 e MX2, podemos deixar a pista bem tratada, bem difícil – completa.

No “rolê” que o BRMX deu pela pista com os gringos, pode perceber que o solo estava bastante molhado e gradeado. Campano alerta que isso pode estragar a pista em casos como Canelinha, onde o tempo é instável.

– Se você tem certeza que no dia da corrida terá sol, deve fazer isso (gradear) durante a semana toda. Mas se você não sabe, é melhor deixar duro, que se chover, não estraga a pista. Se chover amanhã (sábado), com a pista deste jeito (gradeada com cavas profundas), vai virar uma lama só, um barro, e daí vira enduro, e não motocross – comenta.

Dario Arco complementa fazendo uma comparação com as pistas do Mundial de MX.

– Como pode chover, o ideal é deixar duro e, no dia da corrida, passar a grade funda pra soltar. Assim, vão se formar vários traçados, com diferentes canaletas. Se tá muito mole, muito barro, forma um trilho só, porque ninguém vai ficar passando nos lugares que estão empoçados. No Mundial, é feito assim. Eles inclusive constroem com a máquina as canaletas nas curvas, fazendo três traçados diferentes – ensina.