O frio chegou junto das finais do supercross do Mini Os 2014 nesta quarta-feira, 26, no Gatorback Cycle Park, no condado de Gainsville, Flórida, Estados Unidos.
Depois de muita chuva na noite de terça-feira, pela manhã, às 7h30, os pilotos foram para a pista. A rádio do evento informava que os operadores de máquina haviam trabalhado desde às 3h da madrugada para deixar a pista em condições. E quando a primeira moto entrou, o terreno tinha condições perfeitas.
Cedo, o catarinense Rafael Becker conquistou o terceiro lugar em sua repescagem na categoria 51cc (4-8 anos) e passou para a final. Na decisão, um adversário bateu nele na largada e o desequilibrou. Mesmo sem cair, Rafa acabou fazendo primeira curva nas últimas posições. Depois se recuperou e terminou em 23º após cinco voltas, encerrando sua participação nas corridas de supercross.
– Ele poderia andar mais, acelerar mais nas curvas, mas foi uma grande experiência. Ele pulou quase tudo igual aos melhores da categoria dele e andou bem. Foi melhor nos treinos do que na corrida, ainda precisa melhorar, mas para uma primeira vez, foi bem – avalia Carlito Becker, pai do piloto.
Ramyller faz o melhor resultado entre os brasileiros
Com o quinto lugar na Schoolboy 1 Limited (motos de 125cc dois-tempos sem modificações no motor), Ramyller Alves conquistou o melhor lugar nas corridas de supercross entre os brasileiros que disputam o Mini Os 2014.
Nomes para prestar atenção
Mini Os é uma boa oportunidade para ver os futuros talentos do motocross norte-americano. Muitos deles já têm patrocínio das equipes de fábrica, que estão no box da competição com suas carretas e estruturas de alto padrão.
O vencedor da categoria Schoolboy 1 foi Mitchell Falk, nome de expressão que desde as categorias menores é um dos vencedores de competições como Mini Os e Loretta Lynn’s.
Quem também chamou atenção foi o venezuelano Lorenzo Locurcio (Yamaha), que venceu a categoria 250 B Limited contra nomes como Michael Mosiman (da Red Bull KTM), Jordan Bailey (da Pro Circuit Kawasaki) e Chase Sexton (Yamaha JGR).
Na 250 A (último passo antes do profissionalismo), o vencedor foi o mais novo contratado da GEICO Honda, Tristan Charboneau.
Ryder Mcnabb e Ryder Difrancesco são os grandes nomes da 50cc nos Estados Unidos. Difrancesco já tem ar de estrela, caminha pelo box chamando atenção das pessoas, tem patrocínio da Kawasaki, usa o numeral #199 (o mesmo de Travis Pastrana) e é apontado como um dos pilotos do futuro.
Intensidade é a chave
Os americanos gostam de eles uma “palavra chave” para definir o que se deve fazer para vencer uma corrida. No supercross do Mini Os, esta palavra poderia ser “intensidade”. A largada conta muito porque as provas são curtas. Como no AMA SX, as corridas são “um tiro”, “uma explosão”. A categoria 250 Pro Sport, que é para pilotos que estão a um passo do profissional, a final teve dez voltas. Nas demais, são 8, 6 ou 5 voltas de corrida apenas. Largar bem e ser intenso desde o início é fundamental para conseguir um bom resultado.
Resultados dos brasileiros nas finais do supercross
Pepê Bueno
250 B Limited – 18º
250 B Modified – 12º
Schoolboy 2 – 18º
– Larguei mal na Schoolboy 2 e caí na 250 B Limited, mas andei razoavelmente bem na 250 B Modified. Nesta categoria (Modified), os caras têm muito mais motor que eu e eu tive que pegar um gate bem por fora, porque vim da repescagem. Mas fiquei contente com este resultado – disse Pepê.
Ramyller Alves
Schoolboy 1 Modified – 7º
Schoolboy 1 Limited – 5º
Schoolboy 2 – 29º
Rafael Becker
51cc (4-8 anos) – 23º
Dan Kirchoff
250 C Stock – 22º