Honda e Pro Tork dão sinais de colaboração para viabilização da seleção brasileira no Motocross das Nações 2012

||


Hector Assunção, da Honda Mobil, foi convocado para representar o Brasil na MX2 – Foto: Mau Haas / BRMX

Diante do anúncio do time brasileiro para o MXoN 2012, seguido da afirmação do presidente da CBM, Firmo Alves, de que a participação do Brasil teria que ser viabilizada financeiramente, o BRMX entrou em contato com as partes envolvidas para saber qual o posicionamento inicial a respeito do assunto.

A equipe de Jorge Balbi Junior – Pro Tork 2B Kawasaki Racing – se pronunciou na segunda-feira, 2, através de sua assessoria de imprensa, afirmando que a participação de seu piloto está assegurada.

A Honda Mobil ainda não emitiu nota oficial, mas José Luiz Tewarc, gerente de pilotagem da fábrica, falou que após os trâmites burocráticos, as participações de Wellington Garcia e Hector Assunção devem ser confirmadas.

– Se o Balbi está viabilizado pela Pro Tork, perfeito. O que a gente mais quer é que ele vá de Kawasaki, com seus patrocinadores. Não seria justo com eles que investiram ao longo de todo ano se não fossem representados no Nações. A gente vai ter que se preocupar em dar estrutura aos pilotos Honda. É assim que acontece com as outras nações também – diz.

– O caminho agora é conversar com a diretoria, que já está sabendo de tudo e está contente com a convocação, e avaliar como compor esse cenário. Temos que ver como montar a equipe na Europa, entre outras questões. E isso demora um pouquinho porque a Honda, como multinacional, precisa de uma série de avaliações. Várias pessoas devem ser ouvidas – complementa.

Balbi Junior concorda, e exemplifica:

– Os Estados Unidos, por exemplo, têm pilotos de diferentes marcas. Vamos supor que vá Dungey e Villopoto. O Dungey ficaria na estrutura da KTM e o Villopoto na da Kawasaki, o que não impediria que corressem juntos, pelo mesmo país (como aconteceu em 2011, quando Dungey era Suzuki) – diz.

– E nós, pilotos, mesmo em estruturas diferentes, podemos caminhar juntos na pista, tomar decisões juntos, escolher quem vai largar com quem. É mais uma questão de logística e bom senso. Podemos estar em estruturas diferentes, mas trabalhando juntos – alega.

Com os patrocinadores engajados, faltaria à CBM, entre outras pendências, providenciar a parte de transporte, hospedagem, inscrições, etc.

– Vou articular essa situação. Tem o custo do próprio piloto, e tem o custo da equipe CBM, com delegados, chefes de equipe, jornalistas, uniforme, hotel, alimentação, translado. Isso tudo tem que ser conversado com os patrocinadores, até porque, como eu disse lá no anúncio da equipe, a CBM não tem verba para isso – argumenta Firmo Alves.

– Devo definir isso tudo até semana que vem – adianta.

O Motocross das Nações acontece no dia 30 de setembro, em Lommel, na Bélgica. O BRMX está montando uma excursão, com guia, hotel, ingresso e passagens. Saiba mais!