Fala, galera ligada no BRMX!
Neste início de ano, não falo sobre Freestyle, nem Freeride, falo sobre família! Uma grande parte do nosso esporte, desde o início, é a família! E nada melhor do que lembrar e agradecer a nossa família nesta época.
Como comecei no motocross muito novo, cresci nas pistas e passei muitos fins de semana viajando para corridas com o que chamo de FAMÍLIA MOTOCROSS. A maioria dos pilotos tem seus familiares sempre presentes e apoiando pela vitória e pela derrota. Assim, muitas famílias acabam criando laços por estarem no mesmo barco e passarem muitos momentos juntos. Meu amigo Juninho (Elievan Jr, da MX Parts, irmão do Leandro Silva) sempre disse que nós vamos ver as mesmas pessoas em todas as corridas e todos os fins de semana, pra que ter inimizade com alguém? Sempre vi desta maneira, como uma grande família. Claro que competindo cada um por si e pelos seus interesses pessoais e profissionais, mas esse respeito dentro do box na minha opinião gera uma competitividade mais leal e mais saudável.
Aproveitando este tópico, sempre achei muito interessante e extremamente valiosa a relação de pai e filho pilotos. Sendo iniciado numa idade muito tenra pelo meu pai, que sempre andou e anda até hoje com quase 60 anos, apreciei o quanto um piloto pode aprender com as experiências do pai, mesmo ele sendo piloto ou não.
Acompanhando os campeonatos amadores lá de fora do Brasil, não tem como não notar alguns filhos de pilotos já mostrando talento e futuro promissor como o filho de Brian Deegan, o Hayden “Danger Boy” Deegan, Jeff Ward com seu filho veloz até no nome, Ayrton Ward (em homenagem ao nosso grande Senna) é piloto oficial da Monster Energy Kawasaki nas 85cc, Além do “Red Dog” levando o mesmo apelido do pai Tim Ferry que ficou famoso pelo seus scrubs de PW 50, e não posso deixar de mencionar o filho de Stefan Everts, Liam Everts, já está voando a bordo de uma 65cc e tem no seu sangue duas gerações de campeões mundiais – será ele a terceira geração de Everts a conquistar um título mundial?
Aqui no Brasil também temos alguns pilotos como Caio Envagelista, filho do Marcos Ezdra e o Muguinho, filho do Mugão, entre outros o Guto Lima, sempre acompanhando o seus dois meninos nas 50cc. Me identifico muito com isso e incentivo ao máximo os pilotos levarem seus filhos para o esporte e trazer muitos bons frutos, a disciplina, superação, vitórias e derrotas que o esporte proporciona criam um ser humano íntegro e respeitador, além de fortalecer seus laços com a família. É claro que já vimos provas contrárias, nas quais relacionamentos turbulentos que rompem os laços de pais e filhos, mas no meu ver, isso não é culpa do esporte e sim da forma como é vivenciada esta relação. Lembre-se que o principal de tudo isso é se divertir e desfrutar dos momentos e oportunidades que só o motocross proporciona.
Valeu galera!
Deixo aqui meus sinceros votos um ano novo com muita paz e felicidade a todos! Aproveitem seus familiares e recarregue suas energias porque 2016 vem com tudo!