Estreante em competições no exterior, Hector Assunção acredita na classificação do Brasil no MXoN 2013

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Hector Assunção correrá na MX1 pelo Brasil – Foto: Mau Haas / BRMX

Seguindo a série de entrevistas com os representantes do Brasil no Motocross das Nações 2013, nesta quinta-feira, 29, apresentamos as expectativas de Hector Assunção.

O mais jovem piloto da seleção brasileira tem muitos desafios pela frente. Aos 21 anos, Hector nunca competiu fora do Brasil, além de ter que mudar de categoria e de marca de moto especialmente para esta competição, sem jamais sequer ter viajado para a Europa.

Atual quarto colocado no Brasileiro de Motocross – categoria MX2 – Hector, mesmo competindo de Kawasaki, recebeu o convite para integrar o time brasileiro que será apoiado pela Yamaha.

O MX das Nações 2013 será realizado em Teutschenthal, na Alemanha, nos dias 28 e 29 de setembro. Além de Hector, o Brasil terá Anderson Cidade e Rafael Faria em seu esquadrão. Para ler a entrevista de Faria, clique aqui. A de Anderson virá na sequência.

Apesar de já ter sido convocado em outras oportunidades, esta é a primeira vez que você vai para o Nações. Como foi receber a notícia? Quando você ficou sabendo que estava no time?
Hector Assunção:
Realmente esse ano eu não esperava ir para o Nações. Quando recebi o convite, confesso que fiquei surpreso, mas também muito feliz. O Cacau conversou comigo no Arena Cross, na etapa de Penha (dia 17 de agosto), mas só foi definido mesmo na semana seguinte.

No início do ano você treinou de Yamaha 450, e agora vai utilizar esta moto outra vez no MXoN. O que você gosta na moto? Quais as características dela?
Hector Assunção:
Gostei muito da moto, passei a pré-temporada inteira treinando com ela. Tem um motor bem progressivo, e eu gosto muito disso porque ajuda na minha pilotagem, forçando a andar redondo e trazendo tempo bom.

Você está em meio a uma temporada de 250cc. Não vai estranhar andar de 450cc?
Hector Assunção:
Acho que isso não será problema. Em 2011 eu andei de 250 e 450 no mesmo ano, e não estranhei. Às vezes eu treino de 450, com a moto do meu irmão. Isso ajuda. Acredito que não vou estranhar. Gosto muito de andar de 450, mas é uma moto muito bruta. Pegar uma e andar um fim de semana é gostoso, mas pegar pra treinar com ela todos os dias, e ela ser a sua moto oficial, judia bastante do piloto. Por isso ainda não sei de qual moto eu gosto mais (risos).

O que mudou na sua rotina desde que você soube que iria para o Nações? Mudou o treino ou algo assim?
Hector Assunção:
Andar de 450cc não é fácil, muito menos no MXoN. Por isso mudei meu treino na academia com a ajuda do MX Personal e 4 Perform. Comecei pegar mais pesado devido a 450cc e tenho andado um pouco com a moto do meu irmão.

Seu irmão, Roosevelt, correu o MXoN em 2000, na França. O que ele lhe fala sobre a competição? Ele lhe dá conselhos sobre o que você vai enfrentar, o que deve fazer?
Hector Assunção:
Meu irmão conseguiu fazer um bom resultado naquele ano, mas o Brasil não foi pra final devido a somatória de pontos da equipe. Ele me falou que lá o buraco é mais embaixo (risos). Me falou que o jeito é andar o que eu realmente ando e esquecer o peso nas costas. É se divertir que o resultado vem.

Você já competiu na Europa? Quais são as outras experiências internacionais dentro das pistas?
Hector Assunção:
Na Europa nunca competi, será minha primeira experiência em competições fora do Brasil. Já fui para os EUA para treinar, mas nunca participei de corrida.

O que você conhece da pista da Alemanha? Já viu vídeos? Quais as características que você acha que vai encontrar?
Hector Assunção:
Já procurei saber um pouco sobre a pista. Vi alguns vídeos. Acredito que o Brasil não vai sofrer tanto quanto o ano passado. Esse ano o terreno é mais parecido com o que temos no Brasil, e isso nos ajudará bastante.

Qual a sua expectativa? Acha que o Brasil tem chance de classificação?
Hector Assunção:
Acredito que sim. Como eu disse, o terreno nos ajudará bastante, e também confio bastante nos meus companheiros de equipe. Eles estão bem preparados. O jeito é chegar lá confiante e dar o melhor.

Em quem você aposta para vencer a competição? Existe algum país capaz de desbancar os EUA?
Hector Assunção:
Ano passado os EUA não levaram, a pista era de areia e isso favorecia os europeus, mas esse ano, com terreno parecido com o deles, acho que os EUA levam. Os outros países têm bons pilotos, mas não são um time tão completo quanto os EUA.

Fora das pistas, quais as suas curiosidades, objetivos, em relação a esta viagem?
Hector Assunção:
Conhecer a Europa e o Nações, que nunca tive a oportunidade de assistir, já será uma grande experiência. Depois da corrida, se sobrar um tempo passear pela Alemanha, será bem bacana também.

:: PERFIL

Nome completo: Hector Assunção
Equipe: Circuit
Patrocínios Pessoais: Circuit, Fabricando Piloto, Mobil , MX Personal, 4 Perform
Moto: YZ 450F
Numeral no Nações: #94
Categoria: MX1
Data de nascimento: 8 de abril de 1992
Local de nascimento: Osasco, São Paulo
Peso: 70 kg
Altura: 1,75 m
Ídolo das pistas: Tenho um grande respeito por todos, pois dentro da pista todo mundo é igual! De qualquer forma, o piloto que eu mais admiro hoje é o Ryan Villopoto.
Ambição: Um dos sonhos está sendo realizado, que é representar o Brasil no Motocross das Nações, e o outro é correr uma temporada completa no AMA Motocross e Supercross.
Principais conquistas: Quatro vezes campeão Brasileiro de Motocross e três vezes campeão do Arena Cross.