Equipes favoritas ao título do Motocross das Nações 2018: quem leva?

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Quem levará para casa o cobiçado troféu do Motocross das Nações 2018? – Foto: MXGP

 

Restam apenas três dias para o Motocross das Nações 2018, que acontece neste fim de semana, 6 e 7 de outubro.

Será a 72ª edição do maior evento de motocross do ano, considerado a Olímpiada da modalidade.

Os melhores pilotos do mundo irão se enfrentar naquela que pode ser considerada a pista mais patriótica dos Estados Unidos, RedBud, localizada em Buchanan, no estado do Michigan.

A pacata cidade também será invadida por fãs do mundo inteiro, que não querem perder cada detalhe das disputas.

Enfim, todos os olhos do motocross estarão voltados para RedBud neste fim de semana (saiba como assistir ao vivo aqui).

O Brasil mais uma vez estará presente, e, pela primeira vez em alguns anos com um time forte, com chances reais de classificação para as finais.

A equipe é formada pelos pilotos Gustavo Pessoa (MXGP), Enzo Lopes (MX2) e Fabio Santos (Open).

Você pode conferir um histórico completo da participação brasileira no evento aqui.

E as boas notícias para o Team Brasil já chegam antes mesmo do evento começar.

A vaquinha virtual feita por fãs para ajudar a custear a viagem de Jorge Balbi Júnior, que havia sido nomeado para o cargo de diretor técnico da equipe, superou os valores necessários antes do prazo estipulado.

Balbi já está nos Estados Unidos e concedeu entrevista exclusiva ao BRMX, falando das expectativas para o evento (confira aqui).

 

Favoritos na disputa: quem leva?

Entre os 31 países que estão na disputa, sem dúvida o favoritismo está do lado dos donos da casa, os Estados Unidos, que possuem a equipe mais forte dos últimos anos.

Mais uma vez liderados pela lenda Roger DeCoster, os americanos vão a RedBud com Eli Tomac (MXGP), recém coroado bicampeão do AMA Motocross na categoria 450, Aaron Plessinger (MX2), campeão do AMA Motocross 2018 na categoria 250, e Justin Barcia (Open), terceiro colocado no AMA Motocross 2018 na categoria 450.

Tomac está indo para o seu terceiro Nações, enquanto Plessinger fará sua estreia na prova.

Barcia irá disputar o evento pela quarta vez.

Além da motivação de correr em casa, os Estados Unidos é o país que mais venceu o Motocross das Nações.

Foram 22 conquistas, a última em 2011.

Ou seja, são 7 anos de jejum e, correndo em casa, é lógico que eles não irão aceitar outro resultado que não seja a vitória.

Aaron Plessinger fará sua estreia no Motocross das Nações em RedBud – Foto: RacerX Online

 

Outra favorita é a Holanda, que conta com o recém coroado campeão mundial de motocross na categoria MXGP, Jeffrey Herlings, disposto a provar que é o piloto mais rápido do mundo na atualidade.

Herlings, que competirá na categoria MXGP, terá o apoio de seus companheiros de equipe, Glenn Coldenhoff (Open) e Calvin Vlaanderen (MX2).

A Holanda foi vice-campeã nas duas últimas edições do Nações, sendo que em 2016 perderam o título para a França por apenas um ponto de diferença.

Some a isso o ímpeto e boa fase de Herlings para constatar que os holandeses estão vindo para o evento com motivação de sobra.

Herlings no Motocross das Nações 2017. Será que ele vai confirmar a boa fase e estragar a festa americana em RedBud? – Foto: MXGP

 

A França chega ao Nações 2018 como a campeã das últimas quatro edições.

Os franceses disputam o evento desde 1947.

De lá para cá, foram 15 pódios e 5 vitórias.

Os atuais campeões desembarcam em RedBud com Gautier Paulin (MXGP), Dylan Ferrandis (MX2) e o ex-campeão mundial da MX2, Jordi Tixier (Open).

Sem Marvin Musquin e Romain Febvre, o favoritismo para o pentacampeonato consecutivo começa a ser questionado.

Franceses comemorando o título em Matterley Basin, no ano passado. Hegemonia ameaçada com as ausências de Febvre e Musquin? – Foto: MXGP

 

Já a equipe alemã conta com os retornos de Ken Roczen (MXGP) e Max Nagl (Open), ambos remanescentes do título de 2012, conquistado em Lommel.

Somam-se a eles o jovem talentoso Henry Jacobi (MX2).

Roczen, que disputou o seu último Nações em 2013, é um dos favoritos a vitória na disputa individual entre os pilotos.

Além de já ter sido campeão mundial de motocross na MX2, também possui dois títulos do AMA Motocross na categoria 450, conquistados em 2014 e 2016, portanto é um piloto bem habituado com o motocross norte-americano.

Outro país com tradição no motocross e que sem dúvida irá acrescentar competitividade à disputa do título é a Bélgica, que chega em RedBud com Clement Desalle (MXGP), Jago Geerts (MX2) e Jeremy Van Horebeek (Open).

 

Correm por fora

Olho vivo também na Grã Bretanha, com equipe formada por Tommy Searle (MXGP), Ben Watson (MX2) e Max Anstie (Open).

Searle e Anstie fizeram parte da equipe do ano passado que, correndo em casa, obteve a terceira posição geral.

Já Watson fará sua estreia no evento, após a melhor temporada de sua carreira na MX2.

Max Anstie. Ao lado de Searle e Watson, ele tem a missão de ajudar a Grã Bretanha a repetir o bom desempenho do Nações 2017 – Foto: MXGP

 

Também correm por fora nesta disputa a Itália, liderada pelo nove vezes campeão mundial de motocross, Tony Cairoli, e a Espanha, que conta com o novo campeão mundial da MX2, Jorge Prado, do ex campeão mundial da MX3 (e tetracampeão brasileiro de motocross) Carlos Campano, e José Butron, outro piloto com experiência no Mundial de Motocross, mas que atualmente se dedica ao campeonato espanhol da modalidade.

E quem com certeza deve roubar a cena é a equipe de Porto Rico, que vai para RedBud com os ex-pilotos Kevin Windham, Travis Pastrana e Ryan Sipes, estes dois últimos com motos 2 tempos.

O chefe do time é o lendário Rick Johnson.

O principal objetivo da equipe é arrecadar fundos para as vítimas do furacão Maria, que devastou Porto Rico em 2017.