Terminou nesta segunda-feira, 10, a quinta edição do Ricky Carmichael Daytona Amateur Supercross (RCSX). Com um recorde de 1.200 inscrições em mais de 30 categorias, o evento reuniu mais de 20 mil pessoas na histórica pista de Daytona International Speedway, a mesma que recebeu os pilotos profissionais do AMA Supercross no sábado, 8.
Os brasileiros Yuri Campello, Djalma Santos e Enzo Lopes foram os representantes brasileiros nas “categorias de base”. Outros dois brasileiros, Janio Rezende e Diego Tavares, correram nas “big bikes” no evento que teve Ricky Carmichael participando ativamente de todos os aspectos, desde a construção e preparação da pista até o processo de inscrição e reunião com os pilotos.
Devido ao grande número de inscritos em cada categoria, as corridas tiveram o formato de baterias classificatórias, repescagens (LCQs) e finais, semelhante ao formato do AMA SX. Diego Tavares venceu a categoria 450 C para atletas com mais de 21 anos e ficou em décimo na 250 C para atletas com mais de 17 anos.
O veterano Janio Rezende faturou a classe Sênior B/C para pilotos com mais de 40 anos vencendo tanto a bateria classificatória quanto o Main Event. Ele também ficou em terceiro na categoria Vet B/C para pilotos com mais de 35 anos.
Enzo competiu em duas categorias: a Supermini – motos de até 112cc – e a Schoolboy 1 – motos de 125cc -, ambas para pilotos de 12 a 16 anos, e obteve os melhores resultados entre os atletas brasileiros. Com 44 pilotos inscritos na categoria Supermini, o brasileiro foi o terceiro colocado na primeira bateria, tendo feito o holeshot e liderado a corrida até a terceira volta, quando caiu e retornou em terceiro lugar. Na final, Enzo largou em quinto lugar mas sofreu uma queda durante uma tentativa de ultrapassagem, terminando a prova na sétima colocação.
O carioca Yuri Campello e o paulista Djalma Britto também competiram nesta categoria. Campello conquistou a vaga para a final com o oitavo lugar na sua classificatória e Djalminha ficou em décimo na mesma prova. No Main Event, o paulista ficou com a 15ª colocação, e o carioca chegou logo atrás, em 16º. O grande vencedor foi Austir Forkner, piloto que já é apontado como uma das próximas promessas do esporte nos Estados Unidos.
Na categoria Schoolboy 1, com 55 pilotos inscritos, Enzo Lopes competiu na Heat 2, com 28 pilotos. Largou em décimo, mas caiu, perdeu posições, retornou na 23ª colocação e, nas últimas duas voltas, acelerou e terminou a prova em 17º lugar. A colocação foi insuficiente para colocar o brasileiro no Main Event, e o piloto precisou competir contra 29 pilotos na repescagem (LCQ), sendo que somente os quatro primeiros pilotos se classificavam para a final.
Enzo conquistou o segundo lugar na repescagem e foi o último a escolher o gate no Main Event, que foi a última prova do dia e do campeonato em Daytona. Com a pista muito deteriorada e com a pouca luz (as provas aconteceram no início da noite), terminou em 13º lugar na categoria Schoolboy 1. O vencedor da classe foi Lorenzo Locurcio.
– Considerando que esta foi a segunda corrida do Enzo com uma 125cc, considerando o estado da pista, que já vinha causando várias quedas com fraturas nas últimas provas do dia, e também pelo fato dele estar competindo com pilotos que já têm 17 anos completos (as regras do AMA determinam que pilotos que tenham 16 anos em 1o de janeiro do ano corrente podem competir nessas categorias, ainda que completem 17 anos durante o ano), acredito que o Enzo tenha alcançado um bom resultado na Schoolboy 1, e isso lhe dará mais confiança para as próximas competições – avalia Leo Lopes, pai do piloto.
Enzo Lopes segue nos Estados Unidos para competir entre os dias 12 e 16 de março no Texas, onde acontece o Grand National Championship, na pista de Oakhill.
:: Assista o reprise da cobertura oficial do evento
*Com informações da assessoria de imprensa de Enzo Lopes
* Texto atualizado às 23h44 depois das sugestões dos leitores, que ajudaram a descobrir mais brasileiros que participaram das provas. Ajude você também! Comente no BRMX!