Entrevista: Blake Wharton fala das primeiras impressões ao chegar ao Brasil

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Americano se mostrou simpático e acessível – Foto: Mau Haas / BRMX

 

 *NOTA DA REDAÇÃO: a conexão de internet (não) fornecida pela organização do evento em Paty do Alferes impediu que o BRMX fosse atualizado durante o dia neste sábado. Apenas depois das 16h45, a internet começou a funcionar na sala de imprensa (e só durou até as 19h15).

 

Acompanhado de sua mãe, Blake Wharton e todo seu “rock style” chegaram a Paty do Alferes nesta sexta-feira, 19. O norte-americano foi contratado pela Honda Mobil para competir na sexta etapa do Brasileiro de Motocross, que rola neste fim de semana, 20 e 21, na cidade fluminense, e na final do Arena Cross, que acontece no sábado, 27, em Itapema, Santa Catarina.

Quando o ex-piloto da GEICO Honda chegou em Paty, dentro da van da IMS Racing, logo foi se sentar no box de Gustavo Pessoa. Lá conversou com o piloto brasileiro e seu pai e em seguida estava trocando ideias com seus colegas Adam Chatfield e Kevin Rookstool.

Como o estadunidense ainda tem idade (23 anos) para correr na MX2, o time chegou a cogitar a possibilidade dele andar na 250. Porém, no fim da tarde, a opção pela MX1 foi confirmada. Depois disso, o BRMX conversou com o atleta.

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Tranquilo, Wharton concedeu uma breve entrevista ao lado do box da Honda. Sereno, disse que gosta de competir em outros países, que quando era mais jovem ia bastante à Europa, e que até já tinha pensado em se aventurar pelas terras tupiniquins.

Entretanto, esta é a primeira vez que ele pousa em Terra Brasilis. Confira quais são as primeiras impressões do gringo!

 

BRMX: Para nós, brasileiros, foi uma surpresa você aparecer por aqui. Como isso aconteceu?
Wharton: Eu gosto de viajar. Quando estou nos Estados Unidos, gosto de ir para o Canadá ou até mesmo para a Flórida e Califórnia (Wharton vive no Texas) para competir. Quando eu era mais novo, corria na Finlândia, na Bulgária. Então, quando um amigo apareceu com a ideia de vir para o Brasil e eu pensei: “por que não?”.

BRMX: Você nunca veio ao Brasil antes.
Wharton: Não.

BRMX: Mas imaginava vir algum dia para competir?
Wharton: Sim, já pensei nisso algumas vezes porque sei que as corridas aqui são legais. Eu acompanho um pouco, vejo fotos.

BRMX: Conversou com Kevin (Rookstool) ou Kyle Regal antes de vir?
Wharton: Kyle também é do Texas e a gente conversa de vez em quando. Kevin eu não sabia que estava aqui, se não teria ligado para ele. Mas ouvi boas coisas sobre o Brasil. Me senti confortável para vir.

BRMX: Como você se sentiu nesta primeira semana no Brasil? Gostou da moto? Curtiu as pistas?
Wharton: As pistas são boas. Toda vez que você vai para um lugar que não é acostumado, é diferente. Estou acostumado com os Estados Unidos, com as pistas de treino de lá, que geralmente estão bem tratadas, bem molhadas. Mas às vezes vou à Europa e não é o mesmo, ou a outros lugares, e também encontro diferenças. Mas me surpreendi. Estou satisfeito com as pistas. São boas. Olhei a pista aqui (Paty do Alferes) hoje e me parece boa, está bem tratada, bem molhada, o desenho é legal. Competição é parecida em todos os lugares. As diferenças são pequenas. Correr no Brasil será diferente de correr nos Estados Unidos, ou no Canadá, ou na Austrália, ou na Europa, mas ainda assim será corrida.

 

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Neste sábado, Wharton fez o segundo melhor tempo na MX1 – Foto: Mau Haas / BRMX

 

BRMX: Você já competiu ou conhece estes rivais que vai enfrentar?
Wharton: Já enfrentei o conheço Adam (Chatfield) em um tempo distante, quando ele morou no Texas, e lembro de Balbi (Junior), que já correu várias vezes nos Estados Unidos. Vejo também, às vezes, alguns nomes na internet.

BRMX: Você gosta de fazer este tipo de pesquisa sobre pilotos e competições em outros países?
Wharton: Um poquito (falando em espanhol, língua que sua mãe domina bem e que ele entende algumas palavras). Fico no Instagram às vezes vendo fotos. Aí vi muita coisa do Brasil, das motos, dos pilotos daqui. Acho que eu sigo você (BRMX) no Instagram.

BRMX: Você prefere 250 ou 450?
Wharton: Prefiro 450. Mas competi de 250 por muito tempo. Mas estou procurando por corridas de 450. Aqui vou de 450.

BRMX: Neste ano você machucou seu joelho durante o AMA SX. Como está esta lesão?
Wharton: Agora está melhor, mas demorou. Passei por uma cirurgia depois de me machucar na terceira etapa do Supercross. Não sabia que tinha sido tão grave e só fui saber uma semana depois. E até sarar leva um bom tempo. Depois que me recuperei, há uns dois meses, comecei a correr algumas etapas de Supermoto e agora estou liberado para correr motocross. Voltei a treinar motocross faz um mês, mas não corro MX faz um ano. Esta será a minha primeira corrida de motocross desde a lesão. Mas o joelho está curado.

BRMX: Você já tem algum contrato para 2015? Pretende fazer a temporada de Supercross?
Wharton: Supercross é o meu plano e por isso estou falando com algumas equipes, mas não tenho nada certo ainda.

BRMX: Há chance de voltar para a GEICO Honda?
Wharton: Sim, há chance. Competi para eles por três anos quando era mais novo e também no início desta temporada. Há possibilidade.

BRMX: Você já percebeu como o AMA SX é adorado aqui no Brasil e como você tem fãs aqui?
Wharton: Quando postei fotos no Instagram dizendo que estava no Brasil, vi que muitas pessoas curtiram, comentaram, me deram boas vindas. Gostei muito. Me senti bem-vindo.

BRMX: Aqui tem muita gente que assiste ao AMA SX.
Wharton: Sim, o Supercross se tornou muito grande entre os esportes a motor, passa na TV, tem muitos espectadores, o que é muito bom. Pessoas ao redor de todo mundo assistem.

 

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Durante o treino neste sábado, em Paty – Foto: Mau Haas / BRMX

 

BRMX: Você tem fama de curtir música, rock’n’roll. Tem alguma banda favorita?
Wharton: Gosto de muitas, muitas mesmo. E, como sou do Texas, também gosto de algumas bandas country. Mas se tivesse que citar uma, diria Audioslave. E Rage Against the Machine, que eu sei que é bem conhecida aqui no Brasil.

BRMX: Conhece Sepultura?
Wharton: Não, não conheço. Como é? O que significa esse nome?

BRMX: Significa uma tumba, o lugar onde enterram os mortos. Eles tocam heavy metal, mais para a vertente do trash metal.

Wharton: Quem são os músicos?
BRMX: Foi fundada por Max e Igor Cavalera. Eles são brasileiros mas cantam em inglês. Fizeram muito sucesso fora do Brasil.

Wharton: Legal. Vou pesquisar.

BRMX: Toca algum outro instrumento além de guitarra?
Wharton: Um pouco de baixo e bateria.

 

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