O belga Clement Desalle é um dos pilotos que mais incomodou Antonio Cairoli (se é que alguém realmente incomodou o italiano) nos últimos anos de Mundial de Motocross. Lesionado desde julho por causa de uma lesão no pulso direito, sofrida durante o GP da República Tcheca, o atleta da Rockstar Energy Suzuki ganhou quatro Grandes Prêmios em 2014, e foi vice-campeão mundial em 2010, 2012 e 2013. Por isso, entra 2015 como um dos candidatos ao título junto de Cairoli, Villopoto, Paulin e Horebeek.
Desalle deve voltar a treinar na próxima semana, caso o médico o libere na consulta de terça-feira, 4. O piloto já trabalha na bicicleta, e deve começar os treinos no inverno europeu praticando enduro.
– Já fiz alguma coisa de mountain bike. Devo começar com a moto de enduro e, então, com calma, partir para a pista de motocross. Não faz muito sentido dar o máximo no começo. Já faz muito tempo que não subo numa moto – comenta.
Sua pré-temporada será em Portugal, onde todo mês de dezembro a Suzuki leva seus pilotos para fazer testes e tudo mais. Depois, ele parte para a Califórnia, Estados Unidos, para um “upgrade” nos treinos. A última vez que o piloto de 25 fez esse “estágio” na Califórnia, em 2011, ele ganhou três das seis primeiras etapas do Mundial. A diferença é que desta vez a Suzuki enviará a sua própria moto para os Estados Unidos. Nesta viagem, é bem possível que seus companheiro de time – Kevin Strijbos e Glenn Coldenhoff – e o chefe de equipe e ex-piloto Joel Smets o acompanhem.
Essas informações todas vêm através do jornalista Adam Weeler, que obviamente também perguntou ao belga sobre a presença de Ryan Villopoto nas pistas do Mundial na próxima temporada. Desalle, como sempre, manteve a calma e a frieza e respondeu:
– Honestamente, não saberemos (o que vai acontecer) até as corridas começarem. Muita coisa pode acontecer. Com certeza ele é um bom piloto, mas não me assusto com isso. Para mim, é apenas mais um bom piloto na MXGP. Acho que é importante focar em si mesmo e não se preocupar demais olhando para o lado para ver o que o outro está fazendo. Acho que ele terá que se adaptar a algumas pistas bem diferentes, o que não será fácil – finaliza.