Depois de Mariana Balbi, francesa participará do Mundial de Motocross entre os homens

||

Livia Lancelot tem 36 anos e experiência no Mundial e no AMA MX Feminino – Foto: Divulgação

A francesa Livia Lancelot será a terceira mulher da história a correr uma etapa do Mundial de Motocross entre os homens. Antes dela, a brasileira Mariana Balbi, em 2009, abriu as portas com sua participação na prova de Canelinha, Santa Catarina. A italiana Stefy Bau foi a segunda a encarar a disputa entre o sexo masculino.

Nesta quarta-feira, 27, a equipe Kawasaki, que patrocina Livia, divulgou uma entrevista com a moça de 36 anos falando das expectativas em viver essa nova experiência. Ela fará as duas primeiras etapas, no Catar e na Tailândia, dias 2 e 9 de março, respectivamente. Leia!

Como você se sente para a temporada?
Livia:
A temporada para mim começou há um mês com eventos de verão em Hossegor e Le Touquet. Corri a primeira de motocross há dez dias, em Valence, e agora estou indo para os GPs do Catar e Tailândia, para andar na MX2.

Você se surpreendeu com este convite para correr no Catar?
Livia:
Ainda não sei potrque a Youthstream me convidou para o evento. Mas quando eles me perguntaram se eu queria, fiquei entusiasmada. É muito bom ver que os organizadores não esqueceram de mim, mesmo depois que eu parei de correr o Mundial Feminino quando eles colocaram junto com o calendário do Mundial de MX3.

Quais as suas expectativas?
Livia:
Recebi o convite antes (do Enduro) de Le Touquet, então pouco treinei de 250 no motocross e, mesmo que tivesse tido mais tempo, não acho que mudaria muita coisa. Vou dar meu melhor para classificar. Com o novo regulamento, eu preciso alcançar pelo menos 108% do tempo dos TOP 10. Sei que será difícil, mas quero ter a oportunidade de estar entre os melhores da MX2.

Como foi a experiência de 450 na corrida em Le Touquet?
Livia:
Quando eu era mais nova, fui assistir a essa corrida. Então, ano passado resolvi colocá-la no meu programa. Decidi andar de 450 e treinei muito no inverno. A moto é mais pesada, mais potente, e me diverti muito. Você precisa mudar seu estilo de pilotagem, mas eu curti a experiência. Corri em Hossegor também e isso me ajudou, já que eu nunca tinha corrido com tantos pilotos. Fiquei feliz por estar entre os 50 melhores em Le Touquet. Ano que vem vou de novo.

Qual é a sua programação depois dos dois primeiros GPs?
Livia:
Todos os anos busco novos desafios. Não corro mais o Mundial, pois meus patrocinadores têm mais interesse no Le Touquet e no X Games, e eu gosto de estar em eventos diferentes. Depois dos GPs vou para a temporada francesa, farei provavelmente os GPs da Itália e da Inglaterra, que são juntos com a MX1/MX2, o X Games e talvez o Endurocross. É sempre legal conhecer novos eventos e novos rivais.

É possível uma mulher ser profissional neste esporte?
Livia:
Não é fácil, mas eu estou conseguindo. Tenho que agradecer a Kawasaki, Bud Racing, Fox, Rockstar e todos nossos parceiros. Sou sortuda, porque o motocross é minha paixão e eu estava no lugar e na hora certos.