Pódio com todos os pilotos que participaram da homenagem – Foto: Mau Haas / BRMX
Quem gosta de motocross teve dificuldades para conter as lágrimas na manhã de domingo, 19, quando os pilotos veteranos entraram na pista do Beto Carrero World para a Corrida dos Campeões (que aconteceu em paralelo ao GP Brasil de Motocross 2013).
Cristiano Lopes, Nuno Narezzi, Chumbinho, Elton Becker, Rafael Ramos, Eduardo Saçaki, Jorge Negretti, Roque Colaman, Roberto Boettcher, Wellington Valadares, Cássio Garcia e Paraguaio estavam presentes, representando gerações do motocross brasileiro das décadas de 70, 80 e 90. Dos convidados, apenas Moronguinho (machucado), Rogério Nogueira e Bê Magalhães (com compromissos pessoais) não puderam comparecer.
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– Nunca mais tinha sentido emoção tão grande. Acho que desde que eu corria essa foi a maior emoção da minha vida – disse Boettcher depois de dar uma volta na pista.
Cronologicamente, os eventos aconteceram assim: primeiro os pilotos entraram na pista à pé, saudaram parte do público e depois, dois a dois, deram “meia volta” na pista, sendo “apresentados” aos espectadores pelo locutor do evento.
Detalhe que Jorge Negretti e Eduardo Saçaki estavam com motos 2 Tempos, o que deu um ar a mais de nostalgia. Outro fato interessante é que Cássio Garcia, mesmo com uma lesão na perna que o impossibilita andar de moto, subiu em um quadriciclo e fez a volta de apresentação.
Na sequência, todos alinharam no gate já emocionados, se abraçando, se cumprimentando, uns rindo outros chorando.
Então fizeram uma largada. E muitos levaram a sério! A hora que o gate caiu, saíram acelerando forte e Eduardo Saçaki fez a curva em primeiro. Mas logo depois da curva, todos tiraram a mão e seguiram passeando pela pista. Nem chegaram a dar uma volta completa, mas teve alguns como Saçaki e Rafael Ramos que se empolgaram e até tentaram saltar o triplo!
Por fim, subiram ao pódio, falaram ao microfone, agradeceram ao público, receberam uma placa com homenagem, cantaram com Maurício Manieri e seguiram celebrando durante todo dia.
– Nunca fiquei tão nervoso para alinhar no gate. Obrigado pelo carinho de todos e obrigado a Romagnolli por proporcionar este momento único na minha vida. Estou honrado – disse Nuno Narezzi.
– Participar desta homenagem é inexplicável. Disputar uma corrida com pilotos como Paraguaio e Boettcher, que eu via só em revistas, pois era uma época que não havia internet, é uma sensação única – comentou Elton Becker.
– Estou sem palavras. O motocross nos proporcionou muitas coisas positivas e estar aqui no Mundial de Motocross é uma alegria imensa – destacou Jorge Negretti.
Reencontro de Valadares, Chumbinho e Saçaki – Foto: Mau Haas / BRMX