#COPAnoBRMX – Motocross no Chile é o assunto mais importante da Copa do Mundo FIFA 2014

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Parecia impossível, mas o Brasil passou de fase na Copa do Mundo FIFA 2014 e fez a equipe BRMX seguir cumprindo com sua obrigação de oferecer conteúdo sobre motocross enquanto os olhos do mundo estão voltados para os gramados.

O Chile foi o país que jogou as oitavas-de-final com o Brasil em 2014.

Vangloriado por muitos por ser o país com melhor índice desenvolvimento humano, qualidade de vida, estabilidade política e liberdade econômica do continente, o Chi-Chi-Chi-le-le-le ainda tem um motocross menor (pelo menos dentro das pistas) que Brasil e Argentina, por exemplo.

 

:: Vídeo da quinta etapa do Chileno de Motocross – categoria Pro Open

 

O argentino Dario Arco (já correu no Brasil) conquistou o título do campeonato chileno neste ano. O BRMX conversou com ele, que explicou um pouco da situação do MX por lá.

– O campeonato este ano começou muito forte, com vários argentinos e todos os chilenos e mais um italiano (Fabio Mossini, vice-campeão) que a Honda trouxe para ganhar de mim. Ganhei quatro etapas e perdi uma para o Leo Quintanilla (chileno da família de Pablo Vasquez e Luciano Quintanilla, que também são pilotos), a quem considero o melhor chileno de todos – resume Arco.

O Chileno de Motocross geralmente acontece no verão. Começa em novembro e termina em março, evitando assim corridas no rigoroso inverno mapuche. Porém, algumas provas extras são realizadas neste período de intertemporada. Até uma corrida de supercross noturno, inaugurada no ano passado, está programada para acontecer novamente em setembro deste ano no Motopark, em Santiago.

 

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Dario Arco, campeão chileno 2013-2014 – Foto: Divulgação

 

Peço a Dario Arco que faça a inevitável comparação com o motocross do Brasil, e ele destaca:

– Brasil está mais forte. Até mesmo o campeonato argentino é mais forte que o chileno, tem pilotos melhores, tem mais atividade, apesar do Chile estar melhor que nós economicamente. E o Brasil está mais forte que todos, com bastantes estrangeiros e brasileiros muito rápidos – diz Dario, que deve correr a etapa de Canelinha, no dia 17 de agosto, pelo Brasileiro de Motocross 2014.

O campeonato chileno tem diversas categorias, começando com a 50cc, passando por 65cc, 85 Inf, 85 ULM, Feminina A, Feminina B, Novatos MXC, Master A, Master B, MX2 B, MX2 A, MX1 B, terminando com a classe principal, a Pro Open. Cada etapa tem duas baterias, e eles ainda utilizam o sistema de descarte dos piores resultados. Cerca de 250 pilotos participaram deste ano.

Os principais nomes do país atualmente são Diego Rojas e Ignacio Valenzuela, que terminaram o campeonato nacional na terceira e quinta colocações, respectivamente. Na 250, surgem nomes como Raczo Tudor, Benjamin Herrera, Sebastian Muñoz e Jose Fernandez.

 

:: Vídeo da primeira etapa do Chileno de Motocross – categoria MX2

 

Historicamente, um dos grandes nomes do motociclismo off-road do país é Francisco “Chaleco” López, campeão chileno e latino de motocross nos anos 90, mas com maior destaque no rally. Venceu etapas do Rally Dakar, ganhou medalha de ouro no Six Days na França em 2001 e no Brasil em 2003, e segue competindo nos maiores campeonatos do mundo.

Há que se lembrar também do destaque de Javier Villegas no Freestyle MX. O chileno que já morou inclusive no Brasil,  começou no motocross e depois migrou para o FMX, sendo o primeiro “não-europeu” a ganhar o Mundial FIM de FMX (em 2011).

No motocross em si, Jeremías Israel Esquerre chegou a andar no AMA MX no início dos anos 2000, antes de descobrir um tumor no cérebro que o afastou das pistas. Em 2005, ele voltou às competições, se consagrando novamente campeão chileno.

 

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Javier Villegas durante treino nos Estados Unidos – Foto: Divulgação

 

 

Laguna Caren, palco do Mundial de Motocross MX3

Em termos de pista, a mais famosa é Laguna Caren, localizada em Santigado, capital do país. Lá aconteceram etapas do Mundial de Motocross MX3 nos anos de 2008 e 2009. Mas outras, como Los Lingues, em San Fernando, ou La Finca, em Rapel, estão entre os destaques. La Finca tem um solo arenoso e 1.700 metros de traçado. A pista do Rancho Tudor, do campeão chileno Raczo Tudor, também é famosa. Irrigada, com 1.900 metros de extensão, é aberta para receber pilotos.

 

:: Imagens amadoras do Mundial MX3 em Laguna Caren – 2009

 

 

Extras

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:: Comercial do Banco do Chile para incentivar a seleção