Com uma pré-temporada perfeita, Jeffrey Herlings está ansioso para a abertura do Mundial de Motocross 2016

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Herlings aguarda ansiosamente a abertura do Mundial MX – Crédito: KTM

 

Jeffrey Herlings, piloto da equipe Red Bull KTM, está vivendo uma pré-temporada agitada em 2016. Nas últimas três semanas, o holandês venceu oito corridas em três países diferentes, Itália, Inglaterra e França.

Herlings, bicampeão mundial de motocross na categoria MX2, está ansioso pela abertura do Mundial que acontece nos dias 26 e 27 de fevereiro, no Catar. Por ter sofrido graves lesões nos últimos três anos, 2013, 2014 e 2015, esta espera é tão especial.

Agora, completamente recuperado, muitos dizem que ele é o piloto mais rápido do mundo na MX2. O site MX Large entrevistou o atleta para saber mais detalhes, tanto sobre a pré-temporada, como sobre o ano de forma geral. Confira!

 

Tem sido uma pré-temporada muito boa, não é?
Jeffrey Herlings: Bem, nós começamos em Sardenha e foi minha primeira corrida em seis meses. Foi difícil acostumar com a sensação novamente. Dominamos a MX2 lá e em seguida, na Superfinal, tive uma largada ruim e foi muito difícil ultrapassar as 450. Acho que fiz quarto, algo assim.

E as duas últimas corridas você dominou.
Jeffrey Herlings: Sim, foi muito bom! Venci as três categorias em Hawkstone (Inglaterra), incluindo a Superfinal. E depois em Valence (França), na semana passada. Por isso, está ficando cada vez melhor. Estou positivo e mal posso esperar para o gate cair no Catar (abertura do Mundial de Motocross). Há mais de dois anos não estou 100% e agora é a primeira vez em três anos que tive uma pré-temporada perfeita.

Como você se sente em comparação com outras temporadas em sua carreira, quando também estava 100% em forma?
Jeffrey Herlings: Acho que no meio de 2014 eu estava realmente em forma. Não estou no mesmo ritmo agora, mas não preciso estar. No entanto, posso construir isso. Acho que é importante continuar melhorando e temos que trabalhar para isso. Já estou me sentindo forte e acelerando rápido. Sou o cara mais rápido da MX2, e acelerei com alguns da MXGP também.

O que mudou para você desde as lesões?
Jeffrey Herlings: Mudei minha maneira de pensar. Três anos atrás, não tinha nenhum receio, estava apenas acelerando o mais rápido possível. Agora estou andando mais seguro, no meu tempo, para evitar correr algum risco e lesões. Também, na minha cabeça, fiz tudo o que podia para esta temporada. Tivemos uma preparação perfeita até agora. Quando estiver no gate no Catar, posso pensar, honestamente, que fiz tudo o que podia para estar pronto. Seja qual for o resultado.

Você venceu alguns caras da MXGP, como Desalle, Simpson e Townley na pré-temporada. Surgiu algum arrependimento por não ter subido de categoria em 2016?
Jeffrey Herlings: Quando tomamos essa decisão, a três meses atrás, eu não tinha certeza de como ia ser quando voltasse a acelerar. Poderia ter sido no final de novembro, como poderia ser no final de dezembro, ou até mesmo janeiro, eu não sabia. Temos sorte de que tudo correu bem e comecei a andar mais cedo. Não sei, tenho vários pensamentos, mas no momento não me arrependo da decisão. É um boa decisão para a minha confiança, fazer mais um ano na MX2. Não há nenhuma maneira fácil de ganhar o mundial de motocross, tanto na MX2 como na MXGP. Claro que é mais fácil ganhar na MX2, mas ainda sim não é considerado fácil.

Lemos o comunicado da Suzuki sobre o acidente de Ben Townley. Você pode explicar o que aconteceu?
Jeffrey Herlings: Vocês conhecem a pista em Valence, é difícil de ultrapassar. Por isso, se você quer ultrapassar, tem que fazer um movimento mais agressivo. Eu nem sequer toquei nele, ele foi pelo lado de fora e eu por dentro e apenas travei de modo que ele não poderia virar. E ele caiu. Ouvi dizer que bateu o joelho. Se eu bati nele, lamento. Ele é meu amigo e não nos falamos depois, mas como eu disse, pelo que sei não cheguei a tocar e, se toquei, a velocidade era muito baixa. Acho que tudo vai ficar bem.

Qual será a sua preparação para essas duas semanas antes do Catar?
Jeffrey Herlings: Já andei três corridas e fiz tudo o que podia. Agora é praticar e analisar algumas coisas e enfrentar a abertura.

Para finalizar. Você vai participar do campeonato holandês? Ele está com um novo nome e parece que as datas não irão bater com o mundial. Tudo isso soa como mudanças positivas?
Jeffrey Herlings: Eu acho que o campeonatos nacionais ainda são importantes. Temos uma agenda ocupada com os GPs, mas ainda sim quero tentar fazer algumas corridas na Holanda. É importante correr o máximo que puder. As três primeiras etapas vou estar presente e depois vou analisar como vai ser. Quero correr para os meus fãs holandeses porque sei que eles não podem ir até o Catar e Tailândia.

 

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Herlings na Itália – Crédito: Taglioni S.

 

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Na França, no último fim de semana – Crédito: Ray Archer

 

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No pódio em Hawkstone – Crédito: Ray Archer