Clement Desalle planeja seu retorno após lesão

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Clement Desalle – Foto: Suzuki Racing

 

O belga Clement Desalle está em Portugal fazendo pré-temporada com o restante da equipe Suzuki – Kevin Strijbos, Julien Leiber, Jeremy Seewer e o recém-contratado Glenn Coldenhoff. Mas o seu retorno às pistas após seu acidente na bateria final do MX das Nações 2013, na Alemanha, ainda é incerto.

Desalle precisou de uma cirurgia complexa no seu ombro esquerdo – o mesmo operado em 2011 – e não subiu em uma moto desde aquele dia em Teutschenthal, quando ajudou seu país a conquistar o título.

– Estou fazendo o que todos os outros caras da equipe estão fazendo, mas com algumas adaptações – diz o piloto de 24 anos em entrevista a Adam Wheeler, da revista OTOR.

– Na piscina meu ombro tem sentido alguma fadiga, então tenho que ter cuidado. Estou mais preocupado com a qualidade do que com a potência. Devo começar fazendo algum enduro porque ainda não me sinto forte o suficiente para os grandes saltos. Levantar o braço ainda é um pouco difícil. Não tenho a mobilidade completa aind – diz.

O chefe da equipe, Sylvain Geboers, comentou recentemente que acha difícil Desalle brigar pelo título mundial deste ano devido ao grande tempo de recuperação e ao início da temporada já em 1º de março. Desalle, porém, acredita na sua potência.

– Minha mentalidade é brigar pelo título. Vou treinar e jamais posso pensar na possibilidade de NÃO brigar pelo título. Tenho que voltar para a moto e sentir. Vamos para brigar pelo título – diz.

De acordo com Desalle, esta lesão foi ainda pior que a de 2011.

– Esta foi pior, mais séria. Escolhi operar logo após o acidente. Haviam muitos danos internamente. Foi um grande procedimento. Eles fizeram em três passos. Primeiro removeram a placa de 2011, depois limparam a cabeça do osso, onde a placa estava fixada. Por último, fixaram o ombro com dois parafusos para que ele não desloque tão facilmente. Doeu muito depois. Por uma semana e meia eu estava numa agonia e ficava acordado durante as noites. Foi difícil – lembra.

A lesão também abalou psicologicamente o piloto.

– Demorei três semanas para aceitar a lesão. Não procurei ver nenhuma foto e nenhum vídeo da corrida (MX das Nações). Foi um período estranho. Sei o que conquistamos, mas fiquei muito desapontado como terminou meu dia. Aconteceu na última bateria do ano! De qualquer maneira, não ajuda nada ser negativo com as coisas – finaliza.