Belga Clement Desalle começa o Mundial de MX1 na frente – Foto: Suzuki-racing
A abertura do Mundial de Motocross 2013 aconteceu neste sábado, 2, no circuito de Losail, no Catar, apresentando muitas das novidades da temporada.
A Superfinal, misturando os melhores pilotos da MX1 e MX2, foi a grande atração. Antonio Cairoli, da MX1, venceu a prova, enquanto Jeffrey Herlings foi o melhor piloto da MX2 com o sétimo lugar na corrida final.
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Porém, o vencedor do GP saiu da soma dos resultados da bateria individual com os da Superfinal. Por isso, o vencedor do Grande Prêmio na MX1 foi Clement Desalle, que venceu a bateria individual e ficou em segundo na Superfinal. Jeffrey Herlings, que venceu a bateria individual e foi o melhor da MX2 na corrida híbrida, venceu o GP na MX2.
Entendeu? É como se fossem duas baterias, igual no modelo tradicional, só que a segunda mistura pilotos das duas categorias, cada qual somando pontos em sua classe.
Para se chegar aos 40 pilotos que disputaram a Superfinal, foram realizadas três corridas preliminares. Uma bateria de cada categoria e mais uma repescagem com as duas classes misturadas.
Os destaques negativos do GP foram as arquibancadas “vazias” e a iluminação, que deixaram a desejar. A pista se apresentou “mediana”, com um piso bastante duro coberto com areia grossa em um terreno plano. Fica atrás da maioria dos circuitos do Mundial.
A segunda etapa do campeonato acontece no próximo domingo, 10, na Tailândia. O formato da etapa do Catar será repetido, assim como nos demais GPs fora da Europa, no Brasil e no México.
:: Melhores momentos
:: Resultado final do GP
MX1
1) Clement Desalle – 1-2
2) Antonio Cairoli – 3-1
3) Gautier Paulin – 4-3
MX2
1) Jeffrey Herlings -1-7 (sétimo na Superfinal, primeiro entre os pilotos da MX2)
2) Dean Ferris – 5-13 (13º na SF, segundo melhor piloto da MX2)
3) Romain Febvre – 4-15 (15º na SF, terceiro melhor piloto da MX2)
:: Resultado das baterias
MX1 – bateria individual
1) Clement Desalle
2) Ken De Dycker
3) Antonio Cairoli
4) Gautier Paulin
5) Evgeny Bobryshev
6) Kevin Strijbos
7) Tommy Searle
8) Shaun Simpson
9) Rui Gonçalves
10) Davide Guarnieri
MX2 – bateria individual
1) Jeffrey Herlings
2) Glenn Coldenhoff
3) Christophe Charlier
4) Romain Febvre
5) Dean Ferris
6) Alessandro Lupino
7) Jordi Tixier
8) Julien Lieber
9) Mel Pocock
10) Jose Butron
Superfinal – MX1/MX2
1) Antonio Cairoli (Itália, KTM) – MX1
2) Clement Desalle (Bélgica, SUZ) – MX1
3) Gautier Paulin (França, KAW) – MX1
4) Evgeny Bobryshev (Rússia, HON) – MX1
5) Tommy Searle (Grã-Bretanha, KAW) – MX1
6) Kevin Strijbos (Bélgica, SUZ) – MX1
7) Jeffrey Herlings (Holanda, KTM) – MX2
8) Ken De Dycker (Bélgica, KTM) – MX1
9) Steven Frossard (França, YAM) – MX1
10) David Philippaerts (Itália, HON) – MX1
Notas importantes
Cairoli renovado
Antonio Cairoli renovou seu contrato com a KTM para mais três anos (2014, 2015, 2016), o que é apontado por muitos como um indicativo de que o italiano vá encerrar sua carreira com a marca austríaca, aos 31 anos.
Mudança no calendário
A Russia perdeu seu GP para a Finlândia. A Youthstream divulgou neste fim de semana uma atualização no calendário do Mundial de Motocross, mudando o local da 13ª etapa, no dia 14 de julho. Além disso, a YS definiu Sevlievo, Bulgária, como sede da quinta etapa, marcada para dia 21 de abril. Veja o calendário atualizado!
MX1/MX2
1ª etapa) 2 de março – Catar (GP noturno) – em Losail
2ª etapa) 10 de março – Tailândia – em Si Racha
3ª etapa) 1º de abril – Holanda – em Valkenswaard
4ª etapa) 14 de abril – Itália – em Trentino
5ª etapa) 21 de abril – Sevlievo – na Bulgária
6ª etapa) 5 de maio – Portugal – em local a ser definido
7ª etapa) 19 de maio – Brasil – em Penha, Santa Catarina
8ª etapa) 26 de maio – México – em Guadalajara
9ª etapa) 9 de junho – França – em Ernee
10ª etapa) 16 de junho – Itália – em Maggiora
11ª etapa) 30 de junho – Suécia – em Uddevalla
12ª etapa) 7 de julho – Letônia – em Kegums
13ª etapa) 14 de julho – Hyvinkää – na Finlândia
14ª etapa) 28 de julho – Alemanha – em Lausitzring
15ª etapa) 4 de agosto – República Tcheca – em Loket
16ª etapa) 18 de agosto – Bélgica – em Bastogne
17ª etapa) 25 de agosto – Grã Bretanha – em Matterley Basin
18ª etapa) 8 de setembro – Lierop (a ser confirmado)
Resumo das provas no Catar
Superfinal
A bateria híbrida do Mundial de MX começou com Clement Desalle na liderança, Kevin Strijbos em segundo e Antonio Cairoli em terceiro. Todos pilotos da MX1.
Entre os MX2, como esperado, Jeffrey Herlings fez uma boa largada e andava entre os cinco nas primeiras voltas. Romain Febvre e Jordi Tixier figuravam entre os dez melhores, mas não aguentaram o ritmo e acabaram fora do TOP 10.
Cairoli demorou quatro minutos para chegar em Clement Desalle e iniciar a briga pela liderança. E com dez minutos de corrida, o italiano ultrapassou o belga para assumir a liderança e não largar mais.
Depois da metade da prova, Gautier Paulin apareceu chamando a atenção, ultrapassando “todo mundo” até alcançar o terceiro posto após duelo com o russo Evgeny Bobryshev.
Steven Frossard e David Philippaerts, ex-companheiros de time, travaram um duelo interessante pela NONA posição, decepcionando um pouco seus fãs, que esperavam estes atletas disputando posições no TOP 5.
Bateria MX1
O belga Kevin Strijbos dominou os primeiros 10 minutos de corrida, trazendo Evgeny Bobryshev e Ken De Dycker na mesma tocada forte.
O português Rui Gonçalves, estreando pela ICE1 Racing também largou bem, mas não conseguiu ser constante e foi perdendo posições, terminando em nono.
Antonio Cairoli largou mal, por volta do 10º lugar, assim como Max Nagl e Steven Frossard. Cairoli conseguiu se recuperar e terminou a corrida em terceiro, depois de brigar bastante com Evgeny Bobryshev.
A disputa pela primeira posição teve momentos emocionantes. Primeiro quando Strijbos defendia o posto dos ataques de Ken De Dycker, depois com a briga belga entre De Dycker e Clement Desalle.
O atleta da Rockstar Energy Suzuki (Desalle) conseguiu a ultrapassagem aos 27 minutos de prova, em uma ultrapassagem por fora no piloto da Red Bull KTM.
Uma boa corrida, com bastantes ultrapassagens, disputas, com um alto nível de pilotos entre os dez primeiros.
Bateria da MX2
O holandês Jeffrey Herlings dominou as ações mesmo tendo largado por volta da oitava posição. Com três voltas de corrida, Herlings chegava nos ponteiros, para duas voltas depois ultrapassar seu conterrâneo Glenn Coldenhoff para assumir a ponta.
Coldenhoff foi a boa “surpresa” da noite. O jovem holandês já havia mostrado boa pilotagem e velocidade nas provas da pré-temporada e, no Catar, após largar em primeiro, conseguiu ser consistente para garantir a segunda colocação da bateria da MX2.
O francês Valentin Teillet, que na sexta-feira havia vencido a bateria classificatória, teve problemas e abandonou a prova com cerca de 20 minutos de corrida. O mesmo aconteceu com Arnaud Tonus.
Max Anstie e Jordi Tixier sofreram quedas e tiveram seus desempenhos prejudicados. Anstie, que fez pré-temporada no supercross norte-americano, chegou a ficar fora por alguns minutos antes de voltar e terminar a corrida em 29º lugar.