Enzo Lopes, Fabio Santos, Gustavo Pessoa, Hector Assunção, Ramyller Alves e Jean Ramos são os nomes dos brasileiros convocados pela CBM na quinta-feira, 28, para o Motocross das Nações 2018.
A lista com 6 nomes prevê três reservas para o caso de algum deles se lesionar antes da competição, que acontece no dia 1º de outubro, nos Estados Unidos, pista de Red Bud.
A chefia da delegação mais uma vez está a cargo de Manuel Carlos Hermano, o Cacau, que comanda a seleção brasileira desde 2012. Balbi Junior será o diretor técnico do time.
Todas as equipes dos pilotos sinalizaram positivamente para liberar seus atletas. Inclusive a Honda, que em outros anos optava pela opção de levar “o time inteiro ou nada”.
Enzo Lopes, que já havia se manifestado dizendo que gostaria de correr pelo Brasil neste ano, fará sua estreia no Nações. Fabio Santos esteve no time nos últimos três anos. Gustavo Pessoa também irá pela primeira vez. Já Hector Assunção vai para o seu segundo Nações (o primeiro foi em 2013). Ramyller estava no time brasileiro de 2016. Jean Ramos vai para o seu terceiro Nações.
– Infelizmente o número de vagas exigido pela FIM é pouco perto do tanto de talento que temos. Esperamos que outros atletas também se inspirem e se dediquem para representarem nosso esporte nas próximas edições e mostrar para o mundo que também temos vários nomes em condições de defender a nossa bandeira. Infelizmente ainda fazemos muito esforço para conseguir o apoio de empresas privadas em competições de alto nível, como Nações e Brasileiro, por exemplo. Diferente do que acontece numa Copa do Mundo, onde o incentivo tanto aos atletas quanto à equipe e ao evento é privado, no motocross brasileiro ainda há uma imaturidade por parte das empresas quanto a percepção do quão benéfico poderia ser para elas a associação de sua marca num evento de grande porte. Ainda estamos engatinhando, mas acreditamos que com o retorno de bons resultados e grandes marcas aliadas, o Brasil conseguirá elevar o nível do esporte dentro e fora do país – disse Firme Henrique Alves, presidente da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM).
Critério de seleção dos pilotos
Foi levado em consideração a trajetória dos pilotos, experiência e dedicação deles com o esporte. Para representar o time do Brasil foram convocados os seis nomes citados acima, dos quais três vão integrar o time titular, são eles: Enzo Lopes que vai correr pela MX2, tendo como reserva Ramyller Alves; Fábio Santos, da equipe Yamaha, patrocinadora do Brasileiro de Motocross, que terá como reserva seu colega de equipe Jean Ramos, pela categoria MX Open; e Gustavo Pessoa, do time Honda Brasil, também patrocinadora oficial do Brasileiro, que terá Hector Assunção como seu reserva, na categoria MXGP.
Esperança de classificação
É grande a esperança da delegação brasileira se classificar. A última vez que isso aconteceu também foi nos Estados Unidos, na pista de Thunder Valley, Lakewood, Colorado.
O time na época foi formado por Balbi Junior, Anderson Cidade e Pipo Castro. Nos anos seguintes, o Brasil esteve em todas as edições, mas não classificou para as corridas finais.
Nomeado pela CBM como diretor técnico da equipe, Balbi Junior falou sobre o time convocado.
– Felizmente, temos excelentes pilotos na atualidade e apesar das dificuldades de escolher os melhores, isso me dá a certeza que teremos um time competitivo, que voltará a integrar as finais e a elite do motocross mundial.
Com vasta experiência em competições nacionais e internacionais, por quatro anos consecutivos Balbi ajudou a classificar o Brasil para as finais do Motocross das Nações e agora como responsável técnico, pretende usar seu conhecimento para voltar a classificar o país depois de oito anos.
– Fiquei muito feliz com o convite da CBM e pela oportunidade. É uma forma de reconhecer o trabalho que fiz dentro das pistas representando o Brasil. Todas as vezes que o país se classificou para as finais eu participei e agora pretendo bater um recorde pessoal de uma maneira diferente, orientando os pilotos e ajudando a organizar o time da melhor maneira possível. É um desafio novo e estou super empolgado.
Para o chefe de delegação, Manuel Carlos Hermano, o Cacau, o time apresenta boas chances de se classificar este ano. Na edição de 2017 o Brasil ficou próximo da classificação, alcançando a 23ª posição.
– Para conseguir uma classificação é preciso estar entre os 20 melhores. No ano passado chegamos perto e este ano estamos mais confiantes, já que temos como chefe de equipe um ex piloto que foi responsável pelas últimas classificações do Brasil na competição, além de conhecer a pista por ter experiência no AMA Motocross.
Em suas participações no Motocross das Nações o Brasil se classificou cinco vezes, nas quais em quatro delas Balbi Junior competiu. Na edição de 2017 a competição foi realizada na Inglaterra e contou a com a participação de 39 países, com um total de 126 pilotos.
> Relembre a história das participações do Brasil no MXoN