Carlinhos Romagnolli fala com exclusividade ao BRMX sobre Superliga, Mundial de MX, Arena Cross e a possibilidade da realização de mais um MX das Nações no Brasil

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Após a divulgação do calendário da Superliga Brasil de Motorcross para a temporada 2012, Carlinhos Romagnolli, presidente da Romagnolli Promoções e Eventos, organizadora docampeonato, concedeu entrevista exclusiva ao BRMX.

Mundial de Motocross FIM, Arena Cross, transmissões pela televisão e a possível volta do Motocross das Nações ao Brasil entraram na pauta. Confira!

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Carlinhos Romagnolli (ao centro) durante o Desafio das Estrelas 2011, em Florianópolis – Foto: Elton Souza / BRMX

Quais são as novidades da Superliga para este ano?

Carlinhos Romagnolli: As novidades ficam por conta das provas em Recife/PE, Salvador/BA e Brasília/DF, estados que têm grande paixão pelo motocross, mas são carentes de provas profissionais.
Em entrevista ao BRMX, o piloto Marcos Moraes disse que vai competir na categoria 230cc da Superliga neste ano. Por que incluir esta categoria outra vez na competição?
Carlinhos Romagnolli: Será importante pois iremos incentivar uma categoria de moto nacional, onde vamos atrair novos pilotos. Também estarão nas pistas as categorias 65cc, Júnior, MX2 e MX Pró.
Qual será a forma de disputa da Superliga?
Carlinhos Romagnolli: Teremos as categorias 65cc e 230cc no sábado. No domingo pela manhã, duas baterias da Pró, duas da MX2 e uma da Júnior.
Haverá transmissão pela televisão?
Carlinhos Romagnolli: Para a Superliga, teremos transmissão ao vivo pela Rede TV!. O SporTV mantém as transmissões do Arena Cross. As transmissões na TV continuam sendo algumas de nossas prioridades, buscando popularizar o esporte. 
As outras formas de transmissão, como pela SpeedTV, serão mantidas na internet?
Carlinhos Romagnolli: Criamos a  BRMTV (Brasilian Motorsport TV) com o mesmo propósito (da SpeedTV), de fazer com que os amantes do motocross possam acompanhar todas as provas do domingo de qualquer lugar do mundo pelo computador, Ipod e Ipad. Os internautas poderão interagir direto com os locutores nas transmissões ao vivo, e com mais uma novidade: depois de transmitidas, as corridas ficarão arquivadas no site para que as pessoas assistam quando quiserem novamente. Teremos ainda o Live Timing ao vivo de todas as categorias em tempo real.
Com a mudança de direção na CBM, como está a relação entre Romagnolli e Confederação?
Carlinhos Romagnolli: Esperamos é que a nova diretoria da CBM, primeiramente, não veja nossa empresa como concorrente e entenda que prestamos um grande serviço ao esporte, realizando campeonatos de altíssimo nível como a Superliga e o Arena Cross, e garantindo o GP Brasil de Motocross até 2015, sendo que a partir de 2013 teremos duas etapas do GP Brasil. Hoje, todas as nossas provas têm uma divulgação muito forte com as emissoras transmitindo ao vivo em canal aberto e fechado, pela internet, em jornais, revistas e sites. Em todos os eventos uma grande estrutura e isso tudo valoriza o nosso esporte. As portas da Romagnolli estão abertas para a CBM. A Liga só nasceu porque a CBM estava sem credibilidade, sucateada e muito mal administrada. Espero que a nova gestão seja transparente e informe todas as providencias que tomou contra a diretoria anterior. Afinal, foram muitas as acusações pesadas e agora parece que estão todos quietos. Espero que tudo não termine em pizza.
Quem serão os patrocinadores da Superliga 2012?
Carlinhos Romagnolli: Os 100% fechados são: Honda e Mobil como patrocinadores; co-Patrocinadores temos Pirelli, Mormaii, Consórcio Nacional Honda e Yamaha; e estamos ainda finalizando as negociações com um banco e outras empresas.
A Romagnolli tem projeto de montar uma equipe de motocross?
Carlinhos Romagnolli: Não temos nenhuma equipe. O que fazemos nas pré-temporadas é tentar ajudar novos pilotos ou mesmo o que estão “deslocados” a encontrar uma equipe para representar e conseguir bons resultados, assim como o inverso também acontece: equipes nos procuram para pedir indicação de pilotos para investir. 

De acordo com Romagnolli, Motocross das Nações pode voltar ao Brasil nos próximos anos – Foto: Elton Souza / BRMX

Partindo para a esfera do Mundial FIM, gostaríamos de saber se a data (20 de maio) vai mudar mesmo para junho. Já saiu a definição final?
Carlinhos Romagnolli: Está confirmada a data para a etapa brasileira do Mundial nos dias 19 e 20 de maio, no Beto Carrero World, em Penha, Santa Catarina.
Quanto ao mundial de MX3, a Romagnolli está envolvida na organização também?  Quais seriam as possibilidades de cidade sede?
Carlinhos Romagnolli: Foi nos oferecido uma etapa do Mundial de MX3 e estamos negociando com a YS (YouthStream). A possibilidade existe, mas por enquanto não temos nada certo.
Em 2013, teremos duas etapas do Mundial no Brasil?
Carlinhos Romagnolli: Estamos finalizando essa negociação, mas posso adiantar que temos 99% de chances de isso acontecer. Faltam apenas alguns pequenos detalhes.
Em outra ocasião você falou sobre a intenção de trazer o Motocross das Nações para o Brasil em um dos próximos três anos. Como anda essa negociação? Ainda há essa possibilidade?
Carlinhos Romagnolli: Nossa parceria com a YS está crescendo e existe uma grande credibilidade de ambas as partes. Eles sabem do nosso trabalho não somente no motociclismo, mas também sobre as parcerias como a do Felipe Massa (em breve anunciaremos outra grande novidade). Por isso, não acho impossível nos próximos três anos o Brasil voltar a ser sede do Motocross das Nações. Ainda não existe nenhuma negociação, mas entendo que essas conversas surgirão naturalmente.
Para encerrar, gostaríamos de saber do Arena Cross. Já tem calendário definido? Qual seria?
Carlinhos Romagnolli: Temos um calendário com cinco etapas pré-definido, ainda com possibilidades de mudança. As possíveis cidades são Ribeirão Preto/SP, São José do Rio Preto/SP, Londrina/PR, Brasília/DF e Balneário Camboriú/SC.