Se passaram quase 2.500 quilômetros e muitos campos argentinos. Fico imaginando quantas pistas de motocross poderia construir em tanta terra desabitada. Plantações de soja e campos de criação de gado estão por todos os lados no percurso entre Itapiranga, Santa Catariana (Brasil) e Santa Rosa, La Pampa (Argentina).
Passamos quase todo tempo dentro do carro, um Citroen C3 1.4 que tem se mostrado muito valente. Dividimos a direção para não cansar tanto e tomamos muito chimarrão para nos mantermos ativos. A paisagem é bonita, mas enjoa por ser muito parecida ao longo de todo trecho.
Dormimos noite passada (de sábado para domingo) em uma cidade chamada Concordia, localizada às margens do Rio Uruguai, do lado argentino. Quase não achamos hotel para dormir porque a cidade é turística e este é um fim de semana de “feriadão”. Tivemos que passar a noite em um hotelzinho na beira da estrada, que mal tinha internet para acompanhar o AMA Supercross. Apenas pela manhã, sem café no estômago, conseguimos ver os melhores momentos e postar os resultados no site (desculpa a demora aí, galera 🙂 ).
Neste domingo, 22, passamos perto de Buenos Aires (na cidade de Zarate) e encontramos uma placa que apontava para uma “pista internacional de motocross“. Não pudemos visitá-la porque ainda tínhamos muitos quilômetros a percorrer. Agora estamos em Santa Rosa, no início dos pampas argentinos e ainda temos quase 1.000 quilômetros para dirigir até Bariloche, onde será nossa base para acompanhar o Mundial de Motocross.
O clima esfriou e chegou perto dos 15 graus. Esperamos que em Bariloche, perto dos 1.000 metros acima do nível do mar, esteja ainda mais frio. Mas tudo deve começar a esquentar em termos de emoção na quarta-feira, 15, quando os primeiros pilotos e equipes desembarcarão no aeroporto da cidade para a tão esperada corrida!