Balbi Junior era um dos três candidatos ao título do Brasileiro de Motocross 2013 até sofrer uma forte queda na primeira bateria da final e abandonar a disputa. O mineiro buscava o tetra na MX1 quando caiu, bateu com o ombro no chão e machucou a clavícula esquerda. No fim, o inglês Adam Chatfield foi o campeão e Balbi foi para casa como terceiro colocado da tabela.

– Dá uma tristeza, mas faz parte da competição. A gente não pode pegar só esta corrida para analisar e fazer o balanço do ano todo. Fiz tudo que podia. Às vezes se é campeão, e às vezes não – comentou Balbi em entrevista ao BRMX nesta terça-feira.

– Aconteceu muita coisa neste ano. Cortei o dedo, caí, me derrubaram como no sábado, quando um maluco veio e jogou no chão. Se fosse pra acontecer, teria acontecido (de ganhar o título). A corrida de sábado me deixou de cabeça erguida – disse ele, que caiu na largada da prova de sábado em um acidente com Joaquim Rodrigues e saiu da última colocação para terminar em terceiro.

No domingo, Balbi precisava vencer as duas baterias para assegurar o título da principal categoria. Ele brigava no TOP 5 quando, na subida das costeletas sofreu uma queda forte.

– O tombo foi  um erro meu – explica. – Na minha frente estava o (Joaquim) Rodrigues e eu achei que ele tentaria derrubar o Campano. Quando cheguei nele, procurei uma linha diferente pra tentar fazer a ultrapassagem no melhor lugar meu, que era nas costelas em subida. Eu usava uma linha bem esburacada, e fui bem pra esquerda para poder fazer a ultrapassagem longe dele e não dar chance para ele me derrubar. Mas, ali peguei um caroço, a moto saiu de lado, pegou em outro buraco e me arremessou para longe – conta.

O tombou causou uma lesão ligamentar na clavícula que não exigiria uma cirurgia, mas desta maneira o tratamento levaria mais de 45 dias. Com o procedimento cirúrgico, o tempo diminui para 30 dias.

– Ainda bem que o ombro está intacto. Vou apenas fazer uma artroscopia e em 30 dias devo estar andando de moto – complementa o atleta.

Balbi tem planos de correr o AMA Supercross 2014 na categoria 250. O mineiro também está em negociação para renovar seu contrato com a equipe Pro Tork para o Brasileiro de Motocross do próximo ano.

– Este ano foi positivo, principalmente se comparado com ano anterior . Tenho um respeito muito grande pelo (Carlos) Campano e pelo Adam (Chatfield). Tenho certeza que a gente vai se encontrar para disputas saudáveis no ano que vem. Fizemos um grande campeonato e apenas um sairia campeão. Não tem como todos vencerem. Me orgulho de ser o único brasileiro que brigou pelo título mais uma vez – finalizou.