A 73ª edição do Motocross das Nações acontece neste fim de semana, 28 e 29 de setembro, em Assen, na Holanda. Será literalmente uma volta para casa, ou retorno às origens, já que a primeira edição do evento, considerado a Copa do Mundo do Motocross, aconteceu em 1947, justamente na Holanda. E curiosamente, em 1954, a própria cidade de Assen sediou o evento.
E para um evento em casa, nada melhor do que uma equipe forte. A Holanda é uma das favoritas e seus torcedores estão confiantes de que Jeffrey Herlings (MXGP), Calvin Vlaanderen (MX2) e Glenn Coldenhoff (Open) podem fazer história em Assen, já que a Holanda, com seus muitos segundos e terceiros lugares no evento, nunca foi campeã.
Já a França possui seis títulos (cinco deles consecutivos) e 16 pódios na história do Motocross das Nações. Gautier Paulin (MXGP), Maxime Renaux (MX2) e Jordi Tixier (Open) possuem a missão de conquistar o sétimo título, fazendo com que os franceses disputem a edição 2020, em Ernèe, na França, como atuais campeões. E mesmo que a equipe de 2019 esteja longe de ser a ideal (lembram dos problemas de bastidores com Tom Vialle?), jamais devemos subestimar a capacidade de quem conquistou cinco Nações consecutivos.
Maior campeão do Nações com 22 títulos, os Estados Unidos vivem um jejum de 8 anos sem levantar o cobiçado troféu Peter Chamberlain. Jason Anderson (MXGP), Justin Cooper (MX2) e Zach Osborne (Open) possuem a missão de trazer para casa o 23º título para os norte-americanos. E pelo visto a vontade é grande, já que os três chegaram cedo no continente europeu, e, desde então, treinam sem parar, buscando a melhor preparação possível para as corridas deste fim de semana.
Vale a pena ficar de olho também nos ingleses. A Inglaterra foi a 3ª colocada no Nações 2018 e vai para a Holanda com Nathan Watson (MXGP), Adam Sterry (MX2) e Shaun Simpson (Open). Simpson já venceu uma corrida em Assen e Sterry e Watson costumam ser pilotos muito fortes em circuitos de areia.
Com 15 títulos no evento, enorme tradição no motocross e celeiro de grandes pilotos (considerado por muito tempo o país do motocross no continente europeu), a Bélgica está sempre entre os favoritos a vitória no Nações. A última foi em 2013. Jeremy Van Horebeek (MXGP), Jago Geerts (MX2) e Kevin Strijbos (Open) foram os escolhidos para tentar acabar com o jejum de 7 anos. Força máxima para os belgas em Assen.
Entre as seleções tradicionais que estão desfalcadas, podemos citar a Itália, que com certeza sentirá falta de seu principal piloto, Antonio Cairoli, afastado por lesão. Os italianos vão para Assen com Ivo Monticelli (MXGP), Alberto Forato (MX2) e o “veterano” Alessandro Lupino (MXGP). Os três com a missão de apagar a imagem ruim que ficou em relação ao Nações 2018, quando a Itália sagrou-se vice-campeã, mas 4 meses depois foi desclassificada, já que a moto de Michele Cervellin acabou sendo reprovada nos testes pós-corrida, por conta de combustível adulterado, fora do regulamento da competição.
Olhar atento também na Suíça, que mesmo desfalcada de Arnaud Tonus na última hora, ainda conta com uma equipe forte, formada por Jeremy Seewer (MXGP, atual vice-campeão mundial desta categoria), Valentin Guillod (MX2) e Cyril Scheiwiller (Open).
Idem a Austrália, que disputa o Nações desde o início dos anos 80 e vai para Assen com a experiência de Dean Ferris (MXGP) e a juventude promissora de Kyle Webster (MX2) e Regan Duffy (Open).
Mesmo que seus companheiros de equipe, Jan Pancar e Irt Peter, sejam desconhecidos, Tim Gajser pode usar seu talento, experiência, e, principalmente, a motivação de ter sido recém coroado bicampeão mundial da MXGP, para tentar conquistar um resultado histórico para a Eslovênia.
Idem a Espanha, onde o atual campeão mundial da MX2, Jorge Prado, fará sua estreia na MXGP, e ainda terá companheiros de alto gabarito na busca por um bom resultado: Iker Larranaga (MX2) e o pentacampeão brasileiro de motocross Carlos Campano (Open).
Para finalizar, alguns países correm bem por fora na briga pelo título, mas possuem pilotos talentosos em circuitos de areia, então vale a pena ficar de olho, a saber: Estônia, com os experientes veteranos Tanel Leok e Harri Kullas, Letônia e Dinamarca, está última com o talento promissor do jovem Thomas Kjer Olsen, recém consagrado vice-campeão mundial de motocross na categoria MX2.