Como escolher um novo piloto para uma equipe? A Honda incentiva o motociclismo nacional há mais de 40 anos e mantém o Honda Talent Test (HTT), projeto totalmente focado nos jovens talentos. O objetivo é investir na base do esporte e garimpar novos pilotos para as equipes da Honda Racing e para os times satélites da marca em diferentes modalidades do motociclismo.
Criado há dois anos no Brasil, o Honda Talent Test, reúne candidatos para uma bateria completa de testes, tanto físicos quanto práticos com moto, durante a pré-temporada. Uma comissão formada por chefe de equipe, instrutores, pilotos oficiais e representantes da Honda Racing avalia o desempenho para eleger os novos integrantes do time.
Além de transparente, o trabalho desenvolvido no programa estimula o crescimento do motociclismo.
– O DNA da Honda está nas competições e o HTT tem sido essencial no trabalho de desenvolvimento do esporte de duas rodas no Brasil. A renovação dos pilotos vem das categorias de base e dar oportunidade a jovens promissores talentos incentiva a evolução de tudo que está ao redor dos campeonatos – aponta Fábio Taddone, Supervisor de Sports Marketing da Moto Honda da Amazônia.
Em 2019, o foco do HTT ficou com o motocross e o selecionado para fazer parte da Honda Racing foi Matheus Klysman, de Anápolis, Goiás. O piloto de 20 anos representa a equipe na categoria MX2, com a moto CRF 250R, ao lado dos catarinenses Lucas Dunka e Leonardo Souza – também revelados pelo HTT, só que em 2018. O trio luta pelo título da classe no Brasileiro de Motocross e no Arena Cross.
– Confesso que fiquei bem ansioso durante os testes. Afinal, isso poderia decidir meu futuro. Na hora, eu só pensava em fazer o meu melhor. Foram sete concorrentes, todos muito bons e com chances de entrar. Felizmente, eu fui o escolhido. Estou realizando meu sonho, que é estar em uma equipe grande, junto com os melhores – conta Klysman.
Para quem comanda o time, o HTT é fundamental para encontrar os talentos no momento certo, como explica Cale Neto, chefe de equipe da Honda Racing de motocross.
– Conhecemos os pilotos e sabemos quem eles são. Porém, o HTT serve para colocá-los sob pressão, já que ninguém chega em um teste tranquilo. Avaliamos não somente a atuação do candidato dentro da pista. Além da técnica e posicionamento, analisamos o comportamento e sociabilidade. Temos que pensar que o piloto também representará a marca Honda – explica.
Outros dois participantes da seleção deste ano ganharam uma vaga na nova equipe satélite de motocross: a Circuit Honda. Reginaldo Ribeiro, o “Juninho”, também disputa as provas pela categoria MX2, enquanto Rafael Araújo, o “Bubinha”, defende o time na categoria MX2 Jr.
Motovelocidade
Selecionado pelo HTT em 2018, Pedro Sampaio é um dos destaques na motovelocidade.
– Muitos pilotos sonham em estar na equipe Honda. Eu mesmo sonhei em ser um piloto Honda. O projeto é incrível para manter acesa essa chama e tudo que envolve o esporte. O HTT mudou completamente como eu corro de moto e como eu levo a vida. Com certeza é o maior marco da minha carreira – ressalta.
O piloto gaúcho terminou a temporada passada na terceira colocação, na sua estreia na principal categoria do SuperBike Brasil, com a CBR 1000RR Fireblade SP.