Após o fantástico GP de Trentino na Itália, o Mundial de Motocross desembarca no circuito de Agueda, que recebe o GP de Portugal, 5ª etapa da temporada 2018, no sábado e domingo, 14 e 15.
A prova retornou ao calendário no ano passado e proporcionou excelentes corridas, com Tony Cairoli derrotando seu companheiro na Red Bull KTM, Jeffrey Herlings.
As corridas deste fim de semana prometem ser memoráveis também, já que Cairoli precisa reverter a derrota que sofreu em casa para Herlings, no GP de Trentino.
Além disso, as condições climáticas (chuva) podem tornar o circuito de Agueda desafiador e potencialmente levar a novos vencedores nas classes MXGP e MX2.
MXGP
Jeffrey Herlings vem de uma vitória enfática em Trentino, contra seu companheiro de equipe e principal rival na disputa do título, Tony Cairoli. A vitória de Herlings em solo italiano não só lhe deu o direito de se gabar, mas também a liderança isolada do campeonato (number plate vermelho).
No ano passado, Cairoli foi melhor em Portgual e, das 11 vezes que correu em Agueda, venceu cinco e conquistou outros cinco pódios. Seu pior resultado foi um quinto lugar em 2004. O italiano segue concentrado no seu objetivo de longo prazo (que é o título) e pode ganhar um benefício extra neste fim de semana: se chover, Herlings não costuma ser um bom piloto em condições lamacentas.
Clement Desalle, da Monster Energy Kawasaki, cujo o melhor resultado até agora foi a segunda posição em Trentino, vai tentar melhorar a 8ª posição que conquistou em Agueda no ano passado. Ele já venceu o GP de Portugal três vezes em sua carreira.
Romain Febvre, da Monster Energy Yamaha, atualmente ocupa o quarto lugar na classificação, apenas seis pontos à frente de Gautier Paulin, da Rockstar Energy Husqvarna. Febvre só perdeu um pódio no ano passado, quando foi 4º justamente em Portugal, enquanto que Paulin terminou a prova de Agueda em 12º. Mas o piloto da Husqvarna leva vantagem em Portugal: uma vitória, dois pódios, um 6º, um 9º e o 12º lugar do ano passado.
Jeremy Seewer, da Wilvo Yamaha, vencedor da MX2 em Portugal no ano passado, está fazendo sua temporada de estreia na MXGP e tem impressionado. Atualmente é o 8º colocado na classificação.
Também é notável o retorno de Rui Gonçalves, que sairá da aposentadoria apenas para correr em casa neste fim de semana.
MX2
Atual campeão e líder da categoria, Pauls Jonass sofreu sua primeira derroda em Trentino, justo para Jorge Prado, seu companheiro na Red Bull KTM. No ano passado em Agueda, Jonass foi o segundo colocado e agora tentará corrigir suas largadas, que lhe custaram o holeshot (e a vitória) na semana passada.
Jorge Prado, por outro lado, quer manter o ritmo de Trentino e esquecer o GP de Portugal do ano passado, quando lutou contra o calor para terminar a primeira bateria em 24º. Na segunda, sequer alinhou no gate.
Quem quer estragar a hegemonia da KTM na MX2 são os pilotos Husqvarna, Thomas Covington (Rockstar Energy Husqvarna) e Henry Jacobi (STC Husqvarna). Em Trentino, Jacobi teve o melhor desempenho de sua carreira até aqui, conquistando um lugar no pódio.
Já Covington se tornou o primeiro piloto não-KTM a vencer uma bateria da MX2 em 2018, em Trentino, e é apenas mais um dos muitos potenciais candidatos a vitória em Agueda. E as lembranças do GP de Portugal 2017 são boas. Ele foi o terceiro colocado.
Companheiro de equipe de Covington, Thomas Kjer Olsen tem sido um dos pilotos mais consistentes em 2018, subindo ao pódio em três dos quatro GPs disputados até aqui. A exceção foi o 8º lugar em Trentino no fim de semana passado. Em Agueda, Olsen terminou em 4º lugar na temporada 2017.
Os dois representantes britânicos da MX2, Ben Watson, da Kemea Yamaha, e Conrad Mewse, da Hitachi KTM, estão atualmente em quarto e quinto respectivamente na classificação. Neste fim de semana ambos podem conquistar grandes resultados, já que pilotos britânicos historicamente costumam ser bons em corridas na lama.