O paulista Thales Vilardi disputava as primeiras colocações da MX1 na abertura do Mineiro de Motocross 2017 quando sua moto apresentou problemas, falhas, e ele foi obrigado a abandonar.
Algo normal? Desta vez, não.
Ao desmontar a moto, a equipe do piloto encontrou uma quantidade grande de areia em todo sistema de abastecimento: tanque de combustível, filtros, bicos de injeção.
Qual a explicação? Sabotagem?
– Não dá pra imaginar quem fez, mas teve um momento em que deixamos a moto sozinha no box e fomos todos para a corrida. Voltei e depois fui para a largada da MX1. Larguei e senti que a moto não estava muito forte. Na segunda volta, no subidão, começou a falhar, a moto já não empurrava igual no treino. Cheguei a pensar que tinha esquecido o afogador puxado. Foi piorando. Na quinta ou sexta volta quase nem subiu. E nas retas os adversários abriam. Muito estranho. Parei no pit pra ver. Quando fui sair, nem andou mais. Foi como se a gasolina tivesse acabado – detalha, Thales.
A moto de Thales, uma Husqvarna FC 450 2016, é vistoriada periodicamente pelo seu mecânico/pai e preparada por Marcos Negretti, preparador oficial do time.
– Abrimos o tanque (após a corrida) e só saiu areia. Foi muita areia. Entupiu a bomba, queimou, estragou tudo. Pelo menos não danificou o motor inteiro. Mas não é a primeira vez que alguém mexe na moto. Já aconteceu outras vezes – diz.
Veja as fotos com resíduos de areia:
Thales Vilardi segue sua rotina de treinamentos esperando os campeonatos nacionais iniciarem. O Brasileiro de Motocross está previsto para iniciar apenas no segundo semestre. O Arena Cross deve iniciar em abril. Além destes campeonatos, ele fará todas as etapas do Mineiro MX.
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Sabotagem no esporte
NOTA DA REDAÇÃO: Por mais que seja difícil comprovar, histórias de sabotagem são corriqueiras no motocross. O BRMX é totalmente contra qualquer prática ilícita. Um piloto pode sofrer acidente por causa de uma pane mecânica causada pelo criminoso, e neste caso o crime seria ainda mais grave. Ganhar corrida sabotando o adversário em nada contribui para o tão sonhado desenvolvimento do esporte brasileiro.