Carioca Zé Carlinhos é campeão Mundial de Motocross de Veteranos nos Estados Unidos

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Zé Carlinhos – Fotógrafo: Lipe Nascimento

 

Por, Lipe Nascimento, do Clube Radical

José Carlos Guimarães, o “Zé Carlinhos”, garantiu mais um título mundial para o motocross brasileiro. O MTA World Vet Motocross Championship reuniu mais de 600 pilotos de todo o globo para as disputas na pista de Glen Helen, localizada em San Bernardino, Califórnia, local de grandes disputas do motociclismo off-road como Red Bull X-Fighters e etapas do AMA e do Mundial de Motocross.

A história do Zé começou em 1988 quando iniciou suas atividades na moto praticando enduro pelas trilhas da cidade de Teresópolis, região serrana do estado do Rio de Janeiro. Somente em 2001 o piloto teve seu primeiro contato com o motocross. De lá pra cá, títulos estaduais começaram a preencher os espaços na sua estante de troféus.

Mas a paixão pelo motocross e a busca por uma nova experiência no esporte o levou, em 2014, para o MTA World Vet Motocross Championship, o evento mais importante do mundo para os veteranos.

– É um evento comemorativo de fim de ano que reúne pilotos do mundo inteiro. Em 2014 eu conquistei o vice-campeonato e no ano passado um terceiro lugar. Vim determinado a sair daqui com o título de campeão, e deu tudo certo. Foram duas baterias bem disputadas com 35 pilotos, e largar entre os ponteiros é essencial. Fiz duas boas provas e garanti o título da categoria 55+ no somatório das baterias – conta.

O Mundial de Veteranos é disputado em dois dias, com mais de 15 categorias indo de 25+ até 70+. Nomes como Gary Jones, Rex Staten, Jeff Ward, Erik Kehoe, Warren Reid, Kent Howerton, Torlief Hanssen, Alan Olson, Rich Thorwaldson, Ron Turner, Feets Minert, Kyle Lewis, Casey Johnson, J.N. Roberts, Lars Larsson, Eyvind Boyesen, Andy Jefferson, Zoli Berenyi, Ryan Hughes e Doug Dubach já foram campeões.

– Foram mais de 600 participantes. Considero que esse ano tenha sido o mais disputado entre todos os que participei. O tipo de terreno e formato da competição é bem diferente das provas realizadas no Brasil, mas com coisa boa, nos acostumamos rápido – brinca.

Além das disputas, outra coisa que chama a atenção é o que gira em torno do evento, multicampeões são homenageados, público e participantes tem acesso ao “museu do motocross” onde ficam expostas verdadeiras relíquias usadas em provas das décadas de 60 e 70, mostrando todo o amor do americano pela modalidade. É unanimidade entre os pilotos brasileiros que vão correr nos Estados Unidos, a experiência é única, e diferente do Brasil, bem acessível.

– Viajamos em cinco e para dividir as despesas alugamos um pequeno motorhome que fazia o papel de carro, hotel e restaurante. Para quem quer curtir a viagem e ter os custos reduzidos é a melhor opção – aconselha.

Em 2015, Richard Berois, Roque Colman e Fábio Aleixo conquistaram o título mundial de suas categorias entre os brasileiros que disputaram o evento. Em 2014, Milton “Chumbinho” Becker ganhou o título na categoria 40+ Expert.

 

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