O Motocross das Nações 2016 aconteceu neste fim de semana, 24 e 25, em Maggiora, na Itália, com participação de 38 países.
O Brasil, representado pelos pilotos Jean Ramos, Fabio Santos e Ramyller Alves,conquistou o quinto lugar na Final-B (repescagem), terminando a competição na 24ª posição geral, sendo este o melhor desempenho desde 2010. A França ficou com o título do MX das Nações pelo terceiro ano consecutivo.
Antes de embarcarem de volta para casa, Jean Ramos e Fabio Santos – pilotos das Yamaha Grupo Geração – falaram da participação brasileira no MXoN. Cientes de que correr motocross contra os melhores atletas do mundo faz parte de um aprendizado para os brasileiros, eles comentam que deram o máximo de si para levar o país até a final.
Nesta terça-feira, 27, desembarcam no Brasil com foco no campeonato brasileiro, que ainda tem duas rodadas a serem realizadas, e na final do Arena Cross Brasil 2016.
Jean Ramos / categoria Open
“Participar do Nações é sempre produtivo. A chance é única pois enfrentamos os melhores do mundo em pistas de alto nível técnico e isso nos ajuda a desenvolver. Fico chateado por não termos chegado à final. Não consegui dar meu melhor. Tive problemas já no treino livre, quando decidi andar com câmera (de ar, ao invés de mousse) porque ano passado fui andar de mousse (no MXoN) e não me dei bem. Aí, na terceira volta do treino livre, o pneu traseiro furou. Tive que voltar para o box, trocar a roda, e só tive mais dez minutos de treino. Isso abalou minha confiança, mas fiz uma boa largada na corrida classificatória, estava no pelotão, sabia que podia fazer mais e fui tentando imprimir ritmo, mas estava desconfortável e perdido na pista. Perto do fim, ainda acertei outro piloto e caí. Então fomos para a Final-B. Larguei bem, mas fui fechado na primeira curva e fiquei atrás do Fabinho. Avançamos algumas posições, passei ele, e mais adiante sofri um pouco com os braços travando. Tentei dar meu melhor, ganhei algumas posições, mas ainda faltou um pouco. São coisas do esporte. Fica a lição. Vamos seguir trabalhando para buscar o título do campeonato brasileiro e do Arena Cross, e também do Latino-americano de Motocross que vou correr na República Dominicana”, disse Jean Ramos.
Fabio Santos / categoria MXGP
“Foi uma experiência muito boa. Nosso time era bom. Jean e Ramyller estavam rápidos, mas pena que não conseguimos a classificação. No treino livre, sábado, não me senti muito bem com a pista. Estava bem pesada, lisa e com bastante cavas e buracos. Já na corrida classificatória, tive uma boa largada, mas na terceira curva me toquei com um outro piloto e perdi várias posições. Não consegui me soltar na pista e andar rápido, então terminei em 24º. Aí, na Final-B, eram quatro ou cinco países com chances de classificação. Larguei bem e consegui andar bem. Estava confiante e me divertindo na pista. Andei um bom tempo em sexto lugar, mas acabei ficando sem forças no braço e tirei um pouco a mão pra não cair. Foi uma experiência incrível. Agradeço mais uma vez ao Cacau, ao Cesinha, e a equipe Yamaha Grupo Geração por ter trabalhado desde o início do ano para realizarem nossos sonhos. E agradeço a todos que torceram por nós”, disse Fabinho Santos.