Após anos competindo na categoria MX2, Hector Assunção e Dudu Lima estão enfrentando um novo desafio em 2016 ao subir para a principal categoria dos campeonatos nacionais, a MX1. Hector, atual campeão brasileiro de motocross, e Dudu, vice-campeão, vivem um momento de novas experiência. Moto nova, concorrência nova. Mais do que fazer uma boa corrida de 450cc, é preciso conhecer os seus concorrentes.
– Como corri muitos anos na MX2, conhecia os meus adversários, sabia como cada um era. Agora na MX1 é diferente, não sei o que cada um pode fazer em uma briga pela posição – comenta Hector, da equipe Honda Mobil.
O BRMX conversou com os dois piloto afim de saber todas as sensações da primeira corrida na nova categoria, que aconteceu durante a abertura do Arena Cross em Jundiaí, São Paulo, no dia 19 de março.
– A primeira impressão no treino foi meio complicado, a pista na verdade estava difícil e tive bastante dificuldade no começo, mas fui me soltando aos poucos – disse Dudu Lima, da equipe EMG Racing Kawasaki.
Já Hector, teve uma boa impressão do primeiro treino com a moto.
– As primeiras impressões foram boas. Percebi que tinha velocidade para andar com eles. No treino livre, estava em quinto, mas na última volta consegui fazer uma volta muito boa e fui para o primeiro tempo. E no cronometrado também, durante o treino eu estava sempre brigando entre os três primeiros e no final consegui o segundo lugar e fui para o (duelo) 1×1 com o Jean Ramos. Nos treinos, acho que fiquei apenas há uns 76 milésimos deles. Então deu pra ver que velocidade eu tenho – disse Hector.
Indagamos os pilotos sobre o sentimento na hora da largada. Dudu Lima se sentiu ansioso para a primeira corrida na nova categoria e queria conferir seu desempenho. Hector, no entanto, ficou surpreso por não estar muito nervoso em sua estreia. Dudu Lima finalizou a noite em sétimo lugar com 8-5 nas baterias. Hector fechou a noite em quinto, com um 7-4 lugares nas baterias.
– Penso que fiz um bom resultado na abertura. Estou feliz e agora é preciso treinar mais para as próximas. Muitos erros me atrapalharam, principalmente nas sequências, que são mais difíceis. Mas já estou procurando melhorar meu desempenho nelas – comentou Dudu.
– Se for ver pelo que aconteceu, por ter caído na largada e ter levado um tombo na primeira bateria e pela má largada na segunda bateria, foi uma boa estreia. Não é nada fácil, temos pilotos muito rápidos como Jean Ramos, Paulo Alberto, Carlos Campano, Adam Chatfield, então é um nível bem forte mesmo, mas sei que foi um resultado bom. Poderia ter sido melhor se eu tivesse largado entre os três, cinco primeiros. Pelos treinos e pelo 1×1 contra o Jean, consegui ver que tenho velocidade para andar junto com eles e é isso, faltou uma largadinha melhor para ter um melhor resultado. Um erro que eu tive foram as largadas. Acho que a queda na primeira bateria pesou bastante no resultado. Foi um erro meu, minhas largadas foram péssimas. Mas agora é preciso corrigir é a largada. No Arena Cross, acho que 50% da corrida é uma boa largada, ainda mais na categoria MX1, que o nível é tão alto, a largada acaba sendo essencial para um bom resultado – disse Hector.
Eles também comentaram sobre o nível de pilotagem da MX1:
– Eu treinei bastante e não tenho muito o que esperar, sendo que esse é o meu primeiro ano. Tenho ele como uma experiência e para melhorar tudo para o próximo ano. Não me surpreendi, mas ainda foi só a primeira corrida e vamos ver o que dá nas próximas – concluiu Dudu.
– A gente já esperava, né. Como eu andava na MX2 e assistia a MX1, sempre consegui ver o quão rápido eles eram. Saindo da MX2 e indo para a MX1, tive que treinar bastante minha velocidade mesmo. Acho que isso não está faltando, mas sim o ritmo da corrida, talvez conhecer melhor os adversários, saber com quem está correndo ajuda bastante. Mas em questão de velocidade, sim, eles são muito rápidos, mas estamos treinando para isso e se Deus quiser até o fim do ano vamos beliscar alguma vitória – finalizou Hector.