Pepê Bueno foi um dos destaques brasileiros no Ricky Carmichael Daytona Supercross 2016, realizado na Flórida, Estados Unidos, nos dias 6 e 7 de março.
O paranaense de 18 anos conquistou o sétimo lugar na categoria 250B e a décima colocação na classe 450B, duas categorias que contam com investimento das equipes de fábrica e nomes importantes da base norte-americana no motocross.
Correu na mesma pista que no sábado, 5, recebeu a nona etapa do AMA Supercross 2016. Vivenciou um dos maiores eventos do mundo motociclístico e acumulou experiência para a temporada brasileira.
Confira o que ele tem a dizer sobre o RCSX e sobre a nova fase da carreira, que iniciacom novo apoio da Yamaha Grupo Geração, na estreia do calendário 2016 do Brasil, dia 19 de março, na abertura do Arena Cross.
Que avaliação você faz desta participação no Ricky Carmichael Daytona Supercross?
PP: Domingo de manhã cedo, às 7h, a pista já estava pronta para nós. O AMA SX terminou às 22h da noite anterior e cedinho eles já tinham ajeitado a pista para nós iniciarmos os treinos às 7h30. Fizemos dois treinos rápidos e depois fomos para as classificatórias. Na 450B consegui classificar bem, mas na 250B tive problema na moto e tive que ir para a LCQ (Last Chance Qualify – repescagem). A LCQ foi segunda-feira de manhã e acabei ganhando essa corrida. Por fim, fiquei feliz de fazer uma boa corrida de 250cc na categoria das 450. E na 250, como larguei em um gate ruim, saí muito mal e tive que recuperar. Passei bastante piloto e acabei em sétimo. Queria um Top 5, mas Top 7 não é ruim. Sei que se tivesse largado melhor teria andado entre os 5. Foi uma grande experiência.
A pista muda muito em relação a que eles fazem no sábado, para os profissionais?
PP: Mudam os saltos. O supercross profissional é mais “nervoso”, e no amador anda categoria 50cc, 65cc, então eles aliviam um pouco, tiram triplos, abaixam as costelas, mas o traçado é o mesmo.
Vocês ficam juntos com as equipes do profissional? Dividem o box com eles?
PP: Quando você faz a inscrição pro RCSX, você ganha um ingresso normal, como do público. As equipes do AMA SX ficam dentro das garagens da NASCAR do autódromo, e nós paramos o motorhome perto. Caminhando 50 metros chegava no box da KTM, por exemplo. Dungey estava lá, andando de patinete. Roczen andando de bike. Estávamos muito perto, ao lado.
Eles ficam para ver as corridas do amadores no domingo?
PP: Não, foram embora após a corrida deles. Mas é bacana ver que a mesma carreta que serviu de box para a equipe dos profissionais, fica para dar suporte aos amadores. Mitchell Falk, Sean Cantrell estavam na carreta da Red Bull KTM. Jordan Bailey e Austin Forkner na carreta da Pro Circuit Kawasaki. Muito legal. Incentiva. É como se eu estivesse no meio dos pilotos do AMA, só que os amadores.
Agora você volta para o Brasil. Por que não vai correr em Oakhill, como estava programado?
PP: Estamos mudando de moto no Brasil. Vou correr com apoio da Yamaha Grupo Geração e preciso aproveitar esses dias antes da abertura do Arena Cross para me adaptar. Além disso, a previsão é de chuva para Oakhill, e isso ia acabar atrapalhando um pouco. Decidimos antecipar a volta.
E essa novidade da Yamaha?
PP: Estou muito feliz com essa novidade. Sigo com meus patrocinadores pessoais, comAlpinestars, Bell, Edgers, MRPro, 100%, Serginho Suspensões, 5inco Gráficos, Feirão MX e MX Park PP97, mas agora de Yamaha, com apoio do Grupo Geração. Espero dar a resposta que eles desejam. Entro para brigar pelo título da MX2.
Resultados de Pepê do RC Daytona Supercross 2016
250B
1. Mitchell Falk (KTM)
2. Dylan Walsh (KTM)
3. Julio CEsar Zambrano (Kawasaki)
4. Nolan Heppner (Yamaha)
5. Max Markolf (KTM)
6. Wyatt Lyonsmith (Husqvarna)
7. Pepê Bueno (KTM)
450B
1. Wilson Fleming (Yamaha)
2. Max Markolf (KTM)
3. Jake Masterpool (Yamaha)
4. Dylan Greer (Yamaha)
5. Nolan Heppner (Yamaha)
10. Pepê Bueno (KTM)